capítulo 5 " castigo"

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Melany......45 dias após o acidente

Apesar do seu coração estar em pedaços, ela precisava ser forte, afinal a luta agora seria grande.

A bala ficou alojada em sua coluna, mas para sua sorte não afetou os movimentos de seu corpo, porém eles precisava passar por outra cirurgia.

Ela já estava naquele hospital a mais de 45 dias e lutou contra a morte por diversas vezes.

Era noite quando Melany abriu os olhos e a primeira imagem foi de seu pai que está em pé conversando com alguém.

-Ela agora irá pagar pelo que fez! Ela quase matou minha filha...por um milagre minha filha não ficou paralítica. Mesmo assim ela ainda irá fazer outra cirurgia pra conseguir andar novamente. Porque a bala está alojada em uma parte de sua coluna. Se ela for andar sentirá fortes dores. Mas acredito que ela irá ter uma vida normal com fé em Deus.

-Mas foi um acidente Cláudio! A Manuela está arrasada...ela quer apenas saber notícias da mulher que ela ama...- era uma voz masculina mas Melany não sabia quem era.- Deixe apenas ela saber com a Mel está bem!

-Jeff te respeito muito, você é uma rapaz tão responsável que as vezes nem aparecem serem gêmeos. Sua irmã é uma deliquente...eu não vou perdoa-la pelo que fez! Se depender de mim ela irá sofre pelo que fez.

-Claudio eu não conspiro com as coisas que a Manu fez ,porém ela só quer notícias da Mel. Eu não fui visitá-la, e nem irei...entendo que ela precisa pagar pelo que fez...mas aí você querer que ela sofra....ela já está sofrendo, ela está destruída...ela ama sua filha mais que a vida, isso posso te jurar.

-Sem mais...sua irmã nunca mais chegará perto da minha filha-O pai da Mel já se impôs interrompendo o apelo do irmão de Manuela.

Melany agora já sabia que se tratava de seu cunhado, e só agora reconheceu a voz dele. A conversa foi tensa e ela estava com os olhos cheios de lágrimas. Jamais queria que sua amada sofresse.

Os medicamentos a deixava aérea , e não sabia exatamente o que estava acontecendo. As lágrimas estavam molhando o travesseiro e ela percebeu quando seu cunhado saiu fechando a porta.

O silêncio reinou novamente, e após alguns instantes ela notou seu pai parado de costa, dava pra ouvir um leve fungar, com certeza aele estava chorando.

-Papai!- sua voz saiu com uma certa dificuldade.

-oi meu amor!- sei pai se aproximou e fez um carinho em seu rosto.-Sente alguma dor?

-Não pai! Apenas sinto sede...será que dava pra me dar um pouco de água?

-Claro querida!

Seu íntimo ela queria.perguntar o que seu pai falava com seu cunhado, e porque ele estava chorando. Mas ela já sabia que se tratava de sua amada.

Enquanto seu pai dava água em sua boca ela o olhou nos olhos e pode criar coragem e falar.

-Pai você me ama?

-Lógico! Você é minha única filha e o amor da minha vida!

-Pai se me ama, por favor ajuda a Manu? Não deixa ela ficar presa...-Sua voz estava rouca e ela nitidamente queria chorar.

-Não posso ajudá-la meu bem! Ela já é de maior, e pra piorar ela estava com uma arma ilegal, várias drogas no carro...e quase te matou filha...então isso está fora de cogitação.

-Eu a amo mais que a minha própria vida! Nunca serei feliz em saber que ela está presa...eu serei infeliz.

-Melany você irá pros Estados Unidos comigo e sua mãe. Porque aqui não existe a opção de cirurgia no seu caso, e você irá refazer sua vida lá filha.

-Você vai me afastar dela? É isso pai?

-Melany ela está presa, irá pegar no mínimo seis anos de prisão, acha que eu iria deixar você perto dela?

-Eu não vou! Eu não vou!

-Você irá sim! Você não tem escolha! Quer ficar inválida? Porque se não for você irá ficar paralítica!

-Isso não é justo! Eu serei um vegetal do mesmo jeito! Como pode não pensar nos meus sentimentos? Eu não quero ficar longe dela!

-Você pode pensar o que você quiser, mas você irá! E l isso não é uma pergunta, estou apenas te informando!

Após essas palavras ele saiu e ela ficou sozinha.

Apesar de doer o coração , seu pai estava pensando no bem estar de sua filha preciosa.

E com o tempo ela iria superar aquela garota e seguir sua vida.

Manuela.....50 dias depois do acidente

O frio da cela, os olhares ao seu redor, aquilo era extremamente assustador e mesmo Manuela sendo uma mulher forte, aquilo a estava apavorando. E os dias pareciam não passar naquele lugar.

Apesar do desespero e de estar em meio a tantas mulheres estranhas, seu coração estava em outro lugar. Seus pensamentos só estava em sua amada.

"Será que ela está bem? Será que ela vai me perdoar? Não...ela não pode me perdoar, eu destruí a vida dela..." sua mente estava desparada.

-Manuela?- a voz da carcereira.a tirou de seu transe.

-Eu!- ela levantou a mão.

-Tem visita pra você!

-Ela colocou as algemas em sua mão e a conduziu para uma salinha ao final do corredor.

Ao entrar ela se deparou com seu sogro. Um frio atingiu sua espinha. Uma mistura de medo, vergonha e desespero ao mesmo tempo.

-Sr Cláudio me perdoa? Por favor me perdoa? Fala como a Melany está? Fala que ela está bem por favor?- sua voz estava engasgada pelas lágrimas que desciam pelo seu rosto.

-Você tem noção do que fez? Me responde se você tem noção?

-Ela tá bem certo?

-Te perguntei se você tem noção do que fez?- sua voz estava alterada.

-Eu sei tio, eu sei! Eu fui uma completa idiota e quase matei a mulher que amo...

-Manuela, você destruiu não só sua vida, mas como a vida da Melany também! Ela nunca mais irá andar por sua causa...ela está paralítica, você acabou com a vida dela.

Aquelas palavras entraram pelos ouvidos de Manuela como ácido, queimava tudo por dentro. A dor tomava conta de seu coração, o desespero possuía sua alma.

Ela levantou em choque olhando para o pai de Melany. As palavras não saiam de sua boca, ela estava engasgada e se sentia sufocando.

-Eu sinto muito...- as palavras saiam com dificuldade. - Sinto muito Mel...amor me perdoa - o desespero tomou conta de seu coração, e ela chorava e pedia perdão pra sua amada.

-Espero que você nunca mais procure minha filha...e que tudo isso sirva de lição.

As palavras ficaram no ar, pois Manuel estava em completo desespero e nem notou que já estava sozinha na salinha.

O choro era doido, cheio de dor e desespero. Ela gritava pra ver se a dor passava. A carcereira entrou e ficou por um tempo esperando ela parar de chorar.

-Manuela preciso te levar de volta! Tenta se acalmar. Vai ficar tudo bem!.

Renata era uma mulher doce e gentil, e ao contrário das outras carcereira ela nunca foi grossa com nenhuma das detentas e era a queridinha de todas do presídio.

-Preciso te algemar...por favor, colabore?

Manuela estendeu os dois braços, e a moça colocou a algemas em seu pulso.

Enquanto caminhava pelo corredor presídio ela se sentia uma completa morta, a dor estava queimando sua alma, e as imagens de sua amada sorrindo correndo com ela no porquinho ao lado da faculdade foram as últimas imagens antes dela entrar no seu novo lar, que seria aquela cela fria com cheiro de esgoto e morfo.

(N/ A )Novamente quero agradecer a vocês meus amores pelo carrinho! Vocês que me inspiram a escrever! Não SE esquecem que Eu AMO VOCÊS
UM BEIJO DE ARCO ÍRIS PRA VOCÊS 😘🌈

ME PERDOA? AINDA TE AMO!  ( Romance Lésbico +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora