Novo lar

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5 dias se passaram e as coisas começaram ir de mal a pior, a morte de Patrícia foi como um tapa em nossa cara.

1 tapa em forma de observação;
1 tapa em forma de tristeza;
1 tapa em forma de pautas;
1 tapa em forma de palavras não ditas;

Meus dias se foram de ladeira a baixo, não só os meus como os de Victor também!
Victor acabou se afundando nas drogas, me deixou sozinha em sua casa e atualmente vive na boca, acorda e dorme por lá, já tentei conversar, trazê-lo para a sua casa novamente mas nada resolve, acho que a única coisa que vai resolver é o tempo, necessariamente ele precisa passar por esse tempo, por esse luto.

Hoje eu acordei disposta a sair dessa casa, não aguento mais passar pelo corredor e ver a porta do quarto de Patrícia fechada, não aguento mais o silêncio que ficou por essa casa...

Arrumo todas as minhas roupas na mochila e saiu igual a Dora aventureira...

Vou até a boca e os meninos impedem que eu entre para dentro do quartinho, acabo nem ligando, já sei o que estava me esperando lá dentro, então deixo para lá...apenas saiu andando e passo uma visão para Victor por áudio.

Áudio:
Fala Victor, tentei falar com você aí na boca agora pouco mas os meninos não deixaram eu entrar, até sei o porquê mas deixa para lá, nós dois tem que seguir a vida mesmo, mas enfim, achei uma casa aqui na 23, tá só o pó, abandonada porém com os móveis, vou começar a morar aqui agora, pode pá?! vou voltar a trabalhar pra poder pagar o aluguel tudo certinho, mais tarde passa aqui para conversarmos, tchau!

Mal termino de mandar o áudio e já tiro um grampo da bolsa para abrir a porta da casa..

Adentro e coloco minha bolsa em cima do sofá completamente empoeirado...vou abrindo todas as janelas que vejo pela frente para entrar um ar e sair um pouco da poeira...
E vou observando cada cômodo, até que não é nada mal...

Se passaram alguns minutos e alguém bate na porta, vou ir ver quem é...

Melissa: Nossa, o que aconteceu com você?_digo abismada.

Victor: Coisas da vida né_ele abaixa a cabeça e entra para dentro de casa.

Melissa: Eu até tentei conversar com você né, fazer com que você fosse para a casa e ficasse de boa_digo fechando a porta e indo em sua direção.

Victor: Eu sei Melissa, eu quem fui trouxa, me afundei nesse porra.

Melissa: Você quer ajuda? Eu estou aqui!

Victor: Não!_ele sai de perto de mim e vai saindo de casa, mas antes se vira para mim_Eu tô organizando um baile para hoje, para dar uma espairecida na cabeça, você vai?

Em meio a Tormenta Onde histórias criam vida. Descubra agora