Sem papo, sem reconciliação.

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P.O.V Brenda

Estamos no lado de fora da festa, mauricio estava comigo ali e estávamos dando nosso depoimento, pois ligaram para o 190 e disseram que havia sido uma tentativa de assassinato, e pensando por esse lado, realmente... Flavia ja estava na intenção com a Isis, ja que não teria de onde ela tirar um estilete no meio de uma festa, vestida horrendamente.

— E qual foi sua primeira reação quando a denominada culpada partiu pra cima da vitima? — O policial me olhou... fiquei em um leve transe, pois morria de medo de policial. Olhei para Mauricio e ele assentiu com a cabeça pra eu falar, demonstrando que eu estava segura.

— No momento que tudo começou eu fiquei em choque, mas foi bem no começo isso. Logo depois, minha reação foi ir pra cima dela quando ela estava agredindo fisicamente a vitima, mas como vi que a vitima estava se defendendo bem, eu deixei. Em seguida, que vi o estilete em sua mao, tentei alcançar para empurra-la pra o chao, mas a multidao estava grande, Porem, eu lhe dei alguns chutes e tapas. —terminei.

— Ta bom, vamos coletar o máximo de provas que conseguimos, peça para as vitimas ficarem em segurança, e se possível registrar o boletim e fazer uma medida protetiva o mais rapido possível.

assentimos e ele saiu.

— Brenda, eu... — Mauricio me mencionou.

— Olha, não to muito afim de trocar um papo.

— Ah, claro... — Mauricio respondeu sem graça, e com um sorriso para disfarçar. — Eu so queria dizer que vou no estacionamento pegar o carro do Gabriel, me espera aqui que eu te levo, ja que veio com a Isis. — Assenti.

Vocês nao fazem ideia do quanto me doía e dói tratar mauricio assim, mas simplesmente é o que temos. Sua infidelidade me doeu bem mais,
por mais que não tenha sido nada concreto, ele me tratava mal, como se eu fosse um lixo ou sua empregada que ele poderia pisar... sinto muito, mas nao vou mais implorar pelo mínimo que ele nem faz. não sou assim!

Mauricio veio com o carro, entrei e fiquei em silêncio. Permaneci quieta durante minutos ate que ele abre a boca.

— Bre, olha... as coisas que estão passando na sua cabeça, sei que ta tudo confuso, mas sei que nada doque você pensa é realmente da forma que esta pensando...

— Tu não sabe o que eu penso, tu não tem bola de cristal.

— Mas eu sei que você viu coisas que não tem o significado que você criou pra si.

— Habla menos Mauricio.

— Eu so quero voltar, eu não consigo viver sem você... quero nós dois de volta, como... como era no começo... — Ele falou com a voz meio tremula, eu não queria olhar pra ele, somente olhava pra frente.

— Até porque no inicio tudo era bom né, tudo era diferente, não era repetitivo, era tudo maravilhoso, eram flores... era tudo que tu queria... mas ai, bom, aí tu foi se acostumando, ai foi conhecendo, ai foi se torando monótono, aquilo que você sempre tem. Nem me pediu em namoro e ja tava na minha casa me tratando como uma empregada qualquer, como so mais uma bct que tu tinha, e se bobear muito ainda coloca a culpa no trampo, e agora ta ai, bancando o arrependido, porque sente falta daquilo que ja estava acostumado, e não porque realmente ama.

— Você não tem direito de falar que eu não amo... — Ele falou olhando fixamente pra estrada e reparei uma lágrima descendo.

— E tu não tinha o direito de só ter brincado e não ter feito porra nenhuma. — Falei desabafando.  — Me larga em casa.

Assim foi feito, mauricio me largou em casa sem dar um pio.

Entrei em meu apartamento e so soube chorar, chorar e chorar. Era como uma facada, mas naquele momento que você não sabe se enfrenta a dor ou so se rende deixando aquilo de consumir.

Nem banho tomei direito, me joguei na cama e dormi.

P.O.V Gabriel

Isis estava dormindo em meu lado na cama. Sorri quando vi ela dormir, diferente de algumas minas que fiquei, Isis não é estranha dormindo, pelo contrário! Ela tem uma face genuinamente tranquila, não baba e nem ronca... isso ai é raro.

Decidi fazer café da manhã para ela, ela
merece depois de todo o pavor que passou ma madrugada.

Fui a cozinha, preparei uma mesa com frios, frutas, suco, café e etc, mas dei falta da coisa mais importante... o pão.

Peguei meu cartão e desci correndo, por sorte o condomínio tem um mercadinho aqui dentro, tem pães fresquinhos todo dia de manhã e pela tarde. Comprei alguns pães francês que aqui eles costumam chamar de "cacetinho" e espero muito que Isis não tenha esse costume, ja que la pra cima cacetinho seria outra coisa...

Após subir e arrumar toda a mesa tirei uma singela foto com minha mesa de jantar preta fosca e postei em meus storys com a legenda "café abençoado por Deus.🙏🏻❤️" Porque graças a ele tudo eu posso, pela força que ele me da.

Estava parado mandando mensagem para minha mãe quando vejo Isis vindo com uma camisa minha do Corinthians, a qual eu achei linda nela.

— Bom dia princesa! — Falei deixando o celular de lado e hipnotizando naquela mulher.

— Bom dia Pit. — Ela me abraçou enquanto eu fiquei pensando "de onde ela sabe que meu apelido é pit"

— Quem te contou? — Perguntei.

— Ninguém, eu andei dando uma pesquisada leve sobre tu — Ela falou se afastando. — Era isso que eu fazia quando estava te ignorando... — Ela falou um pouco envergonhada.

— Não esquecia do pai de jeito nenhum né... — Falei.

— Se liga Gabriel. — Ela falou.

— Olha o que eu fiz pra você... — Falei lhe mostrando.

— Pra mim? — Vi seus olhos brilhar

— E com a sua fruta preferida — Apontei pra manga.

— Como tu sabe? Nunca te contei. — Ela me encarou.

— Seu pai ajudou nessa. — Mostrei meu celular.

Ela rapidamente buscou seu celular no quarto e tirou foto da mesa para postar nos storys e postou "Tudo que eu mereço☀️☘️"

— CARALHO! — Ela exclamou. — Tu comprou cacetinho... — Ela falou colocando a mão no coração e simulando um ataque cardíaco.

— Ah nao tu tambem chama assim... — Falei indignado.

Rimos, Paramos de enrolar e finalmente comemos.

A mesma varias vezes me olhava e parecia estar me admirando, claramente parecia olhar de admiração, e me sinto feliz de ser olhado assim, e me sentir valorizado como pessoa, e não como algo que so sabe fazer dinheiro.

P.O.V Isis

Meus pais ja sabiam que eu dormiria aqui, mas não sabiam do que aconteceu ontem, Gabriel precisva conversar com a direção para mostrar o atestado médico, porém pra isso meus pais precisariam saber, ja que a fofoca pelo clube corre rapido, e seria extremamente feio eles saberem pela boca dos outros.

— Olha... a gente vai ter que dar um pulo la em casa pra contar o que aconteceu...

— Seria feio eles serem os últimos a saberem né... — Falou e eu concordei.

Terminamos de comer, limpamos o que precisava, demos uns amassos... normal. Nos vestimos adequadamente e fomos, eu com muito odio com a mesma roupa de ontem, mas pela graça do senhor, Gabriel lavou e secou a mesma para eu poder usar.

Lições de um amor - 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora