00 | Prólogo

16.5K 1K 474
                                    

New York, 20177 anos atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

New York, 2017
7 anos atrás.

Me arrumei às pressas, ansiosa demais para receber a visita de quem eu tanto esperava que viesse hoje. Eu sabia que ele viria visitar a minha família, Daniel tinha esse costume no dia da véspera de Natal, já que o trabalho não deixava tanto tempo para que ele fizesse sempre, e também, era uma forma de se despedir antes dele voltar para sua terra natal na Espanha para poder comemorar as festas natalinas com seus parentes.

De alguma forma eu estava feliz, muito feliz que pelo menos poderia vê-lo essa noite.

Depois de ter passado o perfume o suficiente, deslizei o pente rapidamente nos meus cabelos curtos e desci as escadas com rapidez para poder esperá-lo no sofá da sala. Eu estava mais do que nervosa para vê-lo, era sempre assim que eu ficava quando ele vinha na minha casa.

Parecia uma criança à espera do seu doce favorito... E o meu era ele.

― Achei que só colocava esse vestido florido em ocasiões especiais, pirralha. ― a voz de Victor chegou em meus ouvidos, me fazendo encará-lo.

Desci o olhar no meu vestido azul vivo com pétalas rosas que ganhei dele mesmo e cruzei os braços indignada.

― Mas é uma ocasião especial. Hoje é véspera de Natal!

― É só um dia qualquer, não tem nada de tão especial assim.

― Deveria estar se sentindo grato por ter uma irmã maravilhosa como eu, ou acha que é fácil aturar você todos os anos? Isso é mais do que especial. ― falei o óbvio e ele bufou ligando a TV, enquanto se sentava ao meu lado.

― Eu odeio ter que dividir o mesmo teto contigo, Melissa. Já basta.

― Sei que me ama, mas é muito pateta para assumir que sou melhor do que você.

― Te odeio.

― Me ama

― Te odeio.

Eu o vi me olhar divertido e como um menino travesso, Victor segurou meu pescoço com um braço bagunçado meu cabelo feito uma criança, enquanto sua outra mão se movia de um lado para o outro em cima da minha cabeça.

― Para com isso. Vai desarrumar meu cabelo!

― Essa é a minha forma de dizer que sou grato por ter a melhor irmã do mundo, só não se empolga porque não é todo dia que eu vou assumir isso. ― riu, ainda bagunçando os fios.

― Idiota! Pateta! Crianção!

― Também amo você, maninha.

Sua gargalhada de menino encheu a sala, e mesmo sendo meu irmão mais velho, parecia que ainda era o menininho que corria pela praia de Los Angeles ao meu lado, e bem, eu gostava de relembrar dos nossos velhos tempos. Meu irmão era a minha base, e foi nele que eu me segurei quando nem mesmo meus pais foram capazes disso. O pateta era realmente admirável.

MINHA INSANA PERDIÇÃO - livro 3 da série: Os AvellarOnde histórias criam vida. Descubra agora