6. How to Solve This?

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Seokjin se pegou pensando nas palavras do advogado e por mais que se esforçasse, as mesmas não faziam sentido algum. Dylan era um playboyzinho de vida mansa, cujas regalias eram bancadas pelos pais figurões da economia estadunidense e nunca se preocupou com as vidas que destruiu ao longo de seu caminho. E a de Seokjin foi uma dessas, quando o prometeu que não o abandonaria e cuidaria dele e do filhote, que ambos casariam e ele não precisaria se preocupar.

Ele o conheceu na cafeteria onde trabalhou com o melhor amigo. Ele era charmoso, bem-educado e tão lindo que Seokjin acreditou que tinha tirado a sorte grande. O ômega não se apaixonou, e por este motivo, deu graças aos deuses. Mas fez pior..., acreditou em todas as mentiras que o alfa lhe contou. Até que o flagrou aos beijos com uma outra ômega no seu local de trabalho.

— Isso não está certo. — Seokjin sussurrou, um pouco em choque com aquilo.

— E aqui está uma cópia do acordo proposto pelo meu cliente. Se você o assinar, isso pode ser resolvido rapidamente e você terá direito a visitas, determinadas por lei. Meu cliente está disposto a firmar residência aqui em Seoul, para sua melhor comodidade.

— Ele nunca quis a minha filhote. Ele não pode chegar aqui e exigir ser o pai que ele nunca quis ser! — O ômega tentava não chorar, mas ficava difícil com tudo o que estava acontecendo a sua volta.

— Sr. Kim, seja consciente do lugar ao qual pertence, e não entre em uma briga que sabe que vai perder. — O advogado falou com desdém. O beta avaliava Seokjin, como ele já tinha vistos muitos outros ômegas serem avaliados e julgados, por não estarem no padrão socialmente aceito.

O advogado olhava suas tatuagens e suas roupas, como se bem ali, ainda na sua porta pudesse lhe dar o veredicto.

Ele fingiu não ligar muito para o que tinha acontecido naquela madrugada, mas ainda se sentia bastante fragilizado. E ali, olhando toda a pompa do advogado do alfa, ele simplesmente não aguentou. Seokjin estava pronto para rebater, quando sentiu a presença de Namjoon as suas costas.

— Eu sou Kim Namjoon, advogado do sr. Kim. — Namjoon falou, segurando como pôde um grunhido que mais parecia um rosnado, ao abrir um pouco mais a porta e tirar Seokjin do escrutínio do advogado. — E devo dizer que é a primeira vez que vejo um advogado tão antiético, e olha que esse meio é brutal.

— Como você se atreve, moleque! — O beta grunhiu de volta. — Eu sou mais velho e você me deve respeito!

— Experimenta falar assim mais uma vez com o meu ômega, e eu te mostro o porquê de um alfa estar acima de gente como você. — Namjoon falava, mas de seus lábios, a voz que saía era selvagem e primitiva.

Seu lobo estava furioso, e para um alfa puro como Namjoon, era difícil não assumir a forma lupina quando estava desse jeito. Ele então, pegou o envelope oficial e fechou a porta na cara do advogado. Que ele fosse visto como instável, ele não se importava. A única coisa que importava era o ômega que estava sentado na otomana que ficava ali, na entrada.

O ômega tentava respirar fundo, mas sua garganta parecia fechada impedindo o ato simples de inspirar profundamente. Ele olhou rapidamente para a sala e viu a filha deitada no sofá assistindo ao desenho animado. O ômega então chorou.

Ele não se demorou no ato, Seokjin não podia se desesperar. Não naquele momento, afinal, estavam entrando no final de semana e nada podia fazer para resolver aquela situação.

Poucos segundos depois, sentiu o abraço apertado do alfa. Mesmo que estivessem em uma posição desconfortável, mesmo que a relação deles fosse meio estranha e sem rótulos. Era ali onde estava se sentindo de certa forma, seguro.

Mono Hearts [NAMJIN] A|B|OOnde histórias criam vida. Descubra agora