004 — “𝐵𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑒𝑡𝑒𝑟...”
Terça-𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮, 𝟭𝟵𝟳𝟴 — 𝗗𝗲𝗻𝘃𝗲𝗿, 𝗘𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗨𝗻𝗶𝗱𝗼𝘀.
Na manhã seguinte Vance adentrou a cozinha de sua casa, onde seu pai estava debruçado sobre a pia lavando a louça do jantar da noite anterior. Ele engoliu em seco, olhando de canto de olho para seu pai enquanto se sentava á mesa.
— Sabe pai, a minha perna tá doendo hoje, não vai dar pra eu sair. — Falou enquanto mexia o cereal junto ao leite que já estava na vasilha. Jim suspirou antes de secar as mãos e se virar para ele.
— É melhor eu ligar para o seu avô. — disse se escorando sobre a pia de braços cruzados para Vance. — Não. — retrucou seco encarando Jim.
— Tá?! Eu não vou falar com ele. Nem pensar. — Vance disse agora sério. — isso tem que acabar, vocês precisam se entender, você precisa de alguém além de mim para te ajudar, tenho ficado muito tempo preso no trabalho.
Jim falou novamente, agora esperando talvez ansioso por uma resposta de Vance, mas não recebeu o garoto se virou novamente para o seu cereal e encarou a vasilha inquieto.
[...]
Eram 10hr da manhã, o pastor Dominique estava sobre o palco da Igreja ditando algumas palavras para os fiéis nos bancos.
— Sejamos gratos, pois um jovem foi salvo pelo senhor e rezemos pelas vidas dos outros envolvidos, que provaram não estarem no caminho da retidão.
Dominique ditou as palavras sobre o jovem Bruce Yamada que estava no hospital, levando seu olhar para Vance que estava a poucos metros dali ao lado de Jim e seus irmãos, logo depois voltou ao público.
Vance se sentiu constrangido, mas não o suficiente para que Jim o deixasse sair da Igreja, ao longe, mais perto do púlpito estava Maggie Yamada que se virou para Hopper com um olhar de repreensão, o que fez Vance abaixar a cabeça desviando.
Dominique deixou o palco, dando espaço para o coral da Igreja cantar, haviam alguns rostos conhecidos entre as pessoas ali alguns da escola, outros da própria Igreja. E havia ele.
Billy Showalter. Enquanto o coral se abriu, cantando a famosa música de encerramento da manhã, os olhos de Vance se trombou com os do loiro que segurava as partituras na mãos com um sorriso gentil.
Claro que, não demorou para Vance desviar o olhar com certo desânimo, achava aquilo uma perda de tempo mas não poderia dizer não ao seu pai. O coral parou, e somente Billy continuou a cantar, deixando todos os senhores de idade ali impressionados com sua voz angelical.
Realmente, ele tinha uma voz muito bonita, e que deixavam todos de bocas abertas, ele sorria como um anjo o que fazia com que todos ficassem vidrados nele.
A Japonesa que estava perto do púlpito revirou os olhos cruzando seus braços com desânimo também, enquanto olhava Billy cantar.
[...]
— E ai a sua perna? — Mike perguntou com um saco de amendoins nas mãos. — Já tá legal. — Vance respondeu, encostando suas moletas no banco ao lado dele.
— Eu não acredito que você foi preso. — Will disse se encarando no espelho de mão que segurava com um risinho de sarcasmo. — É, e o que você disse pra eles cara? — Mike perguntou.
— Nada demais. Disse que sai pra curtir a noite, que acabei na reserva e vi o Yamada, tentei ajudar o cara só que eu me apavorei e resolvi dá o fora antes que levasse a culpa. — Hopper respondeu com um sorriso sínico no rosto, já levantando sua mão para bater na de Mike que agora ria.
— Eu tenho que te aplaudir, você é o mestre jedi do papo furado. — bateu com a mão na de Vance fazendo os outros ali rirem também.
— Caramba, esse Billy Showalter tem estilo. — Will guardou seu espelho de mão e virou para Billy que se aproximava da entrada da escola. — É, usa esse sapato desde a quarta série.
