Vinte e um: PaRaNoiAaaaAa

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Meus pensamentos podem ser abusivos
Às vezes, sou elusivo
Me perco, me desminto
Me despeço, estou faminto
Pelos meus erros, mar de egoísmo
Vivo sob os reflexos dos outros
Me contamino

Olhando para o mar, o destino, meu antigo lar
Sofri, mas também fiz sangrar
Toxina fatal, espada na jugular
Me olho no espelho e não me reconheço
Porque é tão difícil admitir todos esses meus erros?

Todas essas manchas que cobrem o meu corpo
Eu odeio, é o meu maior desgosto
Tentando parecer mais alto, mais frágil, mais fácil
Me convenço de que sou o mais desejado
Só pra inflar todo esse meu ego enjaulado
Provo e sou provado
Sou o meu maior erro, vivendo preso ao passado

Sou frio e calculista, lobo solitário
Amante da luxúria, corpo molhado
Paranoia efervescente, sou dissecado
Me julgo, me maltrato, me mato
Me encontro comigo mesmo de madrugada no lago
E sou levado, mesmo forçado,
A me despir:
Da sujeira, da inveja, do mau olhado
Banho de luz, renascido
Estou intrinsecamente purificado

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