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NÃO SE ESQUEÇAM DA ESTRELINHA ⭐️

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PIA

Na sexta-feira eu sempre estava cheia de trabalho, estava terminando de avaliar um ecocardiograma quando senti alguém parar do meu lado.

— Bom dia. — Luís me cumprimentou parando ao meu lado.

— Bom dia. — Não custava ser educada.

— Já está mais calma?

— Não estava estressada.

— Não? Então já podemos conversar como adultos?

Larguei de prestar atenção no que deveria e me virei de frente pra ele.

— Acabou Luís. Já tomei minha decisão e não vou voltar atrás.

— Pia, para de besteira meu amor.

— Estamos no trabalho, Luís.

— Mas é o único lugar que consigo falar com você, já que não atende minhas ligações e nem responde minhas mensagens.

— Não atendo e nem respondo exatamente pelo motivo de não ter nada a ser dito, já nos resolvemos. Foram meses ótimos, mas a nossa história terminou, te desejo felicidades.

Começo a andar para deixa-lo para trás quando escuto sua voz acusatória me fazendo frear e encará-lo.

— É aquele cara, não é? O tal primo.

— Não sei do que você está dizendo.

— Não sabe? Eu estou há muito tempo sendo paciente, esperando você esquecer a merda do marido morto para isso? Para um cara que se diz ser a merda de um primo aparecer e você se derreter por ele.

— Nunca mais cite Mariano está ouvindo? Não coloque o nome dele na boca! — Aponto um dedo em sua direção. — E eu e Tito não temos nada! Mas se for para ter, nada vai me impedir, já que eu e você terminamos. E muito obrigada, por finalmente demonstrar o merda que você é e não me deixar mais me sentir mal por te chatear.

— Pia, você ainda vai se arrepender.

— Vai sonhando.

*

Depois do meu embate o meu dia foi um caos, tive que participar de uma cirurgia de emergência e só consegui beber ao menos um café no fim do expediente.

Quando cheguei em casa perto das cinco da tarde tomei banho, preparei um lanche e estava esparramada em meu sofá pronta para cochilar quando minha campainha tocou me fazendo pular assustada.

Abri a porta de supetão e um palavrão veio em minha boca.

— Você ainda não tá pronta?

— Porra, eu me esqueci.

— De novo? Você esqueceu do meu aniversário duas vezes em menos de vinte e quatro horas? Caramba que moral eu tenho com você hein? — Tito pareceu decepcionado.

— Me desculpa tive um dia horrível, acabei de chegar em casa.

— É claro... — Advertiu claramente chateado e por impulso me coloquei na ponta dos pés e o abracei.

— É sério, desculpe. — Falei e senti seus braços me segurando forte. — Feliz aniversário Tito.

— Obrigado. — Sussurrou no meu ouvido e eu arrepiei me desvencilhando do seu aperto.

Outra vez VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora