Capítulo Trinta e Nove - Em Chamas

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"Harry. Precisamos de você na sala de estar."

Harry fechou o livro e sentou-se com um estalo. Ele podia sentir Greg ficando tenso atrás dele. Greg deixou os amigos de Harry cuidarem dele, inclusive vigiando seus quartos, por alguns dias, mas ficou tão infeliz que Harry teve que deixar Greg passar um tempo com ele.

Mas foi Hermione quem entrou na biblioteca e ela não parecia em pânico. Ainda não, Harry pensou criticamente, estudando-a. Ela andou com o queixo erguido e a mão fechada em torno da varinha, como se precisasse amaldiçoar alguém. Harry decidiu que apenas uma coisa a faria ficar assim.

"Quem passou pela lareira?"

Hermione olhou para ele, mas se recuperou. "Você ouviu o toque do Flu, é claro."

Harry não tinha ouvido tal coisa, e ela deveria saber disso, já que ele estava na biblioteca, a praticamente quilômetros de distância do Flu que devia ter tocado. Mas isso mostrava o quão abalada ela estava, e repreendê-la tornaria a situação pior, então ele assentiu e esperou, enquanto Hermione balançava o punho para nada.

"Os Aurores," ela disse. "Achei que eles estavam aqui apenas para levar Zabini para outro lugar, mas eles disseram que o Ministério..." Sua voz sumiu.

Se ela não conseguisse dizer isso, então Harry teria que fazê-lo. "Eles querem que os testes comecem o mais rápido possível", disse ele. Greg deu um grunhido atrás dele, mas Harry não conseguiu interpretá-lo, e o vínculo ficou quieto na parte de trás de sua cabeça, do jeito que acontecia com mais frequência agora, desde que Harry o havia dominado. Bem, e já que ele decidiu que não queria espionar as emoções de seus vassalos. "Tudo bem. Nós iremos."

"Meu Senhor."

Greg deu um passo na frente dele e se ajoelhou. Harry olhou para ele. Greg estava cruzando os braços à sua frente, o da direita, com a marca do escudo do vínculo, em cima. Era uma postura que Harry nunca tinha visto alguém adotar antes, e embora ele estivesse lendo mais sobre as relações entre Lordes e vassalos para ter alguma ideia do que poderia exigir quando eles fossem na frente do Wizengamot, ele também não o reconheci dos livros.

"O que isto significa?" ele perguntou, olhando nos olhos de Greg e esperando por algum tipo de explicação.

"Isso significa que estou implorando por uma bênção." Greg olhou para ele com olhos tão atentos que Harry engoliu em seco. Mas, bem, ele concordou que aceitaria Greg no vínculo e o manteria com ele, não importa o que acontecesse, então isso significava que ele tinha que ouvir e até concordar quando Greg falasse assim.

"Tudo bem", disse ele. "Que tipo de benefício você quer?" Foi difícil pensar nisso, realmente. Greg queria ter um Senhor que lhe desse ordens, e ele tinha isso, com Harry. O que mais havia?

"Que você me mantenha com você", disse Greg. Ele parecia pensar que isso era o suficiente, mas talvez tenha lido a expressão de Harry e visto que não era, então acrescentou: "O tempo todo."

"Os Aurores não vão deixar vocês ficarem juntos," Hermione interrompeu, antes que Harry pudesse dizer alguma coisa. "Eles vão colocar vocês em celas separadas. Eles já acham que vocês passam muito tempo juntos. Bem, provavelmente," ela acrescentou, quando Harry olhou para ela com curiosidade, imaginando como ela sabia o que os Aurores pensavam.

"Eles terão que fazer isso", disse Greg, com o jeito simples e seguro que tinha. Às vezes Harry o invejava, Sonserino ou não, valentão ou não. Ele parecia saber tudo muito bem e, depois de tomar uma decisão, ele a manteve, ao contrário de Harry, que mudava de ideia porque aprendia coisas novas sobre o vínculo e os sonserinos envolvidos nele.

The Only True Lords - Harry Potter ( Tradução )✓Onde histórias criam vida. Descubra agora