Em meio a Tormenta

Narração: Victor / Pequeno

Victor narrando:

Eu fui pelo errado, compreendo.
Sei que eu sou o monstro da situação! Sei que errei muito com Melissa... des do dia que ela apareceu em minha vida eu percebi que era com ela com quem iria casar, ter filhos, ter uma família..meu mundo que era cinzento se coloriu somente com o seu sorriso radiante, sua pele macia, seus cabelos cacheados..me fazem darem voltas por cada cachinhos, me perdo totalmente quando se trata de você.

E eu quero deixar o mais claro possível que ela é só minha! Quando o menor da boca veio me falar que havia avisto ela na viela com um outro homem que não era eu, eu me enchi de ódio, pelo meu cérebro não passava nada a não ser raiva, cede por sangue.

Liliane( a loira) é uma completa puta, apenas serve para ficar arrumando brigas pelo morro a baixo, e claramente para chupar meu pau no fim da noite. Já Melissa não, Melissa era tudo para mim, simplesmente comecei a sentir um amor por ela que jamais havia sentido por alguém com tanta intensidade assim.
Ela nunca merecia ser traída! Mas sabem como é né...a carne é fraca!

"Algumas pessoas se apaixonam primeiro e depois percebem que é a pessoa errada.
Outras estragam tudo primeiro e depois percebem que se tratava da pessoa certa"

Pequeno narrando:

Minha vida sempre foi uma correria, dês de pequenininho fui "ponhado" na rua para trazer o ganha pão para dentro de casa.
Sempre estava no corre faça chuva ou faça sol! Minha mãe sempre foi uma pessoa doente, primeiro ela apareceu com diabetes, e depois com uma anemia forte, e sabemos muito bem que quando a anemia não é tratada infelizmente acaba virando uma leucemia...e bem, foi exatamente isso que aconteceu com a minha mãe, infelizmente ela veio a falecer 1 ano depois do diagnóstico, não vou dizer que fiquei feliz, pois não fiquei, mas foi como se tivesse tirado um peso da minha costa! Ainda mais eu, moleque novo, com apenas 20 anos, já no caminho das drogas, traficando igual doido...
E com a morte da minha minha mãe, Carolina ficou sobre a minha guarda. Carolina é a minha irmã mais nova, atualmente ela está com 15 anos, mas na época só havia 9! E adivinhem só...foi uma completa luta cuidar de uma menina.
Foram longas noites de sono perdidas, conversas, birrinhas sem sentido...

Mas graças ao bom Deus as coisas mudaram, por ela eu saí do mundo das drogas, definitivamente eu tinha que parar, e realmente parei de usar, única coisa que não parei até hoje foi de traficar...se bem, é isso que faz eu trazer alimento para dentro de casa.
Antes eu só era um pivete lascado, sempre ouvida da boca da minha mãe que eu não seria nada!
Hoje realmente eu não sou grande coisa, mas também não sou pouca coisa!