Lições de um amor - 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐

Pode ter certeza.

Porto Alegre, Novembro  8:30am

Esperando Thiago no aeroporto só conseguindo pensar o quão burra estou sendo em estar aqui, pensando muito em ir embora, mas dai não seria de bom tom, mas pra ser sincera, eu quero vê-lo.

— No que tanto pensa? — Thiago falou se aproximando com sua mala pequena. Pelo visto não vai ficar muito tempo.

— Nada não. — Ele concordou em silêncio e se aproximou puxando-me para um breve abraço,
o qual me senti confortável até lembrar de tudo que aconteceu. Pois é senhor thiago, ficamos com essa pendência.

Pra que vocês fiquem por dentro dessa história, vou contar um pouco mais detalhado.
Eu e Thiago namoramos por 6 meses. Ao longo desses 6 meses ele havia apresentado varias red flags, porém eu estava cega — ainda estou — mas não havia reparado. Basicamente em uma viagem em família — a qual ele não foi pois disse que não fazia parte da família— minha mãe acabou descobrindo que o mesmo havia ido para uma festa na companhia de diversas mulheres e amigos.  Estranho né? o mesmo me disse que iria jogar bola, nove horas da noite? existe mais essa pendência Thiago.

Enfim depois de três dias a verdade veio a tona, mesmo ele tentando esconder, a máscara dele caiu, mas sofri muito com o término praticamente forçado, mas ou eu ficava com fama de corna, ou eu terminava algo que eu sabia que não me fazia bem. Neste dia fomos em sua residência onde estava ele, sua mãe e seu pai, estávamos conversando pelo lado de fora da casa sobre o acontecido, e então ele simplesmente vira as costas e sai andando, como se o que estivéssemos falando sobre, para ele não tinha importância. o mesmo depois em uma mensagem disse a seguinte frase "se não da, então não da."
mas enfim, relutei, e infelizmente aqui estamos nós, dentro do meu carro a caminho para minha casa.

— O que esse merda ta fazendo dentro da minha casa? — Disse meu pai a partir do momento que ele entra pela porta, vindo em nossa direção.

— Calma pai!

— Andrés, pelo amor de deus! — Minha mãe gritou vindo atrás dele e o segurando.

— Olha D'Ale, eu sei que a gente ficou com uma pendência, mas pode ter certeza que eu vim em paz. — Disse Thiago sendo segurado pelo colarinho de sua camiseta.

— Em paz? depois de ter acabado com o psicológico da minha filha? Ta maluco idiota? — Gritou meu pai com o seu sotaque portunhol

— Pai, deixa ele. Se acalma e então a gente conversa! — Falei.

— Me acalmar? Por favor, não me diga que voltou com esse canalha? Se sim, considere-se burra e morta! Eu te arrebento.

— Olha só, ninguém aqui voltou e ninguém aqui vai voltar. Thiago veio passar o final de semana em Porto Alegre para fazer os últimos acertos com o Inter, todos os hotéis estão sem quartos disponíveis, e ele vai ficar aqui até terça-feira. — Vomitei as palavras.

— Esse traidor? na minha casa?

— É so alguns dias. — falei esperançosa.

— Prometo que vou andar na linha. — Thiago falou.

— Pode, mas saiba, quartis diferentes, não quero saber de fofoca que vocês dois estejam se envolvendo, se não eu quebro a tua cara. — meu pai falou olhando para o Thiago.

Thiago e eu subimos ate o quarto onde ele ficaria.

— bom, tu já conhece a casa. Sinta-se a vontade. — Falei prestes a me retirar.

— Serio? não vai ter nenhum remember?

— Não. Pede lá pras minha que tu me traia. Na falta de amor e carinho, elas dão um jeitinho. — Falei saindo.