Acordo na outra manhã, sentindo o corpo de Ryujin sobre o meu. Nossas peles se tocam suavemente, e sinto a mão de Ryujin pesando em meu peito. Solto uma risadinha sem querer, pensando no quanto Ryujin esta fofa. Ontem mesmo ela me disse que estava 'necessitando peitos'.
Tiro a mão dela do meu peito e puxo minha blusa para baixo, tentando tirar Ryujin de cima de mim. Assim que consigo ela acorda.- Humf... - ela reclama, tocando e apertando suas têmporas. Me viro para ela e ela sorri levemente, com cara de dor. - Bom dia.
- Bom dia... dores de cabeça? - Pergunto e vejo Ryujin concordar. Ela de aproxima e enfia o rosto em meu pescoço, fazendo eu ter diversos arrepios. Sinto seu nariz tocar minha pele, sua respiração quente bater em mim. - Vou pegar um remédio para você.
Tento me levantar, mas Ryujin me segura e me puxa para a cama. Ela volta para cima de mim e me abraça pela minha cintura.
- Não me deixa sozinha... - ela fala e me abraça mais forte.
Olho para ela, para seu corpo coberto com, apenas, um de meus pijamas de alcinha. Sua pele clara parece tão macia. E suas feições cansadas me deixam mais exitada, mas necessitada de a tocar.
Coloco meu braço pela suas costas, a puxando para mim. Minha mão, que alcança seu ombro, acaricia o local, com carinho.
Ryujin enterra seu rosto entre meus peitos e olha para cima, para mim. Olho para ela de volta. Ryujin se estica, até alcançar meus lábios, e deixar um selinho neles. Eu não falo nada, apenas a puxo para mais perto e continuo a acariciar seu ombro e costas.
- Dorme mais um pouco. Vou preparar uma sopa para você depois.
- Seus pais estão em casa? - Ryujin pergunta, olhando para meu pescoço.
- Não. Viajaram por trabalho, só voltam terça a noite.
Ryujin concorda com a cabeça e se ajeita novamente em mim, deitando sua cabeça em meus peitos e acariciando meu braço. Ela fecha os olhos e repousa a mão embaixo de minha blusa, na minha barriga. Depois de uns minutos, Ryujin acaba dormindo de novo, roncando levemente. Alcanço meu celular na mesinha ao lado da cama e tiro uma foto de Ryujin, mandando para Lia. Na legenda está escrito: 'essa garota está TOTALMENTE diferente!!??!?!?!?'.
Desligo o celular e abraço Ryujin, acariciando suas costas. Ryujin parece um anjo dormindo, suas bochechas levemente coradas e seu cabelo bagunçado. Arrumo a franja dela, tentando suprimir a vontade de beijar a boca dela e fazer muito mais coisas. Ryujin, ainda que dormindo, continua com a mão embaixo do tecido de minha blusa, a ponta de seus dedos tocando minha pele.
Suspiro e saio da cama, desço as escadas e começo a preparar a sopa de ressaca para Ryujin, a receita que minha irmã, sim, a idiota da minha irmã, sempre faz para mim quando estou de ressaca - e realmente, a sopa funciona!
Enquanto preparo, fico pensando no selinho que Ryujin me deu mais cedo. Ela está sóbria agora, e mesmo assim, me beijou. Eu vou enlouquecer.
Após uma hora - talvez menos -, Ryujin acorda. Eu estou na bancada, já com roupas 'de verdade', usando meu celular quando ela desce as escadas com um sorriso, que só a Ryujin tem, com os olhos cansados e com o cabelo bagunçado. Ela anda até mim e se senta em meu lado.
- O cheiro está bom... - ela fala com uma voz rouca e, oh, meu Deus, que voz!
- Você acha, é? - Dou uma risadinha e sirvo a sopa para ela.
Ryujin come calmamente, olhando para a pequena tigela de sopa, enquanto eu a observo. Assim que ela olha para cima, olha para mim, ela sorri e faz um 'o.k.'com a mão.
- Está ótima.
Sorrio e ela continua comendo. Ela enche a colher e estende em minha direção.
- Fala 'ah'~ - Ryujin fala, como a mão livre embaixo da colher, para não sujar a mesa. Coro e abro minha boca.
Depois que Ryujin come, vou lavar a louça. Levo um pequeno susto ao sentir os braços dela ao redor da minha cintura, e pequenos beijos em meu pescoço.
- O que você está fazendo, hein? - Tento sair dos braços dela, mas ela é mais forte.
- Te deixando feliz.
Coro mais não perco a chance de responder:
- Assim eu vou me apaixonar.
Ryujin, que provavelmente está sorrindo - com aquele sorriso completamente convencido e atraente -, também responde rapidamente.
- E se essa for a intenção? - Ela praticamente sussurra, suas mãos em meu quadril.
Termino a louça e dou leves tapinhas na bunda dela, mesmo surpresa por ter alcançado lá por trás.
- Me solta, agora.
Ryujin me obedece e vai para o meu quarto, sigo ela. Ela se deita e me olha.
- Sabe, Sushin... - ela começa, me olhando. - Aquela noite... que ficamos lá em casa...
- Hm? Já ficamos tantas noites na sua casa... - me faço de sonsa.
- Quando a gente transou, Yuna. - Ryujin olha para mim, após revirar os olhos. - Não se faz de boba, né?!
Seguro um sorriso e ela continua.
- Aquele dia foi bem bom... aquela noite, huh? - Ryujin encara suas próprias mãos, com uma cara envergonhada.
- Onde você quer chegar...? - Olho para ela e me inclino na direção dela, apoiando meu queixo em minha mão.
- Você quer transar de novo? - Ela me olha, com seus olhos brilhando. Está claro que é algo que ela realmente quer.
- Acho que você está no cio, Shin Ryujin - rio e me aproximo mais um pouco, o que faz a Ryujin se aproximar também.
- O que?
- Ontem, você queria e queria pegar nos meus peitos. Hoje está falando que quer transar... isso é cio, só pode.
Ryujin cora e afunda seu rosto no travesseiro. - Para com isso - ela fala, sua voz abafada. - A última vez que transei foi com você, e estou com preguiça de procurar outras pessoas para transar... você quer ou não quer, hein?!