1 - Marie

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Narrado por Marie.

4 anos depois.

"- Emily, venha brincar com a gente!

-  Estou indo!

Se passaram 5 minutos.

- EMILYY???

Não havia resposta.

Uma hora depois, estou sentada ao meio-fio tentando arrumar uma solução.

Vejo um carro preto saindo com Emily atrás. E ela grita:

- SOCORROO, MARIE!

Mas eu não podia fazer nada."

E acordo suando frio. De novo este maldito pesadelo que me perseguia desde seu desaparecimento. Esse pesadelo me faz sentir como a maior culpada de seu sumiço. Liguei para Jenny.

- Tive aquele mesmo sonho!

- Eu já disse para você ir ao psicólogo. Você nunca me escutou, sua teimosa.

- Não tem necessidade, Jen. Vou me arrumar. Até depois.

- Até.

Primeiro dia de aula do segundo ano do ensino médio e eu não sabia o que esperar. Estava nervosa, pois tinha mudado de escola, para a mesma de Connor por sinal. Ele reprovou de novo o segundo ano. E caímos na mesma sala esse ano. Fazia uns dois anos que não nos falávamos, assim como Jenny não falava mais com Paul.

Estava pegando minhas coisas e minha mãe me chama.

- Marie, venha cá!

Fui em direção à cozinha e me deparo com um homem de terno, boa aparência e não devia ter mais de 35 anos.

- Oi? - digo, cumprimentando o homem com um beijo no rosto.

- Olá, Srta. Katzen!

Detestava esse sobrenome, pois sempre que o mencionavam era para falar de Emily.

- Quem é o senhor?

- Sou um detetive particular. Pode me chamar de Steven.

Detetive particular? Olhei para minha mãe.

- Não me olhe com essa cara, Marie! Ele irá nos ajudar a encontrar a Emily.

Olhei para ela perplexa. Será que sua loucura não havia limites? Haviam se passado 4 anos! As possibilidades de encontrá-la eram quase nulas. Mas minha mãe era tão sem noção, que arriscava perder sua única filha por uma outra que estava morta!

Não me leve a mal. Eu amava Emily, mas parece que ela sempre teve a maior atenção de meus pais! Meu pai nem se fala. Quando ela desapareceu, ele sumiu dizendo que ia "procurá-la". Eu sempre me senti excluída perto dela! Todos à amavam e eu tinha uma certa inveja. A linda, a especial, a geniosa, a extrovertida. E eu simplesmente era sua sombra. A gêmea que ninguém lembrava.

Éramos gêmeas completamente diferentes e distintas. Tanto que quando dizíamos ninguém acreditava. E no fundo acho que é por isso que minha mãe sempre à amou mais. Eu não era boa o suficiente para substituí-la.

- Ainda tenho esperanças, minha filha. E o Steven disse que nos ajudaria de corpo e alma nesse caso. Ele acredita que ela possa estar viva!

Fui obrigada a rir de sua esperança.

- Você pirou de vez? Está certo que você sempre gostou mais da Emily, mas será que não da para aceitar que ela morreu? E se você não parar, perderá sua última filha!

O Terrível Caso de Emily Katzen (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora