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017 — "𝑖𝑟𝑚𝑎𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒 𝑝𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒."

— A grandiosidade não é difícil para quem não tem preferências, com a ausência de amor e ódio tudo se torna claro e sem disfarces. — O professor Dean estava sentado sobre a mesa enquanto explicava aos mais velhos que estavam ali pelo curso. — Disse um filósofo chinês em 1950 a.C. Porque eu escolhi trazer isso para nossa aula de redação criativa?

— Porque a ausência do julgamento nos ajuda a observar a realidade, ou melhor, quero que ouçam o que os seus colegas escreveram, com o coração límpido e aberto. — o homem pediu cruzando seus braços para os demais ali na sala. — E então, quem será o primeiro?

— Eu serei o primeiro. — um homem cujo o nom seria Hawke, levantou sua mão se levantando logo em seguida e se sentando sobre sua mesa.

Eu cantei uma canção para que ouvisse, eu pintei um quadro para que visse, eu colhi uma rosa para que cheirasse, eu plantei grama para que a tocasse. Mas não ouviu a minha canção, não viu o meu quadro, não cheirou a minha rosa e nem tocou em uma grama! — O homem se exaltou no fim do pequeno texto, batendo com a mão na folha que segurava assustando todos ali na sala.

— Talvez ela tivesse viajado. — uma mulher no fundo da sala gritou. — Sem graça. — Hawke disse na direção dela, voltando a se sentar na cadeira onde estava. — A poesia dele é sobre a futilidade, nos recolhemos a nossa total insignificância. — Luccas comentou de onde estava sentado.

Enquanto estavam comentando sobre a poesia de Hawke, a porta da sala se abriu relevando um garoto. Jacob, ele entrou na sala com vergonha se esqueirando pela parede da a sala, chamando a atenção dos demais presentes ali.

— É claro, mas não vamos nos esquecer do coração aberto... Jacob está procurando por alguma coisa aqui? — O professor perguntou. — Ah, eu paguei o curso. — O garoto explicou. — Este curso? — ele confirmou com a cabeça.

— Eu quero ser escritor. — Jacob falou com convicção, fazendo os mais velhos sorrirem e acharem uma graça. — Jacob, essa é uma aula para adultos. — Dean explicou.

— Ora, eu acho lindo que ele queira ser escritor também. — Luccas disse acenando para o jovem Hopper. — Muita força para você irmãozinho. — Hawke sorriu ladino.

— Jacob, tem certeza que quer isso? — o professor perguntou encarando o garoto, que engoliu em seco e confirmou com a cabeça novamente. — Tá, seja bem-vindo a classe. — Dean riu descrente, e o garoto se sentou sendo recebido com diversos aplausos dos adultos ali.

— Muito bem, o próximo. — Dean pediu, e Akira levantou seu braço com um sorriso. — Bem... Eu tive uma experiência com a minha namorada e escrevi um verso. — o Professor confirmou e pediu para que ela começasse, Akira ficou em pé, segurando um bloco de notas nas mãos.

Ela me cobre como um cobertor, na noite fria e escuro e quando olho em seus olhos, ela é quem procuro sentir, tocar, é real. A pele que se revele... — a mulher estava concentrada, e Jacob encarava ela sem entender nada do que ela estava querendo passar ali. — A pele que se revele, não o culpo, não à culpa e então eu acendo um baseado... — Ela completou, fazendo Jinx que estava logo atrás dela lhe lançar um beijinho no ar, e os outros adultos que estavam ali olhar incrédulos para ela.

[...]

Joyce estava concentrada nos papéis que estavam sobre á mesa, sentada na cadeira em frente a escrivaninha que ficava na sala dos Hopper, quando uma melodia tirou a mulher dos seus pensamentos, fazendo ela acompanhar o som da tuba até chegar a Jim que estava sentado no seu escritório tocando o instrumento.

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