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Alerta de gatilho 🚨

025 — “𝐴𝑑𝑒𝑢𝑠 𝐺𝑟𝑖𝑓𝑓𝑖𝑛 𝑆ℎ𝑜𝑤𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟...”

A noite caiu, Dominique estava sentado em frente ao pequeno caixão branco que estava no meio da sala da casa dos Hopper, suas mãos tremiam e elas estavam juntas enquanto o mesmo estava de olhos fechados pedindo perdão.

E se ele não tivesse saído”, "E se eu fosse mais cuidadoso", "E se eu pelo menos..." a cabeça do Homem se encheu com diversos "E se" ele se culpava, mesmo que soubesse, mesmo que soubesse que nada daquilo poderia ser evitado, estava para acontecer... Ele não poderia impedir, "MAS E SE?"

Quase que a cidade toda estava reunida no lugar, algumas pessoas estavam sentadas nas cadeiras ali na sala, outras cochichavam pela casa atrás de sabe tudo o que aconteceu. Os Arellano chegaram, Jade correu até a Sra. Showalter que estava nos braços de Joyce para consolar a mulher.

Charles acompanhou e abraçou o Pai do menino, que tinha seus olhos molhados mas que manteve-se firme em não chorar. Os Blake chegaram logo atrás, com Finney que correu até Billy assim que notou o mesmo na porta encarando o irmão, assim como Donna que estava em prantos, abraçou Billy com toda sua força na intensão de ajudar o rapaz.

Robin andou até os irmãos Hopper, que desceram do segundo andar de cabeças baixas, os gêmeos Tozier caminharam ignorando os demais até se sentarem em uma das cadeiras que estavam expostas no meio da sala.

— Obrigado por virem. — Agradecia Hopper enquanto recebia os demais na porta. — Ele não quer sair de lá, não quer sair do quarto. — Joyce se aproximou dele. — Ele passou o dia todo, até mesmo Javon e Vance tentaram entrar, mas ele não respondeu. Você tem que fazer alguma coisa, Jim.

— A cerimônia está começando. — Olhou para a mulher ao seu lado. — Abre os olhos, ele tem 11 anos de idade! O único amigo no mundo dele, morreu. — Cruzou seus braços encarando o homem. — Eu sei disso! — Exclamou alto. — O que é que você quer que eu faça?!

— Pare de se esconder, Jim! — A voz dela falhou. — Você foge... Quando eu cheguei aqui, a ideia de trabalhar aqui não me atraiu. Mas, quando vi a família linda que morava aqui, pensei, se não tenho família pelo menos posso trabalhar com uma. — Ela chorava, discretamente, mas as lágrimas rolaram pelo seu rosto.

— Talvez eu tivesse ela, quando me chamasse para jantar. — Hopper engoliu em seco. — É. Mas, o jantar é sempre interrompido por um acidente de carro, ou um garotinho que pisa em uma colmeia. — Ele estava tenso. — Eu não estou querendo que pare de sentir o que sente, Jim. Mas a vida não é só morte. Não ignore os vivos. Ainda mais seus filhos.

— Com licença, Hopper. O reverendo vai começar.

— Está bem, obrigado. — Limpou seu rosto, e Joyce fez o mesmo, deu uma última olhada para ele e saiu andando.

Todos agora estavam reunidos na sala, o reverendo subiu até o pequeno púlpito improvisado e voltou seu olhar para os demais reunidos ali. Denver inteira com seus olhos molhados e seus rostos de surpresa, os Showalter estavam reunidos nas cadeiras á frente, perto do pequeno caixão que eles evitavam olhar.

— Estamos reunidos para homenagear Griffin Showalter. Nascido em 8 de maio de 1961 em Denver Estados Unidos. — A mãe do pequeno Griffin tinha seus olhos abatidos, encarava agora o homem que falava.

No andar de cima a trinca do quarto de Jacob fez um barulho alto, o garoto deixou o quarto, se esqueirando pela parede descendo até os degraus da escada tentando ver a cerimônia de cima.

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