Epílogo Alternativo (bônus)

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GENTE ESSE É O EPÍLOGO ANTIGO. RESOLVI POSTAR COMO BÔNUS. ME AMEM BEIJOS

Marie

5 anos depois em Nova York

Tudo preparado para a grande surpresa. Nem conseguia acreditar que isso estava acontecendo.

- Eles estão vindo!!! - gritou Jenny da cozinha.

Quando abriram a porta se depararam com tudo enfeitado e organizado.

- Mas o que está havendo? - pergunta Paul.

Emily surge ao seu lado e o beija. Enquanto Connor, sem entender nada, atravessa a sala ao meu encontro.

- O que está havendo aqui?

- Para mim parece bem óbvio - ri em deboche.

Havia um bolo enorme metade azul metade rosa, vários balões rosa e azul no teto e uma foto minha junto com Connor. Havia roupinhas de neném em cima da mesa. Meu namorado era mesmo um tapado. O tapado mais fofo desse mundo.

Entreguei meu exame a ele, que leu atentamente.

Quando abaixou o envelope, demonstrava surpresa.

- G-g-r

- Grávida, seu bobo - sorri com sua falta de ação.

Seus olhos se encheram de lágrimas e me abraçou tão forte que achei que ia me esmagar.

- Não acredito!!

- Sei que não era o que planejamos mas...

Ele sorriu enquanto tirava um anel do bolso. E ajoelhou-se.

- Marie Katzen, casa comigo?

***

Anos após o encontro de Emily, várias coisas mudaram para nós.

Minha mãe, que agora morava sozinha, encontrou seu conforto em seu lindo gato persa. Hoje em dia sei que seu amor não é diferente, apenas a situação foi imprópria. Somos iguais para ela. Amadureci muito meu pensamento sobre isso.

Meu pai, depois de um ano que Emily foi resgatada, bateu em nossa porta pedindo perdão. Claro que perdoamos! Ele mora em um pequeno chalé perto de New Jersey e vamos visitá-lo todo inverno.

Jenny que ganhara uma competição de matemática, viajou para a Disney com Paulo, e acabou pegando gosto pelas viagens. Inglaterra, França, Irlanda, Escócia... E voltou somente dois anos depois, noiva e muito feliz.

Emily, após três anos de intensa terapia, hoje em dia leva uma vida normal, casou-se com Paul a um ano e esperavam seu primeiro filho, já com seis meses de gestação.

Às vezes me pergunto se esses baques que a vida nos dá não são uma forma de ensinamento. Tudo de bom que nos é dado foi exigido algo em troca. Tudo inspira mudança. Sempre foi necessário mudar. Algo nas nossas vidas antigas estava errado e o Universo quis consertar, embora tenha nos tocado para sempre. Nunca se perde a esperança.

Quanto a mim? Tenho tudo o que preciso. Um noivo que amo, um bebê pronto para ser amado em meu ventre, amigos que confio cegamente, um emprego que adoro.

É bom analisar o passado às vezes e pontuar as mudanças. Pensar que talvez se certos rumos não tivessem sido tomados o que seria de mim agora.

Talvez eu nunca saiba.

***

- Marie, Jenny acabou de chegar do Brasil.

Fui correndo até a sala onde encontrei minha amiga e seu mais novo marido abraçados sentados no sofá.

- Que coisa feia! Casaram no Brasil as escondidas sem nos contar? Achei que fossemos melhores amigas - choraminguei.

- Desculpa, Marie, mas você sabe que sempre foi meu sonho me casar fora daqui. Se eu contasse seria impossível!

Cruzei os braços e sorri.

- O que aconteceu nesses cinco meses que estive fora?

- Marie vai se casar e engravidou, não necessariamente nessa ordem - jogou Emily.

Jenny abriu a boca surpresa.

- Meu Deus que coisa maravilhosa! Quando vai ser?

- Os preparativos estão intensos. Minha barriga está crescendo e não posso entrar para a igreja de nove meses.

- Quando será?

- Daqui duas semanas!

- Duas semanas?! - Jenny realmente parecia surpresa.

- Não posso me casar de barrigão!

- Eu estou de oito meses e você me fez ser sua madrinha! Vou entrar rolando na igreja! - afirmou Emily.

Todo mundo ria quando Paul e Connor chegaram das compras.

- O que perdemos?

- Nada muito útil - riu Jenny.

O almoço nunca havia sido tão alegre desde o último ano. Novidades, presentes.

- E o de vocês, hein Paulo? - cutucou Connor - quando vem?

Emily quase engasgou com seu vinho.

- Rá! Quem sabe daqui uns anos.

- Definitivamente! Quero curtir muito ainda antes dessa responsabilidade! - completou Jenny.

- Pois não demorem! A gravidez é tudo de bom.

- Fale por você, grávida maravilha! Engordei 8 kg, estou inchada e mal consigo andar. Fora a vontade de passar o dia no banheiro!

- Ah, nem enjôo eu tive ainda.

- Linda, você se sente maravilhosa agora, quero ver quando passar dos cinco meses!

Jenny parecia cada vez mais assustada.

E assim passamos o resto da tarde.

***

- Será que tudo vai ser sempre desse jeito? - me pergunta Connor.

Aconchego ainda mais em seus braços.

Observo Emily dormindo deitada aos braços de Paul, Jenny cochichando com Paulo e algo me diz que tudo ocorrerá como o previsto.

- Tenho a impressão de que tudo só tende a melhorar para nós cinco.

- Eu te amo - sussurro em seu ouvido.

Ele me beija suavemente.

- Não me ama também? Então o que estamos fazendo?
- Certas coisas nunca mudam! -responde rindo - Também te amo, minha dramática!

Dou um longo beijo em sua boca e tenho absoluta certeza de que estou no lugar certo.

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O Terrível Caso de Emily Katzen (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora