08 | Alfaiataria

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Certo, eu realmente não sabia se ele era algum dominador, sádico ou alguma coisa do tipo

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Certo, eu realmente não sabia se ele era algum dominador, sádico ou alguma coisa do tipo. Mas, eu lia em livros, via alguns filmes eróticos, escutava as histórias que as minhas amigas contavam sobre esse tipo de homem, e por alguma razão, acreditava que a minha intuição estivesse certa. Afinal, o que mais poderia ter naquele porão com luzes vermelhas e quadros eróticos nas paredes? Não queria ter ido com sede demais ao pote, mas se quisesse ter esse homem, eu precisava descobrir mais sobre aquele lugar.

O meu lado racional dizia que talvez eu estivesse pensado alto demais quando o pedi para ser a sua submissa sem realmente saber o que Daniel era, talvez eu tenha ido longe demais, talvez eu não devesse ser tão intrometida na vida dos outros, talvez, talvez, talvez... Infelizmente, a minha curiosidade com a tensão do momento me fez falar sem pensar no grau das coisas.

Ao menos, o homem que segurava a minha cintura ficou quieto de repente, presumi ter ido mais do que eu podia na proposta que fiz. Minha mente se alarmou em segundos para que eu saísse daquele escritório e fosse me deitar, já que a vergonha falou mais alto. Tentei me erguer do seu colo esquivando-me do seu toque, o que praticamente foi em vão, pois seus dedos ainda apertavam a carne do meu corpo me mantendo quieta no lugar.

― Como notou tudo isso em apenas um dia convivendo aqui, Melissa? Muito esperta. ― quis saber, me deixando finalmente levar a bunda das suas pernas.

― Também não sei, não tenho certeza de nada. ― dei de ombros me sentindo realmente sem graça com o que falei. ― Quis acreditar na primeira coisa que pensei, acho que os quadros deixaram a minha imaginação à flor da pele. Me desculpe.

― Mas e se por acaso você estivesse certa ao ter imaginado isso, me acharia esquisito por ter um quarto assim em casa? ― juntou as mãos, aparentemente sério demais e apesar disso, me cheguei mais dele tocando o seu braço coberto pela blusa social preta.

― Não, nunca. Se eu estiver certa e se você for o que eu acho que é, quero que me ensine, Daniel.

― Ensinar você, hermosa?

Seus lábios secos foram molhados por sua língua rosada ao mesmo tempo que fui observada de cima a baixo como se eu tivesse falado alguma bobagem, e o sotaque ao ter me chamado de linda não colaborou nadinha para que os pelinhos das minhas costas não ficassem agitados.

― Sim, me ensinar. ― fui mais convicta nas minhas palavras, apertando o seu braço malhado. ― Acredito que fará de tudo para que eu seja uma boa submissa para você, se for o caso.

― E como tem tanta certeza do que eu sou, Melissa? Aquele quarto pode ter finalidade em outra coisa. ― insistiu em negar o assunto.

― Como eu disse, não tenho certeza de nada, mas você pode tirar a minha dúvida se me mostrar o que tem atrás daquela porta preta.

― E por que eu faria isso?

― E por que não faria? ― provoquei erguendo uma sobrancelha esperta. ― Tem medo do que eu possa descobrir, mi señor? ― o meu espanhol saiu forçado e o encarei engolindo a saliva com dificuldade.

MINHA INSANA PERDIÇÃO - livro 3 da série: Os AvellarOnde histórias criam vida. Descubra agora