Parte 14

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Pat ainda dormia profundamente quando Pran acordou para ir ao banheiro. Ele se  sentia desconfortável e dolorido e pensava seriamente se faria aquilo de novo; ao ver seu reflexo no espelho, ele concluiu que faria qualquer coisa por Pat.

Ao sair do quarto, Eve acordou e o chamou com sua voz sonolenta.

Pat levantou um pouco depois e viu a filha deitada no sofá, tomando sua mamadeira e assistindo a um desenho enquanto enrolava os cabelos com os dedinhos. O cheiro das panquecas que Pran fazia era saboroso e sua barriga roncou. Pat foi até ele e o abraçou, deitando sua cabeça no seu ombro, soltando todo o peso do seu corpo sobre as costas dele.

“Não se acostume com isso. Foi só ontem que eu deixei.” Pran sussurrou e Pat riu.

“Foi divertido.”

“Divertido? Foi SÓ divertido?” Levemente ofendido, Pran virou o rosto tentando enxergar a cara de Pat.

“Foi inusitado!”

“Ah, por favor! Fica quieto, Pat!” Pran bufou e sacudiu o ombro, querendo se desvencilhar dele, sem colocar muito empenho nos movimentos, e fez o namorado rir.

“Eu amei ter você daquele jeito.” Pat falou bem perto do ouvido de Pran, mordendo com suavidade o lóbulo da sua orelha.

Pran soltou um gemido fraco, quase derrubou a frigideira e Pat se afastou, rindo, e Pran o seguiu com um olhar vingativo.
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Alguns dias depois, foi marcada uma reunião na casa dos pais de Pat, as duas famílias se encontraram e foram atualizadas sobre as medidas que seriam tomadas. Ming fez uma chamada de vídeo com o promotor e os dois explicaram que tinha sido feita uma denúncia sobre um novo componente com poder mutagênico e foi autorizado pela OMS e pelo Ministério Público que eles prosseguissem com a investigação.

Devido ao Khun Piya ser muito influente, eles preferiram não abrir a investigação para outras pessoas por terem receio de vazamentos dentro da polícia ou nos gabinetes. Os investigadores orientaram sobre como eles deveriam agir e quais cuidados deveriam ter e disseram que o ideal era que Pran buscasse a bebida, porque levantaria menos suspeitas.

A única objeção era sobre a participação de Nani, mas Pran insistia para que ele estivesse por perto, sem revelar o real motivo, pois sabia que alfa marcado apareceria lá de qualquer forma. Ele sabia que seria impossível fazer isso mantendo a calma e tranquilidade e, no primeiro momento de stress, Nani apareceria.

Pat se despediu do namorado com um abraço demorado. Ele inclinou sua cabeça o máximo que conseguiu para deixar a área da marca exposta ao nariz de Pran, que o cheirou e lambeu, como um lembrete de que deveria voltar por ele.

Nani estava nervoso, pois nunca tinha feito nada parecido com isso e para piorar nunca tinha ido a este tipo de bar. Pran tentava se manter calmo para não agitá-lo ainda mais.

Assim que desceram do carro, alguns ômegas passaram por perto e o aroma que exalavam era doce e convidativo. Provavelmente eles não tomavam inibidores e Pran percebeu que Nani parecia um pouco descontrolado: suas pupilas estavam dilatadas, suas narinas abriam e fechavam com rapidez e ele engolia saliva e lambia os lábios várias vezes seguidas.

“Nani!” Pran segurou seu braço “Nani!” ele repetiu, mas sua voz sibilou daquele jeito estranho e Nani, até então disperso pela profusão de cheiros e influências, fixou seus olhos nos dele “Preciso que você se concentre. Não se distraia!”

Nani assentiu como se tivesse sido hipnotizado, Pran não soube como fez aquilo de novo e nem se conseguiria repetir, então torcia para que tudo acabasse rapidamente para que eles pudessem sair dali o mais rápido possível.

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⏰ Última atualização: Feb 10 ⏰

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PatPran - OmegaVerseOnde histórias criam vida. Descubra agora