O Início do Fim

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A noite começava a cair sobre Sapporo, a cidade mais populosa de Hokkaido, os rádios da polícia local relatavam algumas ocorrências onde as pessoas diziam que em alguns locais da cidade, pessoas estavam atacando umas as outras, em uma onda de violência no centro da cidade, de início imaginaram ser uma briga entre máfias, mas não estavam prontos para oque estava por vir, alguns carros da polícia foram enviados ao local para conter a situação, que já estava fugindo do controle.

- Senhor se afaste dessa moça, ou serei obrigado a atirar. - um dos policiais segurava sua arma na direção de um homem, aparentemente idoso que prendia uma jovem contra a parede, por mais que o policial falasse o homem não parecia dar importância.

- O senhor está preso, serei obrigado a usar a força. - O homem se afastou um pouco da mulher, dando espaço suficiente para que o policial pudesse ver a mesma cair lentamente com um ferimento em seu pescoço, que jorrava sangue, antes que pudesse cair engasgando com seu próprio sangue a mulher implorou por ajuda, mas já era tarde, o senhor se virou na direção do policial, as veias em seu rostos pareciam saltar, deixando a face do mesmo um tanto quanto retorcida, sua boca repleta de sanguee pedaços de Carne se abriu, soltou um grito agonizante antes de começar a andar desajeitadamente na direção do policial, o homem que aparentava ter em torno de 80 anos, agora estendia suas mãos na direção do policial.

-Nem mais um passo, fique aí mesmo o senhor está preso...- antes que pudesse terminar o homem avançou em sua direção mordendo seu braço esquerdo, em um movimento rápido o policial o afastou acertando um disparo em sua perna direita, mas o homem não parecia se incomodar.

- Oque...oque diabos você é?! - o som de tiros tomou conta da rua, cinco disparos foram feitos na direção do homem mas ele não parava de se aproximar.

Em alguns minutos a mulher que estava sem vida se levantou, o policial tremia buscando por respostas, os outros civis estavam desesperados corriam na direção contrária, enquanto outras pessoas caiam sendo vítimas do que de início acreditavam ser um caso de agressão.

Em pouco tempo a cidade estava um caos, pessoas que foram mordidas começavam a lotar hospitais em busca de ajuda, outros se escondiam em lojas e todos os tipos de estabelecimentos, mas parecia não ter para onde fugir.

Os jornais locais relatavam surtos de raiva vindo de todas as cidades do Japão, os sons de sirenes e gritos se espalhavam pelas ruas.

O desespero das pessoas começou a se espalhar, muitas pegaram suas famílias tentando se afastar das cidades, fazendo as estradas ficarem lotadas.

Daylan que estava a caminho de Asahikawa, para a reunião com o pai de Hinna, já estava aborrecido com o trânsito sem entender o porquê as pessoas resolveram todas de uma vez só saírem de carro, alguns carros da polícia passavam pelos acostamento em alta velocidade em direção a cidade.

- Mas que merda ta acontecendo? - o homem procurava por seu celular no banco de trás quando um carro invadiu a contra mão, batendo em alguns carros a poucos metros dele.

- Que porra foi essa? - Daylan finalmente encontrou seu celular, ligou a tela do mesmo e buscou pelo número de Naoto, enquanto chamava ligou o rádio em busca de informações do que estava acontecendo.

- Essa é uma mensagem da província de Hokkaido, pedimos aos cidadãos para que mantenham a calma e permaneçam em suas residências, o exército foi acionado e temos a situação sob controle. - a mensagem gravada voltava a repetir as mesmas coisas quando a chamada de Daylan foi atendida.

- Senhor ? Eu estava a caminho mas aparentemente as estradas estão bloqueadas, acredito que estão resolvendo alguma coisa. - dizia enquanto acendia um cigarro.

- Daylan, Volte para a casa e tire Hinna de lá, algo aconteceu em Tokyo e já se espalhou, estou indo para um lugar mais calmo e mando informações, a sua prioridade agora é a garota, estou indo encontrar o Zhang....- a ligação caiu, Daylan sem pensar muito ligou o carro dando a volta pelo acostamento e entrando na pista ao lado na direção da qual acabava de vir.

Não demorou muito para avistar os carros do exército indo na direção da cidade em alta velocidade.

Na cidade o exército tentava conter a situação e retirar as pessoas feridas das ruas, mas em pouco tempo as pessoas que foram mordidas tinham convulsões caindo no chão misteriosamente, e em poucos minutos retornavam com os olhos repletos de raiva e atacavam quem estivesse por perto.

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