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Indo em direção a minha casa fico pensando em "N" formas de contar aos meus pais o que aconteceu.
Eu estava de motorista particular de Gabriel, ja que o mesmo não poderia dirigir e nem fazer esforços, era literalmente REPOUSO.

Chegamos na minha casa e meus pais estavam sentados na sala, sorri quando minha mãe veio em minha direção me abraçar, me recebendo calorosamente. Minha mãe fez o mesmo com Gabriel, mas logo se espantou com seu braço enfaixado.

- Por Deus! O que houve?! — Ela perguntou um pouquinho desesperada, aquele jeitinho de mãe, sabe?

— Então, sobre isso que viemos falar com vocês. Vou levar o Gabe no Clube para ele apresentar os papéis do atestado e mostrar que ate ele se recuperar é esforço zero! — Eles
me olhavam assustados. — Ontem na festa, Flavia invadiu a boate transtornada, me deu um banho de bebida, e foi pra cima do Gabriel pagar a dela dizendo que iria bater nele, e ela realmente tentou, mas então naquele momento lembrei de tudo que o senhor havia me contado horas antes — Olhei pro meu pai — E fui pra cima dela...

— Quem ganhou? — Meu pai perguntou animado.

— Andres! — Minha mãe o repreendeu.

— Eu dei tanto naquela mulher que eu aposto que pelo menos um olho ta roxo. — Meu pai se levantou para dançar, feliz e contente depois dessa notícia.

— Ta, mas o que isso tem a ver com o braço dele? — Minha mãe ainda preocupada perguntou.

— Quando a multidão tirou a Isis de cima da Flavia, simplesmente aquela desgraçada tirou um estilete e foi em direção ao rosto da Isis, e foi ai que eu coloquei meu braço na frente, pra
proteger o rosto dela.

— Caralho. — Meu pai falou.

— Ja fizeram o B.O filha? — Minha mãe falou.

— Ainda não mãe, mas vamos ir depois que sairmos de la.

Conversamos um pouco e logo fomos embora dali em direção ao clube para resolver o que falta.

— Vai parar de seguir aqueles macho no insta? — Gabe falou colocando sua mão livre em minha perna enquanto dirigia.

— Eu to namorando? — Perguntei.

— A gente não tava oxi? — Ele falou.

— Sem pedido sem namoro. Ta vendo meu dedo? Não tem aliança. — Joguei minha indireta.

— Da hora parça, vamo vê isso. — Ele falou, parecia bravo, mas fala serio, quer me namorar faz direito.

Gabriel estava la pra dentro resolvendo as coisas e eu estava dentro de seu carro esperando ele terminar, eu refletia sobre minha atitude de minutos atrás, quando faço algumas cousas e paro pra me lembrar, me sinto extremamente culpada, por mais que não seja nada de mais, eu me culpo. Falei aquelas coisas mas nem por isso quero sair de perto dele, claro, falei que queria um pedido de namoro descente, pois é o pedido dos meus sonhos que super queria que ele fizesse.

Ele entrou no carro.

— Conseguiu ? — Perguntei com a voz calma.

— Uhum. — Respondeu.

Dei a partida no carro e estávamos indo em direção a delegacia mais próxima para poder dar nosso depoimento e pedir nossa medida protetiva.

Chegamos da delegacia e depois de muito bla bla bla conseguimos os papéis, flavia nao pode se aproximar de nós dois, cado contrario é preciso chamar a policia e ela é presa em flagrante.

enquanto dirigia senti Gabriel me olhando.

— Vem cá, cê falou aquilo, mas mesmo assim não vai me deixar né? Tipo, sei que cê quer tudo bonitinho e tal, mas você vai esperar né? Vai ter a paciência...? — Eu sorri.

— Quero que tu saiba que me afastar de ti é a coisa que eu menos quero nesse momento, não se preocupa. — lhe olhei brevemente vendo um sorriso.

Chegamos no prédio e eu estava levando o carro para estacionar na garagem. a garagem do andar do Gabe costuma ter poucos carros e ser muito grande, pois naquele andar são poucos moradores.

— Meu deus, que isso? — Perguntei desacreditada , negando o que estava vendo.

Gabriel que que até então estava mexendo no telefone de cabeça baixa, olhou para frente se deparou com o mesmo cenário que eu observava.

na hora que desliguei o carro e desci dele pude ter certeza que eu estava vendo era real. Meu carro estava em pedaços, seus vidros todos quebrados, sua lataria arranhada, amassada e pichada, pneus furados e tudo de ruim que você podia imaginar, era.

Gabriel veio correndo até mim enquanto eu exclamava palavras de "porque isso deus?" e varias do tipo. Esse carro era muito importante pra mim, foi meu primeiro carro, presente dos meus pais e avô por parte de mãe que havia falecido em maio.

— Fica calma, por favor. — Gabriel parecia extremamente nervoso enquanto me acalmava, ele beijada o todo de minha cabeça dentro de um abraço onde ele tentava me proteger de ver aquilo. Chorei, eu amava tanto aquele carro.

P.O.V Gabriel

Vendo Isis naquele estado, realmente me assustou e me doeu. Ela parecia em choque com aquilo, não sei o valor desse carro para ela, mas sei que ela estava sofrendo. Claramente a Commander branca dela era linda, mas ela maneira como ela chora eu percebo que é valor sentimental e não dinheiro. 

Tento ao máximo acalmar ela, faço truques como respira pelo nariz, segura o ar e depois solta
pela boca, para sua respiração regular e então, finalmente se acalmar.

— Vem princesa, vamos pra casa que eu resolvo isso.

Fomos até o ap. mas chegando lá a casa estava revirada, tudo de cabeça para baixo, a mesa estava pichada de rosa, tudo estava uma completa bagunça.
— Ah naoo, não a acredito. — Isis falou respirando fundo.

Após muito analisar as coisas, moveis, tvs e etc,
percebemos que eles não levaram nada pelo visto o seu único interesse era fazer a bagunça.
mas acabou passando do limite olha as coisas que eles fizeram. rapidamente reconheci um símbolo na mesa qual foi pichada.

— Essa
letra F...

Lições de um amor - 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora