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023 — "𝑁𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑎𝑏𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑠𝑒 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎."

É melhor não deixar os terabiatianos ouvirem isso, até porque você é o rei deles. — As palavras fantasiosas de Finney voltaram a mente de Robin no fim do dia quando ele já estava deitado para dormir, sua cabeça estava tão fora de órbita que ele não notou o desenho detalhista que fez do ruivo em seu caderno.

Na manhã seguinte ele acordou cedo, embrulhou o papel que havia desenhado e jogou para Finney quando passou por ele no corredor da escola.

Começa hoje

A temporada de caça

Aos trolls «gigantes».

Os olhos do Blake se iluminaram junto ao sorriso largo e alegre que se formou no seu rosto ruborisado quando Robin se virou para continuar seu caminho.

[...]

— Robin! Robin? — Blake correu até o fim da estrada de terra, parando em frente ao balanço encarando Robin que estava do outro lado de costas para ele, ansioso ele agarrou a corda e saltou correndo até ele. — Rob... — Robin se virou, dando visão ao cachorrinho que ele segurava em seus braços.

— Ah, oi! Que lindinho. — o Arellano entregou o cachorro nos braços do outro, que o agarrou alegremente. — Esse é o seu mais novo e mais autêntico caçador de trolls gigantes. — Robin também sorria.

— Espera... É pra mim? — Os olhos do ruivo se iluminaram novamente. — É sim... E ele acabou de fazer xixi na minha blusa. — Eles riram juntos enquanto Robin tirava o casaco molhado.

— Me desculpe por aquilo... Eu... Eu não queria que visse aquele lado de mim, aquele não sou eu, quer dizer... Não é o que eu sou. — De repente quando os olhos de Robin voltaram aos de Finney, de certa forma ele sentiu como se Robin o visse como a razão pela qual as estrelas se mantinham nós céus, e ele tinha razão.

Tudo bem Robin... Eu não odeio você. Você estava tão triste, os seus olhos estavam tristes... E eu sei que mesmo que alguém destruísse você, porque a vida é assim e nem mesmo Robin Arellano é invencível, você juntaria todos os pedaços e continuaria sendo a pessoa mais cheia de luz que já conheci.

— Ele é seu. Melhor dar um nome. — O moreno mordeu sua língua segurando as lágrimas que insistiam em rolar pelo seu rosto. — É mesmo? Obrigado Robin!

Robin segurou aqueles braços que envolviam seus ombros, que o puxaram para mais perto, como se Finney temesse que em algum momento o Arellano pudesse se desmaterializar. Robin se agarrou á ele no mesmo desespero como se Finney fosse seu ar.

— Nosso... Nosso abraço se encaixa... Sinto como se estivesse em casa. — Sussurrou fazendo com que os ossos de todo o corpo de Finney se extremessem. Um novo sentimento havia se criado dentro do jovem Blake, seus olhos brilhavam tanto quando estavam juntos, como se... O sol tivesse cedido seu brilho só para poder criá-lo.

— Er... Cuidado! Ou vamos amassar ele! — Robin se desvencilhou dos braços do Blake. — Ah tem razão, você será... Ahn... Buffy! É um ótimo nome, não concorda?! — Robin fez uma careta levantando suas sombrancelhas.

— Claro... Buffy é... A cara dele.

[...]

— Ele deve ter terminado o livro. — Explicou Finney enquanto observava o pai empilhar algumas tábuas no jardim. — Como sabe? — perguntou Robin, e Shaw se virou para os dois. — Finney! Me ajude aqui. — Finney assentiu e levou Robin com ele.

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