✓21. Clausis Januis¹

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Duòluò Tiānshǐ

Boa leitura.

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A saído do cemitério foi silenciosa. Zhan e Yibo estavam especialmente imersos em uma bolha que não foi invadida por ninguém daquele grupo. Andar pelas lapides deu uma ideia devastadora do que estava acontecendo, e ir para um lugar onde tudo parecia normal só fez os humanos do grupo entenderem como eles estavam sozinhos naquela missão.

O céu estava em guerra, o inferno sem governo e seres malignos andavam despreocupadamente sob o mesmo asfalto que todo o ser vivo na terra, e as pessoas iam e vinham como se nada de diferente estivesse acontecendo. Xichen olhava para o irmão, e entendia agora como as vezes, a ignorância podia ser uma benção.

Assim como no México, o grupo encontrou um local seguro no meio de um bairro distante e periférico de Gusu. Não era muito, e nem de perto luxuoso como o anterior, mas daria a todos um leve momento de normalidade, um tempo de ser quem é. Quartos limpos, camas macias, agua e comida, e um ao outro.

Zhan e Ning se trancaram para absorver o luto por quase uma semana, enquanto Yibo e Xichen conversaram e se perdoavam, por tudo. Rowena se recuperava e relia o livro dos condenados com a ajuda de Xue Yang, Uriel e Castiel patrulhavam incessantemente, Metatron escrevia uma espécie de "nova bíblia" com os acontecimentos mais recentes, enquanto Ashira e Su Shun cuidavam para que ninguém naquele lugar pirasse. Meng Yao e Huaisang foram os únicos que não ficaram. Eles sabiam que algo a mais estava acontecendo, não só relacionada a Yibo e Zhan e suas ancestralidades, mas também com o véu. Se Deus estava off, talvez Zeus soubesse de alguma coisa.

A busca por respostas levou quase três meses, e os dois mestiços voltaram machucados e sem nada além de frustação e raiva, a busca pelo punhal de Cain também não progredira muito, já que o demônio se dividia entre ajudar Rowena e paquerar Xingchen, que mesmo se fazendo de bobo, e sabendo que era totalmente inadequado, se deixava ser, nada sutilmente, agarrado de vez em quando e roubava selinhos divertidos do outro.

O mais preocupante foi encontrar Yibo muito doente. Ele tinha perdido peso, não se alimentava bem e sentia mal estar quase que o tempo todo. Estar sempre enjoado e mal-humorado também não ajudava muito, e somando isso ao fato de que estavam presos e sendo alvos só fazia Zhan se sentir miserável por não conseguir ajudar seu acastanhado tão amado.

- E agora? – Rowena pergunta.

- Temos que sair daqui. A proteção é fraca, e estamos seguros porque o céu está um estouro, você sabe. – Meng Yao fala enquanto arruma algumas coisas em uma pequena mala

- Ainda não acabou por lá? – Su Shun pergunta se aproximando com várias armas.

- Seja lá o que está acontecendo, deixou o inferno fechado, mas o véu continua a fraquejar. – Metatron comenta. – Tanta quietude nunca é bom.

- Pergunta? O que acontece se o véu cair? – Yibo finalmente se manifesta, enquanto tenta comer um mingau, falhando miseravelmente depois de duas garfadas.

- Os mundo se colidem. – Meng Yao responde.

- Que mundos? – Yibo tenta de novo.

-Espiritual e físico. Todo humano veria fantasmas, anjos, demônios, eguns e a porra toda. – Meng Yao sorri amarelo.

- O véu mantém o equilíbrio? – Xichen conclui ao sentar perto de seu irmão.

- Isso. – Meng e Huaisang respondem em uníssono.

- Mas o que está causando a queda do véu? – Xingchen pergunta ao chegar e ficar ao lado do irmão.

- Eu achei que era vocês. – Huaisang aponta para Yibo e Zhan. – Mas a verdade é que tem algo diferente sendo remexido.

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