Apocalipse

O florescer das cerejeiras

E se você encontrasse sua outra metade em meio ao fim do mundo ?, lutariam juntos pela sobrevivência?.

Introdução.

O ano de 2053 foi um ano de extrema importância para a humanidade, mesmo com tantas tecnologias e avanços na ciência, não puderam prever oque estava por vir.

Japão, Hokkaido 05 de Abril de 2053.

Nossa história começa com uma garota Chamada Hinna, que vem de uma família um tanto peculiar, extremamente focada na cultura antiga e seus ensinamentos, oque faz a convivência com seu pai se tornar caótica.

Mas, vamos começar do início, Hinna se preparava para começar seu dia, como de costume logo após sua higiene diária, ia até o templo fazer suas orações.

{Aqui vão alguns detalhes sobre o lugar: Hinna morava em uma das poucas casas que sobraram sobre as montanhas de Hokkaido, o templo em questão pertencia a família a gerações.}

O Caminho para o templo  era repleto de árvores de cerejeiras, que estavam desabrochando por conta da Primavera, era uma paisagem realmente bela, enquanto andava, Hinna teve algumas lembranças de quando visitava o lugar com sua mãe, que sempre gostou das flores, e hoje ela faz o caminho sozinha, para visitar seu túmulo.

A poucos metros da porta do templo, a garota de pele clara e cabelos negros sentia seu peito apertar, por alguns instantes era como se todo o ar fosse retirado de seus pulmões, já fazia três anos, dês do dia do acidente.

Quando Hinna tinha 15 anos, o carro no qual estava com sua mãe a caminho de casa, foi atacado por cinco homens, eles pareciam saber exatamente oque estavam fazendo, e quem eles queriam, o desespero daquele dia ficou pra sempre em sua mente, sua mãe deu sua vida para salvar a filha.

Apesar de ter idade o bastante para se lembrar, algumas lembranças não passavam de borrões em sua mente, o rosto dos monstros, como eram mesmo? Os médicos diziam que pelo trauma, seu cérebro ativou um mecanismo de defesa a fazendo esquecer de boa parte do ocorrido, mas ela podia se lembrar muito bem, do sangue de sua mãe em suas roupas, o jornal disse que a adolescente foi encontrada desmaiada com ferimentos leves na beira da montanha, e Yuna Mashiro, sua mãe teve o corpo encontrado dentro do carro, completamente carbonizado.

Seu pai não parecia surpreso com o acontecido, algumas das vezes parecia desejar que a filha tivesse o mesmo destino da esposa, Naoto Mashiro era um homem sério, para o público um empresário respeitado, no ramo de transportadoras, e muito influente no país, mas oque não mostrava era sua influência na Máfia Japonesa herdada pelo pai, Naoto se tornou líder do Clã Mashiro muito novo, e dês de então é conhecido no submundo por não ter piedade dos que entram em seu caminho, os funcionários da casa comentavam que o próprio marido, estaria por trás da morte da esposa, e que Hinna estar viva havia sido resultado de um trabalho mal feito, o homem nunca foi presente na vida da filha, priorizando o filho mais velho que seria seu único herdeiro.

Hinna Cresceu afastada de tudo e todos, apenas com a companhia de sua mãe e os empregados da casa, era proibida de ser vista em público ou na companhia de seu pai.

A garota dês de muito nova se esforçava, fazia aulas de esgrima e Kendo, buscando a aprovação do pai, mas nunca foi o motivo de orgulho, pelo contrario, aos 10 anos ganhou um prêmio no campeonato nacional de kendo, ao invés de despertar o orgulho do pai, despertou sua raiva, o homem foi até o templo e quebrou uma a uma as katanas da criança e seu troféu, a proibindo de continuar seus treinos.

Depois da morte da sua mãe, Hinna entendia que não era bem vinda na família e continuou sua vida nas montanhas, longe do caminho do seu pai, mas estava sempre sendo vigiada por seus homens, que faziam a segurança do local.

A garota olhou o céu por alguns instantes, sendo puxada dos seus pensamentos sobre o passado, alguns pássaros sobrevoaram às árvores em direção as montanhas, os animais pareciam agitados, estariam eles fugindo de algo?, antes que pudesse começar a subir a escadaria de pedra em direção ao templo, uma voz chamou a atenção.

-Sabe que não pode sair por aí sozinha, tirei o olho de você por um segundo e você pula a janela?- o homem alto e bem vestido caminhava em sua direção enquanto falava, a garota revirou os olhos seguindo seu caminho sem nem se importar com sua companhia.

- Não sou mais uma criança Day, não precisa ficar no meu pé o dia todo.- A jovem apressou o passo tentando se manter longe do homem.

Daylan trabalhava para o seu pai, conhece Hinna dês de que a mesma começou a andar, por muitas vezes ele fez o papel que Naoto nunca fizera, entretanto, não era confiável.

-No seu pé? Não pirralha, eu sou um grande fã das flores, vim apenas apreciar a paisagem.- o homem sorri, levando um cigarro aceso até a  boca.- Ainda estamos com problemas com a família Saito, e pra sua segurança eu adoraria que não saísse sem companhia, podem usar você pra chegar até seu pai.

- Ele me entregaria ao inimigo com um belo sorriso no rosto.- Hinna para ao chegar na porta do templo, algumas flores enfeitavam a entrada, ela se vira em direção a Daylan com um semblante sério.- você não é bem vindo aqui, faça seu trabalho aqui fora, não quero que pertube o descanso da minha mãe.

-Manda um abraço pra Yuna por mim.- o homem solta um sorriso sarcástico apagando o cigarro em um dos pilares da entrada.

Hinna faz uma breve reverencia entrando no espaço ao qual sua mãe descanssava.