— Ah qual é, os tímidos podem te surpreender, sabe como é ele pode atacar um humano de repente por aí. — Mike zombou, fazendo novamente todos rirem. — Quer dizer, com uma ajeitada até que ele fica bonitinho. — completou rindo.
— Belo suéter. — Robin comentou sarcástico quando Billy passou na frente deles segurando uma caixa grande em suas mãos, com alguns materiais do seu clube, ele se virou para eles com um sorriso curto. — Obrigada.
E então voltou a seguir seu caminho, entrando na escola, fazendo com que o grupo zombasse e seguissem com uma risada nada discreta novamente. — Obrigada. — Mike repetiu rindo.
[...]
Mais tarde, Vance estava com seus fones de ouvidos enquanto esfregava o chão do pátio, fazia parte da sua punição segundo o diretor. Em uma mesa próxima a ele, estava Billy, ele ensinava aos alunos mais novos sobre astrologia, era a paixão do jovem.
Vance encarou ele com raiva, não que odiasse ele, mas simplesmente a forma como ele agia o deixasse inquieto e de certa forma irritado.
— Este é um aparelho simples, feito com rolo plástico e líquido corretivo. — explicou Billy mostrando o aparelho que segurava aos outros. — alguém sabe o que é? — perguntou encarando os mais novos, que se entre olharam sem saber o que dizer.
— Um localizador de estrelas. — Vance respondeu. Fazendo Billy e os outros se virarem para olhar pra ele. — ah... Isso é um localizador de estrelas, para ver estrelas e planetas á olho nu. — explicou Billy voltando sua atenção aos mais novos.
De longe, imitando Vance com o esfregam em mãos vinha Mike, Robin e Will rindo para o amigo, que revirou os olhos com a brincadeira.
— Mercúrio e Júpiter são vistos ao Sul do Oeste depois do pôr do sol. — Billy comentou animado ainda segurando o aparelho nas mãos. — Aposto que dá para ver anjos voando nos céus. — Mike comentou rindo passando por ele.
Mas, ao contrário do que eles esperavam, Billy largou o aparelho na mesa e se virou para eles com um sorriso sínico no seu rosto. — É, existem algumas coisas que são consideradas milagrosas. Einstein quanto mais estudava o universo, mais acreditava no ser superior.
— Bom, se existe um ser superior. Então porque ele não te dá um suéter novo? — Will disse com deboche, seguido de Mike que riu alto.
— Ele está ocupado procurando seu cérebro. — respondeu Billy sem desmanchar seu sorriso de seu rosto, fazendo Will ficar com uma feição nada agradável e Mike rir mais alto ainda. — Uouu William! — Mike debochou.
— Vai ri, é uma piada. — Will revirou os olhos e se escorou em uma das muletas de Vance. — Vai vambora. — Robin chamou o amigo.
— Não posso, tenho que ficar. — Vance disse balançando os ombros. — O diretor já saiu, vamo zuar. — Mike revirou os olhos.
— É vamo lá. — Arellano comentou balançando os ombros de Vance também. — Blah, vai vamo logo, vem vambora! — Will disse imitando o jeito de Vance andar, levando sua muleta.
— Sei lá, mas, ser faxineiro é bem a sua cara. É sério. — Robin debochou rindo enquanto seguia os amigos. — Ah que legal. — Vance respondeu.
Se virando por um momento para trás, encarando Billy que ainda demonstrava para que servia o localizador de estrelas para os alunos mais novos, ele olhou de canto de olho para Vance notando o Hopper lhe encarar mas não correspondeu. Fazendo assim Vance seguir os amigos.
𓋜
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- 𝐋іᥒһᥲs 𝐃᥆ 𝐀m᥆r © . (...)
Fanfiction"- O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam." eçᥲ ძᥱ 𝗊ᥙᥱіróz. A história a seguir é um reconto baseado em alguns dramas populares. Juntamente á diversos personagens de universos de filme...