Capitulo sem revisão!
...
Meu coração ainda doía pela cena que havia presenciado naquele maldito carro. Estava apenas com vontade de ir para casa, me deitar e nunca mais sair da cama. Porém Emily precisava de mim. Precisava de todos nós. E a única coisa que podia fazer naquele momento era seguir em frente e ajudar quem precisava, deixar de ser egoísta e pensar apenas em mim mesmo.- Para de vagar e acelera, Paul! - grita Marie me acordando de um transe infernal.
Estávamos todos correndo em direção ao departamento policial mais próximo, que ficava a uns 15 minutos andando da casa de Jenny.
Depois de muita correria, conseguimos chegar antes do relógio marcar 11:30, o que era um alívio.
- Alguém nos ajude! Minha... Minha irmã... E-ela... - Marie estava sem fôlego.
- Acalme-se, senhorita! Sente-se e nos conte com calma o que houve.
- Não posso me sentar! O maldito sequestrador está aqui! A menos de 15 minutos dessa rua!
O policial, sem entender nada, chamou um colega que trouxe um copo d'água para Marie.
Em vez de dizer mais alguma coisa, ela apenas entregou o recibo aos policiais que leram atentamente.
O primeiro arregalou os olhos e saiu gritando.
- DELEGADO! PEÇAM AJUDA, RÁPIDO!
E a partir dali foi uma correria sem fim, onde tentavam nos impedir de ir até o hotel mas Marie, teimosa como era, nos convenceu a irmos escondido até o local.
Com a correria, chegamos em frente ao local já eram 11:45. A movimentação era baixa, apenas alguns poucos turistas e duas viaturas paradas em frente ao prédio.
- Será que eles já saíram? - choramingou Jenny.
Estávamos parados em um arbusto o mais perto que se era possível.
Nada fora do comum parecia acontecer naquela esquina do dia 8 até um táxi estacionar em frente à viatura da polícia e um homem de chapéu sair carregando duas malas enormes.
O estranho fingiu nem notar as viaturas paradas em frente ao táxi e voltou para o hotel.
Os policiais saíram apontando as armas para a porta.
Nada aconteceu.
- Vamos do outro lado verificar a porta dos fundos - sugeriu Connor.
Todos fomos até a outra rua verificar a movimentação quando nos deparamos com o mesmo táxi, agora parada ali.
- Isso é estranho.
Marie parecia mais calma agora.
Foi quando vimos três garotas extremamente magras e acabadas saírem pela porta. Marie gritou:
- EMILY!
Precisou de mim e de Connor para segurar e acalmar Marie.
- Marie! Pare, desse jeito só vai atrapalhar e vai deixar esse idiota fugir!
Mas ela não parava de se debater e chorar.
- Jenny, chame a polícia! - disse Connor.
Jenny correu para a esquina enquanto tentávamos controlar Marie.
As três garotas haviam entrado no táxi enquanto batia um desespero. Será que eles chegariam a tempo?
Não demorou muito quando a polícia chegou.
- NÃO ENTRE NESSE VEÍCULO! MÃOS PARA O ALTO!
Steve ergueu os braços e largou as malas ao chão.
- Permaneça assim!
Enquanto os policiais revistavam a mala, o falso detetive se virou e tentou alcançar a arma do policial.
- NÃO!
A cena que se seguiu quase fez Marie desmaiar.
Emily havia empurrado Steven para o lado, pegado a arma e atirou em seu braço.
Todos ficamos abismados com sua atitude, enquanto um dos policiais o prendia e levava as meninas para a delegacia.
- ESPEREM, PARA ONDE ESTÃO LEVANDO? - Marie conseguiu se soltar.
- Essas menina passaram por traumas físicos e mentais irreparáveis. Faremos exames e pegaremos os depoimentos, só depois poderão ir para casa.
Connor abraçou Marie que se debulhava em lágrimas.
- Calma, ela está salva, Marie! A partir de agora tudo ficará bem.
Aos poucos ela ia se acalmando.
Antes de entrar no carro, Emily olhou para Marie e sorriu tristemente. Em seguida olhou diretamente em minha direção. O que vi em seu olhar me assustou mais do que qualquer palavra. Havia um vazio tão grande quanto qualquer dor ou indignação.
🌶🌶🌶🌶🌶
A burocracia que se deu em seguida foi infernal. Chamaram a mãe de Marie que só conseguia chorar e perguntar onde estava sua filha.
Marie parecia em transe com tudo o que estava acontecendo, junto com Connor que não a abandonou nem um minuto sequer.
Jenny observava tudo com atenção e parecia muito pensativa.
Fizeram vários exames em Emily e nas outras meninas e não havia dúvidas. Havia sinais de abuso e violência em todo seu corpo. Foram receitados infinitos remédios e terapeutas, enquanto só conseguíamos pensar em quando tudo isso acabaria.
Após cinco horas na delegacia, dando depoimentos, assinando papéis e organizando fichas, Emily foi finalmente liberada, porém permaneceria sob custódia por precaução.
A primeira pessoa que sentiu mais com tudo isso foi Marie. Assim que Emily apareceu na entrada, Marie correu e a abraçou chorando muito. As duas ficaram assim, abraçando e chorando por um longo tempo até se soltarem.
Em seguida, Emily abraçou Jenny que tentava se manter no controle, porém vi algumas lágrimas saindo. Em seguida foi até Connor e por ultimo até mim.
- Pensei que nunca o veria de volta. É um alívio voltar para casa!
Abracei seu corpo e a levantei no ar.
- Meu Deus! Está tão magra!
Ela sorri. Está tão fraca, nem parece a mesma Emily de quando sumira.
- Não se preocupe, nunca mais a deixaremos sozinha.
- Senti a falta de vocês.
Após toda essa emoção, voltamos para casa, esgotados.
🌶🌶🌶🌶
MEU DEUS, QUANTO TEMPO!
Nem sei por onde começar me desculpando. No fundo foi um pouco de relaxo. Mas tanta coisa aconteceu esse ano que nem acredito que estou aqui escrevendo novamente. E na reta final ainda.Eu sinto muito por ter deixado vocês nessa agonia por tanto tempo, sei que sou uma péssima pessoa.
Creio eu que serão apenas mais 3 capítulos e mais o epílogo para terminar. Tudo para tentar concluir da melhor forma possível.
Espero não demorar! Até a próxima minha gente. Amo vocês!
Leticia ❤️
![](https://img.wattpad.com/cover/40778405-288-k934713.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Terrível Caso de Emily Katzen (CONCLUÍDO)
Misteri / ThrillerUma garota desaparecida. Um caso sem solução. Todos já "esqueceram". Todos pensam que está morta. Será mesmo? Será que o caso merece ser reaberto? Capa por @TheSecret_Writer