✓16. A queda

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Duòluò Tiānshǐ

Boa leitura.

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Agora...

Yibo lia compulsivamente o grimório de Rowena e pedia para Xingchen reproduzir todos os símbolos que ele encontrava que denominassem proteção. Xingchen riscava e balbuciava o que conseguia ver. Ele sabia que eram muitos. E não apenas cães, mas também mestiços sedentos por sangue.

Xiao Zhan olhava para sua bolsa e via a quantidade limitada de armas, óleos e objetos que poderiam ser usados para luta, e ele sabia que se passassem por essa batalha, sem nenhuma baixa, seria um verdadeiro milagre. Sem Ning ou Qing como apoio as coisas seriam ainda mais difíceis.

Huaisang olhou a movimentação e sem cerimonio cortou a palma da mão direita, e usando o sangue que escorria, pintou uma forte proteção na porta, e como seu machucado curava muito rápido, ele não hesitou em repetir o corte uma e outra vez, fazendo símbolos em todas as paredes e janelas, já que era clara a visão de batedores rondando o prédio onde estavam presos.

Os sons do lado de fora ficavam cada vez mais altos, fazendo Xingchen para subitamente seus rabiscos. Eles tinham chegado, e surpreendentemente havia algo muito mais forte com eles. A proteção pintada com o sangue de Huaisang começava a escorrer, o que significava que eles não tinham muito tempo. Zhan pegou uma faca que era usada para matar demônios, enquanto Huaisang já conjurara sua espada, Xingchen pegou duas adagas e Yibo se via com um revólver que lembrava uma 45, mas que estava recheada de balas de prata com símbolos antidemoníacos cravados em suas pontas.

Os 4 homens se posicionaram, um ao lado do outro, em frente ao corpo de Meng Yao que ainda estava no meio da matriz, sendo fortemente protegido pelos dois felinos que tinham seus olhos brilhando em azul.

Finalmente a proteção da porta desapareceu e ela foi destruída, mas para a surpresa de todos eles, o que viram foi uma espada atravessando o peito do mestiço que a tinha arrombado, e atrás dele os irmãos Wen, acompanhados de um homem alto, de cabelos curtos e pretos, com um sobretudo marrom claro surrado e com os olhos azuis brilhantes como o dos gatos.

Sem tempo para perguntas, Zhan, Yibo, Xingchen e Huaisang deram um passo à frente e passaram a lutar e serem mortais, cada um com sua arma.

Yibo e Zhan ficaram um de costas para o outro, com Yibo abatendo tudo que se movia para perto e Zhan neutralizando os inimigos quando estava perto demais, eles não foram feridos, mas respiravam fundo e com dificuldade, era tudo muito sangrento e barulhento. Já Xingchen e Huaisang foram um pouco mais a frente, com Xing sendo certeiro em perfurar e rasgar a pele dos mestiços que eram finalizados e mortos por Qing e Ning, e Huaisang lidou facilmente com os cães infernais, os impedindo de chegar perto de qualquer um naquele corredor. O homem misterioso apenas rodava entre todos, matando e protegendo ao mesmo tempo.

O fluxo de inimigos parecia não cessar, e após quase 15 minutos de luta, todos pareciam exaustos e com isso foram finalmente cercados. O homem de sobretudo então se posicionou a frente e apenas gritou:

- Fechem os olhos ... Agora! - E sem espera, suas asas foram expostas, ele colocou as duas mãos em sua frente e gritou novamente - Daemones exorcizantur - e em um rompante de luz, sangue, fumaça preta e enxofre, todos os mestiços tiveram seus olhos queimados e sua pele explodida, e os cães caíram mortos como se tivessem sido esvaziados. A cena era asquerosa, suja e com um cheiro de embolar qualquer estômago, o que fez Yibo e Xingchen vomitaram ao caírem de joelhos sendo acudidos por Zhan e Huaisang respectivamente, mas Huaisang ainda custava a crer no que via a sua frente.

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