Com o fim do semestre se aproximando, eles faziam planos de viajar para praia. Pran faria sua última prova nessa semana e então eles estariam livres. Pat achava a ideia ótima porque parecia que os dias estavam cada vez mais quentes.
Alguns dias depois, Ink chegou para cuidar de Eve e perguntou se Pat estava bem, pois seu rosto estava vermelho.
"Ink, eu preciso que você leve Eve para casa dos meus pais e fique lá com ela até minha mãe chegar. Eu vou buscá-la mais tarde." Pat abriu o vidro de remédio e tomou três comprimidos de uma vez "Eu vou precisar sair daqui a pouco e estou com pressa. Você já pode ir com ela, por favor!"
"Você não parece bem, quer que eu chame o Pran?"
"Não! Não, ele tem prova hoje e isso eu preciso resolver sozinho. Pode ir!"
Ink se despediu e Pat se apressou para sair em seguida, antes que Pran terminasse de se arrumar. Ele tinha certeza de que era o começo de um ciclo, se Pran soubesse, ele perderia a prova e Pat estaria perdido.
Pat desceu até a academia, geralmente era vazia nesse horário; seu receio era ir para longe e sucumbir ao cio. Ink era uma alfa, ele não sabia que efeitos seus feromônios causariam nela. Ele se esconderia ali até Pran sair.
Os remédios diminuíram um pouco o calor e ele se sentia mais confiante a ponto de fazer alguns exercícios.
Nani chegou, o cumprimentou e foi para esteira. Ele o olhava estranho e Pat decidiu voltar para sua casa, pelo horário, Pran já deveria estar na faculdade.
A barra do supindo estava mais pesada na última série e ele não conseguia levantá-la. Nani viu sua dificuldade e correu para ajudá-lo.
Pat levantou cambaleando e Nani o amparou e aproximou o rosto dos seus cabelos e o nariz dele percorreu a sua pele exposta.
"Obrigado, Nani! Eu posso ir sozinho para casa." Ele disse e o empurrou de leve, mas Nani o pegou pela cintura e colocou o braço Pat sobre seu ombro.
"Eu te ajudo, você não parece bem."
Nani o carregou até o elevador, por mais que tentasse disfarçar, sua boca salivava e a mão que envolvia a cintura de Pat fazia mais pressão a cada passo.
Dentro do elevador, Pat se sentia cada vez mais fraco e tentava em vão se soltar dos braços ao seu redor. Nani o segurava forte e esfregava seu pênis duro na coxa dele. O hálito quente dele por todo seu pescoço incomodava Pat, que pedia para ele parar e se afastar. Indiferente aos seus pedidos, Nani o apertou ainda mais e lambeu o local onde tinha a mordida de Pran.
Pat se encolheu e o empurrou com o ombro, mas Nani, que hoje estava mais forte do que ele, o segurou e começou a roçar seu pau nas suas nádegas.
O elevador abriu a porta e Pat conseguiu dar uma cotovelada para trás e saiu com passos vacilantes para sua casa.
Ele respirou aliviado ao trancar a porta. Nani deveria respeitar um ômega marcado, mas existiam casos de violação quando o alfa se afastava do seu ômega no cio. Pat controlava seu nervosismo e tentava não sucumbir à febre, caso contrário, Pran poderia sentir algo e talvez isso o prejudicasse.
"Mais uns quarenta minutos e ele volta para casa."
Pat falou consigo mesmo, tomou mais um comprimido e lavou o rosto com água fria.
Ele tinha que ser forte, porém era muito complicado. Ele se sentou e focava na própria respiração para não se desesperar, seu corpo não o obedecia e isso era angustiante. Pat segurou as lágrimas por um tempo, agradeceu por Eve não estar ali. Ele não queria pensar no que tinha acabado de acontecer, porém seus olhos cheios d'água não obedeciam sua vontade. Ele enxugou suas lágrimas e nessa hora percebeu que seu celular vibrava com uma chamada perdida de Ink. Antes que pudesse retornar a ligação, a campainha tocou e ele pensou que ela pudesse ter voltado. Com dificuldade ele caminhou até a porta e a abriu.