𝐄𝐘𝐄𝐒 𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐋𝐈𝐄

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𝐿𝒾𝒶𝓂

Preparei tudo para a chegada de Alan, o que não demoraria muito. Apesar de estar animado por ter meu irmão por perto, minha mente estava longe, mais especificamente em uma mulher que tem meu coração nas mãos, mas que me odeia profundamente neste momento.

Alan com certeza surtou ao saber das boas novas, e eu apenas ouvi seus grito eufóricos e as lembranças que contei a ele, tenho certeza que o avião inteiro odiava ele naquele momento, consegui ouvir alguém repreendê-lo e ele educadamente mandar a pessoa para o quinto dos infernos. Alan sabia da minha história com Ceci de cabo a rabo, isso contribuiu para sua felicidade. Ouço meu celular tocar e atendo no segundo toque sem ao menos ver quem era.

- Alô? - Digo direcionado o telefone ao rosto. Mas logo me arrependo.

- Isso é jeito de atender sua mãe, garoto? - Ouço a voz de Ellie do outro lado da linha.

- Me desculpe mãe. - Digo rindo. - Apenas não vi quem era e logo atendi.

- Só desculpo se me desculpar primeiro. - Disse mudando o tom de voz. Eu sabia exatamente do que ela estava falando.

- Alan não irá resolver meus problemas, mãe. - Expliquei.

- Eu sei, querido, mas pelo menos te dará a animação que precisa nesses próximos dias. Seu pai já me atualizou, como o bom fofoqueiro que é. - Era de se esperar.

- Estou surpreso. - Debochei, ouvindo sua risada.

- Quer dizer que encontrou a pequena Maria Cecília? E ainda irá trabalhar com ela nos próximos meses. As coisas correm rápido. - Disse ela, me lembrando do acordo.

Trabalhar com Maria Cecília seria um dos meus maiores desafios, mas facilitaria que eu me aproximasse da morena, faria o impossível para tê-la nos meus braços, mas primeiramente focar na nova empresa.

- Esse é o menor dos meus problemas, mãe. - Disse concluindo meus pensamentos.

- Está dizendo Cecília? - Questionou.

- O que? É claro que não, Maria Cecília não é um problema, muito pelo contrário, ela é a solução de tudo. - Pontuei, ouvindo seu suspiro de aprovação.

- Está gostando dela? - Questionou novamente.

- Gostar é pouco para definir o que sinto, mãe. Eu sempre fui completamente apaixonado por aquela mulher. Encontrar ela tornou esse sentimento cada vez mais forte. - Declarei.

- Tenho certeza que ela compartilha do mesmo sentimento. Para saber basta olhar nos olhos dela, olhos não mentem, filho. - Concluiu.

- Será difícil, geralmente ela evita olhar nos meus olhos. - As últimas vezes que olhei em seus olhos, eles estavam cheios de lágrimas, por minha causa.

- Sei que consegue. - Disse ela. - E como estão as outras crianças? - Perguntou se referindo aos irmãos de Ceci.

- Crianças? Mãe, todos eles já estão maiores que a senhora. - Respondi, rindo.

- Para mim vocês nunca deixaram de ser crianças. - Esclareceu. - E os gêmeos, continuam unidos?

- Se refere a Zender e Adam? - Questiono.

- É claro, aqueles lá são como unha e carne. - Disse rindo.

Desde pequenos, Zender e Adam ajudaram minha mãe com as sacolas de mercado, e em troca, minha mãe sempre nos dava um copo de sorvete para cada um, e todos sentavam no meio fio na frente de casa para saborearmos.

Fiquei tão focado naquela mulher que ao menos pude trocar uma palavra com eles.

- Não tive muito tempo para reparar, mas tenho certeza que continuam unidos. - Disse. Logo ouvi outra pessoa me ligando

- Mãe, preciso desligar, Alan está me ligando e provavelmente já pousou em Santa Mônica.

- Tudo bem querido, mande um beijo para ele por mim. - Me despedi, desligando.

Me direcionei até a sala, atendendo Hewitt e pegando as chaves do carro.

- Consegue me buscar no aeroporto, gata? - Questionou animado quando atendi.

- Estou indo, amor. - Entrei na onda, já saindo de casa. O lugar não ficava muito distante dali, e o carro fez o percurso ficar ainda mais curto.

Chegando lá não era difícil encontrar Alan no meio da multidão, já que o mesmo carregava uma placa neon e cheia de glitter, com a seguinte frase.

"Esperando por Liam Peterson"

Corri até ele, arrancando a placa de suas mãos antes que o mesmo me fizesse passar mais vergonha.

- Aí está você. - Disse me abraçando, enquanto eu procurava uma lixeira para enfiar a cabeça.

- Tinha me esquecido das suas brincadeiras. - Afirmei, contribuindo seu abraço.

- Isso foi uma prova de amor, ok? - Rebateu.

Seguimos para o carro, enquanto Alan iniciava sua grande história de como foi discutir com um senhor de 63 anos por causa de malas.

- Aquele velho mocorongo, fazendo hora extra na terra e ainda quer discutir comigo sobre qual era minha mala. - Reclamou.

- Era só um senhor, Alan. Você deveria ter mais paciência. - Disse entrando dentro do carro.

- Só de ter conversado com aquele velho, já me sinto um santo. - Explicou, apontando para mim. - Mas isso é assunto para outra hora. - Disse animado, prevendo o assunto já aumentei o som tentando desviar sua atenção. Mas não funcionou.

- Me mostre uma foto, quero vê-la. - Praticamente implorou.

- Não tenho nenhuma foto, Alan. Encontrei ela hoje pela manhã, como quer que eu tenha uma foto? - Perguntei para ele, que debochou de mim revirando os olhos.

- Você como apaixonado é péssimo. - Disse pegando seu telefone. - Qual o nome completo? - Questionou.

- Maria Cecília Sawfer Romana. - Respondi prontamente.

- Ainda bem que você tem a mim, provavelmente estaria perdido neste exato momento. - Disse futricando em algo no seu celular, provavelmente procurando algo.

Nunca achei alguma rede social de Maria Cecília, não que eu procurasse muito, mas de certa forma ainda tinha esperanças de acordar um dia e me deparar com uma mensagem sua.

- ACHEI. - Gritou o mal amado depois de alguns minutos, me fazendo pular do acento.

- Será que dá pra agir como uma pessoa normal? - Perguntei histérico.

- Cala a boca e olha aqui. - Ignorou virando a tela do seu celular para mim. - Achei o Instagram da empresa.

Se não conhecesse Alan, ficaria com medo de seus dons. Mas era o Alan, essa peste não faria mal a uma formiga.

- Meu pai amado. - Disse colocando a mão na boca.

- O que foi? O que descobriu? - Perguntei para o homem que encarava o celular com certa luxúria nos olhos.

- Por favor Liam, me diga que essa morena dos olhos verdes não é a Romana. - Implorou me mostrando a tela do celular.








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Todas As Flores Que Te Enviei - Série Os Romana's | Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora