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NÃO SE ESQUEÇAM DA ESTRELINHA ⭐️

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PIA

Estava encostada no braço do sofá da sala encarando Luís no meio da sua cozinha ainda carrancudo demais por ter decidido sair de sua equipe enquanto sem querer parecer uma vagabunda eu tentava pensar nos prós e contras do nosso lance.

Ele tinha o rosto lindo. A pele era bronzeada do sol devido ele gostar de atividades ao ar livre. Sua boca era perfeita, tanto para beijar quanto para outras atividades orais se é que dava para entender. Mãos enormes e firmes, até porque o cara era um cirurgião renomado não esperava menos. Ele sabia conversar sobre tudo um pouco e o seu papo não era chato como a maioria dos caras espalhados por ai.

Por último, e mais importante ele transava maravilhosamente bem, na verdade eu tinha certeza que o que ainda me prendia ali era o fato de que Luís usava o pau que apesar de dentro da média sabia perfeitamente o que fazia. Eu já estava prestes a ficar louca quando nos conhecemos porque não sabia mais o que era gozar apesar de ter tentado com alguns caras desde que tinha perdido Mariano. E então ele apareceu e conseguiu. Era aquilo que me fazia ficar. Porque cretinamente eu mesmo toda fodida admitia que precisava de sexo. Ficar sem transar me deixava irritada e mais depressiva que o normal. Mas em contrapartida precisava listar o que não gostava em Luís e começar a enxergar que estava na hora de acabar.

Primeiro que ele tinha uma ex-mulher maluca que arriscava atrapalhar minha carreira e era impossível ele se afastar daquela vaca porque tinha uma filha com a megera, e a coitadinha não merecia viver uma guerra dos pais por minha causa.

E tinha a mania de não terminar o que estava dizendo quando estava irritado, e isso me deixava irritada.

Amava acordar cedo aos sábados para fazer esportes ao ar livre, e graças a esse gosto horrível eu contra minha vontade tive que fazer algumas trilhas de mais de cinco horas, por que ele insistia muito e por meses até que topasse. Por último e não menos importante estava me irritando profundamente o fato de que ele tinha "aceitado" que passasse mais um tempo sem eu conhecer sua filha, mas insistia que já que ele nunca podia ir na minha casa sugeriu que eu praticamente morasse no seu apartamento e vinha me aporrinhando com aquela ideia dia após dia, além de ultimamente ter desenvolvido um ciúme que não me agradava nem um pouco!

Trinta e sete anos, gentil, honesto, personalidade apaixonante, era legal, muito trabalhador, ele tinha muitas das mesmas qualidades que Mariano tinha. E tinha sido aquilo que me encantou no meu falecido marido também.

Entretanto, o que realmente martelava a minha mente desde que Tito tinha me perguntado no restaurante estava me deixando inquieta: "Você o ama?" Eu sabia muito bem a resposta. Era não. Porra, o cara era cheio de qualidades e muito incrível, mas eu não o amava. Nem sequer um pouquinho. Eu tinha tentado achar algo dentro do meu coração, e nada. Luís era simpatia, carinho, distração, gratidão. Mas amor? Não mesmo. E aquilo era injusto com ele. Não podia continuar dar a uma esperança que um dia iria ama-lo.

— Está me ouvindo?

— O quê? — Subi os olhos para os dele.

— Falei para pegar um vinho pra gente.

— Não vai dar, vou dirigir.

Ele deixou as panelas de lado e enxugou as mãos antes de franzir a testa dizendo:

— Pensei que você dormiria aqui hoje, como sempre faz.

— Começo na outra equipe amanhã, por isso quero chegar bem cedo.

Outra vez VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora