𝐑achaduras apareciam no céu, anunciando que provavelmente choveria em breve, mas isso não abalou Kaspbrak. Ele colocou uma roupa confortável, foi até o carro e dirigiu até chegar no escritório de Arlene Hanscom. Hoje o dia seria cheio.
Ao chegar no local, pôde observar a sala de espera cheia como sempre. Se sentou em uma das cadeiras, esperando dar o horário de sua consulta. Eddie não era o tipo de pessoa pontual, a não ser que se tratasse de sua terapia. Faltavam cerca de cinco a quatro minutos, ele poderia esperar. Riu internamente quando percebeu que a maioria dos pacientes eram idosos, e que provavelmente ele era a pessoa mais jovem daquela sala. Normalmente, existiriam crianças ou adolescentes, mas isso com certeza não se aplicava aos pacientes de Arlene.
Eddie fez amizade com a maioria das senhoras que também frequentavam a terapia, e em média elas eram gentis. É claro, algumas o encaravam com certa aversão, provavelmente por saberem bem que Eddie era, mas as outras não se importavam com isso. A favorita de Edward era uma senhora chamada Delina, e ele se lembra bem do dia em que a conheceu: ela puxou assunto dizendo que suas pernas estavam doendo, como sempre. Logo depois, Eddie ficou em choque quando descobriu que um só ser humano poderia ter um milhão de doenças e problemas diferentes. Ela com certeza gabaritava a cartela das dores musculares. Ela era uma senhora amável, que possuía um filho gay e uma filha lésbica. Eddie se lembra que quando comentou sobre sua sexualidade, a idosa abriu um doce sorriso e disse que seu filho também era assim como Eddie. Disse também que ele e o marido estavam em processo de adoção a uma criança, e que ela estava muito animada para a chegada dela. Logo inicialmente Eddie a amou, e teve certeza do quão bondosa aquela simples senhora era. Toda segunda-feira, quando a via naquelas tardes, a cumprimentava e conversava consigo. Vez ou outra, ela compartilhava seus dotes culinários com Kaspbrak, e ele particularmente era apaixonado pelos bolos de baunilha maravilhosos que Delina fazia. Ela era completamente adorável, e era como a avó que Ed nunca teve.
Quando a avistou, pôde observar ela sorrir com aqueles dentes pequeninhos fofos que Eddie tanto amava, e então ele abriu um sorriso maior ainda. Acenou timidamente para a senhora, que fechou os olhinhos e os abriu, piscando lentamente como fazia. Ela era extremamente fofa, e cheirava a chocolate. Talvez fosse os bolos que tanto fazia, que eram perfeitos e davam água na boca de Eddie só de imaginar. Sua filha estava com ela dessa vez, e era provavelmente a terceira vez que Eddie a via. Ele acenou, recebendo o mesmo da moça ruiva bonita. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, e pelas roupas que usava, ela provavelmente havia acabado de correr ou ir na academia. Seus olhos verdes estavam cheios de vida, enquanto conversavam e riam com a mãe. A doce senhora, que um dia já possuiu cabelos em tons alaranjados tão fortes quanto os de sua filha, mas que agora eram branquinhos feito neve, sorria e não escondia o orgulho pela garota. Por um momento, só por um momento, Eddie desejou que fosse ele. Que fosse ele contando para sua mãe como foi seu dia, sem medo do que ela diria, que fosse ele contando sobre Richie. Ele imagina o quanto o filho de Delina era sortudo, e Eddie daria de tudo para conseguir estar em seu lugar. Ele fica feliz pela filha da mulher, mas triste pensando que isso nunca aconteceria consigo.
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𝗔𝗰𝗼𝗿𝗱𝗲𝘀 𝗲 𝗖𝗼𝗾𝘂𝗲𝘁𝗲𝗶𝘀 ♫
Fiksi Penggemar𝗮𝗰𝗼𝗿𝗱𝗲𝘀 𝗲 𝗰𝗼𝗾𝘂𝗲𝘁𝗲𝗶𝘀 ★ - Quando Richie e Eddie são fotografados em um casamento, a foto é tirada de contexto e todos pensam que os dois estão tendo um caso. Os cantores se odeiam, mas perceberam que com essa história de "caso", ganha...