Cinco: Delírio à meia-noite

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Me desprendendo dos 17
Acordo, mas volto a dormir
Porque é mais fácil viver nos meus sonhos
Quando as estações apenas levam
O brilho dos seus olhos e o encanto do seu corpo
Para as águas do tempo

Me misturando com o lago, à meia-noite
Meu corpo despido me espera
Para me contar os segredos mais sombrios
Manchados de sangue e olhos azuis
Pois, você nunca me parou
E eu não vou me deixar cair em pedaços
Quando você conta mentirinhas inofensivas

Todos os meus ramos são pesados, meu corpo está pronto
Para o clímax crescente
Embebedando-me até a ultima gota
Dos estilhaços da meia-noite
Trago de volta todos os meus demônios
Para me dissecarem através do medo
Revelando as luzes mais frias da cidade

Me olho no espelho e vejo a lua distorcida
O paraíso descendo até a ponta dos meus pés
E meu corpo é feito do erótico, moldado nos dias mais sombrios
Na sonatina noturna, encontro-me diluído
Transformando em poeira o destino
Sou as velas destruídas do altar
Clame pelo meu nome, sussurre meu espírito
Até os solstícios se manifestarem

Blocos de gelo temperado, perfume de frésia
Ganho e perco partes de mim, todos os dias
Deito-me sobre os delírios da meia-noite
E tomo minhas próprias decisões
Fujo do seu quarto de hotel, até que me perco
Me perco em mim mesmo
E todos esses caminhos em que me permiti conhecer
São sangue, poder e sexo
Que carreguei de você comigo

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