13 - Jenny

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5 dias após a casa

As palavras de Paul não paravam de sair de minha mente, e embora tentasse, não conseguia me sentir bem com elas. Então novamente voltei naquele dia, após a ocorrência da casa.

"- Jen, você sabe que ainda amo você!

- O que quer dizer com isso?

- Eu queria seguir em frente... Mas você está sempre aqui para impedir que eu faça isso.

Chorei me sentindo ofendida.

- Não chore! - ele me abraçou - não é para se sentir culpada. Estamos muito machucados com tudo o que vem ocorrendo, por isso acho que devemos seguir rumos diferentes.

O encarei com desdém.

- Você está terminando comigo pela segunda vez?

- Não, não, não é isso! - ele pareceu preocupado - É que quando te vi na minha sala de aula, não consegui parar de pensar no quanto éramos crianças e do quanto eu queria que tivesse dado certo.

Esperei ele continuar.

- Quando eu te vi - suspirou - queria ir correndo até você e implorar para que voltássemos a namorar, mas aí percebi que isso acabaria de vez com nós dois.

Eu apenas assenti, sentindo a falta das palavras.

- Eu te amo e sempre te amei! Mas não podemos ser mais do que amigos no momento! Sinto muito, Jenny! Ninguém mais do que eu queria que tivesse dado certo. Do fundo do meu coração, espero que possa me perdoar e que sejamos amigos.

Não consegui negar seu sincero pedido então apenas concordei. Mas sentia em mim que aquilo estava longe de acabar. Eu nem ao menos conseguia olhá-lo nos olhos. A mágoa ainda estava presente."

****

Apesar de ter um sério problema de comprometimento, estava me concentrando o máximo o possível para a competição estadual de matemática, e estudava até mesmo nos meus horários livres, que eram raros.

Não tive nenhuma notícia de Paul nos últimos dois dias, e nem estava tão interessada assim, pois havia mais coisas com que me preocupar. Porém, sabia que Marie e Connor estavam escondendo algo da gente, pois ultimamente passam mais tempos juntos e durante a tarde saíram sozinhos. Não posso me intrometer, mas é um pouco curioso.

Estava estudando algo sobre polímeros quando escuto a campainha tocando. Sem muito interesse fui atender.

- Professor?

- Olá, Jenny!

Algo naquele homem me deixava bastante intrigada. O que ele estava fazendo aqui a esta hora?

- O que o senhor faz aqui? Não tinha que estar dando aulas?

- Dia de folga! Resolvi passar aqui para ver com esta se saindo com os estudos.

- Muito bem, obrigada! - respondo meio sem jeito.

- Precisa de ajuda em algo?

Meio hesitante, deixei ele entrar, já que uma ajuda a mais de um profissional não me faria mal.

O Terrível Caso de Emily Katzen (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora