Quinze: eu não esqueço o gosto do erótico

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Acordei em uma manhã fria
A floresta repleta de neblina
Me despi de uma casca vazia
E toquei no meu corpo nu

Senti o gosto do erotismo
Me diluindo
Como num único ritmo de puro instinto
Gargalho alegre, livre do destino

Fatia de cereja e pó de limão
Saboreio, lambendo os dedos das mãos
E me toco, mesmo no meio de uma multidão
Liberto o meu magma sexual
Sou feito de puro tesão

Alfazema provençal, corpo enlouquecendo
Tangerina ácida, está anoitecendo
Gemo de prazer, ecoando pelo vale
Tão provocativo, embebedado de vaidade

Caminhei por aquele fogo, sou um novo homem
Feroz e contaminado, tenho um novo nome
Alcancei o último estágio, estou condenado
À maldição do gosto do erótico, completamente envenenado

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