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TOM KAULITZ

Me ajeitei no banco do carro e observei as ruas movimentadas por conta do horário, assim que parei no semáforo, observei a rua encher de pessoas correndo pela faixa de pedestre com sacolas e roupas caras. Mulheres de mini-saia por conta do calor absurdo, me deixando agradecer ao sol agora.

Um grupo de amigas passou pelo meu carro e tive que me segurar para não chamá-las para dar uma volta. Meu empresário me mataria. Mas meus desejos são muito maiores, acontece que, uma rapidinha não mata ninguém.

Ninguém vai saber que estou levando quatro garotas dentro do meu carro. Não há papparazis aqui.

De repente, uma buzina ecoou atrás de mim atraindo minha atenção para o retrovisor. Percebi que o sinal estava verde e eu causava um alvoroço no trânsito por estar parado reparando na bunda de mulheres gostosas.

- Não há nem mais como apreciar a vista - Ajeitei a marcha - Esse mundo está perdido.

Arranquei o carro e deixei poeira para trás, provavelmente, estarei recebendo uma multa desgraçada por estar em alta velocidade no meio da cidade. Mas já estou frustrado o suficiente por não poder fazer o que quero.

Assim que parei no meu prédio, seguranças rodearam meu carro e saí despreocupado deixando a chave ainda na ignição.

- Leva para o estacionamento - Falei a um dos meu seguranças - Cuidado para não arranhar a pintura ao estacionar, ouviu?

- Sim, Sr.Kaulitz.

- Ótimo - Dei dois tapas no seu ombro e o deixei entrar no meu carro.

Deixei que meus seguranças me levassem até a porta e fui acompanhado ao elevador. Meu telefone vibrava feito louco, o barulho irritante estava me deixando maluco essas últimas semanas.

Várias mulheres desesperadas pois eu não as respondia. Já estou sem sexo há uma semana, desde a noite que tive com a vizinha loira. E, para ser honesto? Nunca fiquei tanto tempo sem mulheres me rodeando, estou sentindo a loucura contaminando meu cérebro.

No corredor, meus passos pararam na minha porta mas meu olhar foi até a porta ao lado. Movimentei as chaves entre meus dedos e pensei nas consequências de bater na sua porta. A última vez que nos vimos na área da piscina, não foi uma das melhores.

Na verdade, toda vez que nos encontramos acaba ruim. Eu detesto essa loira. Ela acha que pode me enfrentar mas sei que no fundo implora pela minha atenção. Até porque, eu a tive por uma noite.

Adentrei meu apartamento e observei Bill na cozinha preparando alguma coisa, fui direto ao meu quarto pois sei muito bem o que fazer para esfriar minha cabeça.

Comecei a espalhar os papéis da minha mesa e tentei procurar pelo caderno preto com decorações rosas. Abri minhas gavetas e não o achei em nenhum canto. Fui até o meu guarda-roupa olhando as roupas que eu usava aquele dia.

Me sentei na cama olhando para aquele caderno o qual minha curiosidade me matava lentamente. Quero abrir e ler desde o segundo que percebi que ela o esqueceu, quero saber o que ela tanto tem aqui.

- O que esta fazendo? Chegou cedo.

Me assustei ao ver Bill parado na minha porta, ele estava de braços cruzados e agora olhava para o que eu tinha nas mãos, que fiz questão de esconder no meio dos cobertores e me levantei rapidamente em direção a ele que agora me olhava com um olhar distante.

- Por que está com o caderno da Maya?

Engoli seco mas fingi não estar ciente da situação, apenas passei por ele e andei pelo corredor correndo de sua pergunta.

- Tom, eu lhe fiz uma pergunta.

- Não sei do que está falando - Dei de ombros me sentando no sofá e colocando os pés na mesa de centro - Quem é Maya?

- Não se faça de sonso, cara! A nossa vizinha!

- Oh! A sua nova amiga?

Peguei o controle remoto e liguei a TV, coloquei uma almofada no meu colo e meu braço atrás da cabeça. Despreocupado com as palavras que saíam da boca do meu irmão enfurecido.

- Ei, você não está querendo ficar com ela, está?

- Ela não faz meu tipo.

A mentira mais esfarrapada que já dei. Gostosa ela é, pena que é ruim de aguentar. Sempre me enfrentando, um belo desafio.

- Olha, não quero que a veja como um jogo, tá legal? - Meu irmão disse, completamente rendido pela loira rabuda e marrenta - Ela é legal, não acho que seja igual as garotas que você vive indo atrás.

- Para sua informação e correção, elas quem vem atrás de mim. Eu apenas aproveito as situações que Deus me dá.

- Oh Ok! Mas essa não é uma garota qualquer, Tom. Não machuque ela, entendeu?

- Por que está tão preocupado? - O olhei com olhos cerrados - Está querendo a levar para cama, é?

- Não seja nojento, Tom!

- Então..você gosta dela?

- Gosto da amizade, coisa que você nunca vai ter com uma garota.

Sorri, colocando as mãos para cima como se estivesse rezando em agradecimento.

- Prefiro uma relação mais quente, aposto que Maya pensa igual - Joguei no ar observando ele me olhar confuso - Só estou dizendo, que talvez ela goste de caras como eu. Sou o melhor, inclusive.

- Ah! Aposto que sim!

Ele revirou os olhos sorrindo irônico e sentou-se ao meu lado, escolhendo um canal para assistirmos alguma coisa que pudesse ser interessante. O assunto estava encerrado mas minha mente continuava trabalhando.

Meu irmão está sendo muito melancolico, ele não a conhece direito. E, além de tudo, a maneira que ela o trata consegue ser bem diferente de sua relação comigo.

Meu empresário me disse que eu poderia ter uma garota para esses meses, para eu não acabar saindo com várias em uma noite. E talvez, mas só talvez, eu já tenha uma em mente.

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⏰ Última atualização: Jul 30 ⏰

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Wish you were sober - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora