11 - Connor

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       Você tem uma nova mensagem.

       Senti o celular vibrando mas nem liguei muito. Podia ser apenas meu pai ou uma mensagem de promoção da operadora.

       Continuei comendo meu cereal da noite, enquanto minha mãe arrumava a cozinha e a sala.

       Passei todo esse tempo pensando nas palavras da Jenny.

       "- Se você não tomar cuidado, vai perdê-la, e quando notar, vai ser tarde demais para recuperar!"

       Lógico que eu a havia perdoado. Mas ainda havia um certo receio da minha parte. Marie nunca confiou totalmente em mim e essa foi a prova concreta disso. Mas se eu quisesse tê-la de volta teria que deixar o orgulho de lado.

       Peguei o celular mas nem abri a mensagem. Apenas escrevi uma para Marie.

       "Nos vemos amanhã? Quero conversar.
Bjs, Connor"

E fechei a tela do celular.

Hoje tinha sido um longo dia. Nossa que sono!

Fui para o quarto e capotei na cama. Acordei apenas com o barulho do despertador do dia seguinte.

***

O dia seguinte foi um tanto... Diferente.

Ainda não sei o que estou sentindo quanto à isso.

Tudo começou assim que saí de casa. Parecia um dia pacato e tediante como qualquer outro antes da volta de Marie.

Marie não tinha me respondido ainda. Mas estava ansioso para encontrá-la.

Às 7:10 em ponto já estava em frente aos portões de J. V High, esperando por Marie.

"Estou chegando."

Simples e direta.

Eu ainda não havia pensado no que diria para ela mas estava ansioso com sua chegada.

- Connor!

- Marie, que bom que chegou - a cumprimentei com um beijo no rosto.

- Estou dormindo na casa da Jenny, então ela veio junto mas já entrou, para nos dar mais "privacidade". - de certa forma não entendi o porquê dela fazer o sinal das aspas quando disse privacidade.

- Mas e a sua mãe?

- Ela está maluca, Connor. Acredita que ela praticamente doou meu notebook para o Steven? Eu fiquei mais brava pelo fato de estar minha vida naquele notebook! Meus trabalhos, vida social, tudo. Eu não acreditei quando ela disse aquilo.

- Sinto muito, Marie! Ela é mãe e ainda sente a dor da perda.

- Eu pensei sobre isso ontem e conclui que quando for hoje pegar algumas coisas, conversarei com ela.

- Isso. Tente ouvir o que ela tem a dizer.

- Mas e você, o que queria comigo?

- Hum... Só queria te dizer que pode confiar em mim. Fiquei chateado aquela hora mas entendo seu lado, e acho que não é uma coisa que se faz de uma hora pra outra, mas se quiser pode confiar em mim aos poucos.

O Terrível Caso de Emily Katzen (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora