Um: pluto

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O que falta em mim?
Sempre sou recusado quando tento com alguém
Pluto, solitário, orbitando o meu próprio ego
Transitando entre a maré sombria e o banho de luz
Não sinto que posso ser o suficiente
O suficiente para
sustentar todos esses ácidos questionamentos dentro da minha pele
Suada, fria, enxuta
Enxergo através da escuridão
Que me conhecer foi um sacrifício
Da minha própria existência

Estou procurando por algo que ninguém pode ver
Estou sentindo algo que não consigo mais controlar
E toda a gravidade me puxa para mais perto
Como um buraco negro incandescente em plasma preto
Desvanecendo entre vinte e cinco mil partes de mim
Tenho uma visão aguda do que sobrou daqui
E não encontro você
Pois sou Pluto: frágil, violento
Podre, cauteloso
Solitário, amargo, instável
Morto

Pluto, me transforme!
Pluto, me destrua!
Pluto, me emancipe!
Pluto, me abdique
de mim mesmo!
Mesmo que isso signifique não pertencer mais
A você

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