015 — "𝑂 𝑏𝑒𝑖𝑗𝑜."
Segunda-feira 1978 — Denver, Estados Unidos.
Era tarde da noite, Vance estava jogado em cima da sua cama folheando o anuário do primeiro ano do médio, ele parou quando notou um nome familiar.
Billy Showalter
Cruz Vermelha, clube de
astronomia e de teatro.
Sonho: testemunhar um milagre.
Vance encarou a página por minutos, depois fechou o livro revirando os olhos intrigado. Deixou o livro sobre a cômoda e enfiou o travesseiro sobre sua cabeça pegando no sono.
[...]
Sábado 1978 — Denver, Estados Unidos.
Era sábado novamente, Billy se encontrava na orientação sentado ao lado de Isaac que encarava a bola de basquete que ele girava sobre a mesa sem prestar atenção no garoto ao seu lado.
— Sabe a resposta? — Vance perguntou apontando para a página do caderno, e Isaac balançou a cabeça negando. — Eu sei que sabe. — disse já sem a menor paciência, suspirando cansado.
— Quer saber? Vem comigo. — puxou a mão de Isaac fazendo o garoto levantar, e o arrastou para a quadra de basquete da escola.
— Tá, somos eu, você e a cesta. Formamos os três lados de um triângulo, dá um passo pra frente. — explicou ao garoto, que estava com uma cara de tédio, mas obedeceu e deu um passo pra frente. Vance andou ao mesmo tempo que ele, seguindo seus passos.
— Agora continuo no mesmo ângulo entre você e a cesta? — perguntou olhando pro garoto. — É. — respondeu e Vance sorriu. — E você? — perguntou novamente. — Também. — respondeu por fim.
— Então o que somos? — olhou para Isaac ansioso por uma resposta positiva. — Um triângulo equilátero? — olhou para o loiro, que se animou. — Isso! É isso ai, agora mostra um isósceles. — pediu e Isaac deu alguns passos para o lado.
Não muito longe dos garotos, Billy passava pelo corredor quando olhou para a janela e notou Vance e Isaac, deixando um fio se formar nos seus lábios enquanto observava a cena.
— Ai! Dois lados iguais. — explicou para o outro, que se deixou levar e riu orgulhoso de si próprio. — Já chega, vamo jogar. — Vance sorriu e Isaac jogou a bola de basquete para ele.
Vance bateu com a bola no chão algumas vezes, driblando Isaac e passando pelo garoto saltando e jogando a bola na cesta, comemorando logo em seguida, isso fez o Showalter que estava na janela rir e seguir seu caminho.
[...]
O resto dos dias se passaram de presa, Vance passava o texto todos os dias antes de se deitar para dormir, e aos fins de semana estava sempre com a turma do teatro ensaiando.
Era sempre a mesma coisa, ele se escorava sobre o balcão e esperava que Ellie vinhesse até você supostamente revoltada e lhe empurrava. O que particularmente foi a melhor parte da apresentação para a garota.
A professora pegava constantemente no pé de Vance, que tinha sempre uma cara de desânimo e tédio no seu rosto, fazendo a mulher repetir a cena milhares e milhares de vezes.
Ele não aparentava, mas se esforçava todas as noites para não esquecer nenhuma palavra que lia naquele texto, continuava a andar de um lado para o outro ensaiando consigo mesmo. Algumas vezes até usou Jacob e Javon para que ele não ficasse sozinho, o que mais tarde ele descobriu que não foi uma boa ideia já que os irmãos riram dele a maior parte do tempo.
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- 𝐋іᥒһᥲs 𝐃᥆ 𝐀m᥆r © . (...)
Hayran Kurgu"- O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam." eçᥲ ძᥱ 𝗊ᥙᥱіróz. A história a seguir é um reconto baseado em alguns dramas populares. Juntamente á diversos personagens de universos de filme...