Parte 7

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"PRAN!! Onde você está?"

"Sentiu minha falta, ômega!?"

"Pran, caralho, você não foi buscar a Eve? Eu saí no meio da aula para buscá-la e estou no táxi preso no trânsito! Onde você está?"

"Eu..." Pran sentia o sangue sumindo do seu rosto "eu estou indo!"

Pran se sentiu um idiota, passou a tarde toda pensando em si mesmo e esqueceu da própria filha. Ele correu o máximo que conseguiu, mas chegou ao mesmo tempo que Pat. Foi impossível não ver seu olhar de julgamento; por sorte, Eve adorava as professoras e não parecia ter percebido o atraso.

Pat ficou em silêncio o caminho todo enquanto Pran dirigia. Ao chegar em casa, Pran disse que levaria Eve e o namorado agiu como se ele não existisse.

Ele não pôde dar o banho e nem o jantar da criança e isso começou a irritá-lo porque Pat estava sendo imaturo, foi só um erro, um esquecimento. Ele tentava se  consolar, mas no fundo sabia que tinha errado e o pior de tudo, tinha falhado com Eve.

Pran tentava estudar, mas nada do que lia entrava na sua cabeça, nenhum conjunto de letras fazia sentido. Quando Pat foi para o banheiro, ele o seguiu.

"Não vai rolar, Pran! Nem tente!" Pat estava furioso.

Pran entrou no chuveiro junto com ele, porém Pat o empurrou e o segurou pelo pescoço.

"Onde você estava? E onde você estava com a cabeça para esquecer A SUA FILHA, PRAN!"

"Eu tive muita coisa no trabalho, me distraí." A voz de Pran soou fraca pelo remorso.

"Então você voltou para o trabalho? Porque o seu pai me ligou quando você sumiu no meio do expediente!"

Pat apertava a garganta de Pran e seus olhos tinham faíscas de ira.

Por mais que a culpa o consumisse, ele nunca deixaria um ômega o subjugar desse jeito. Ele empurrou Pat com força, que escorregou e bateu as costas na parede do banheiro.

"Eu não te devo satisfação!"

Pran colou seu corpo no dele e respirava alto no seu ouvido.

"Você é meu, Pat! E sempre vai ser meu!"

A raiva, a fúria e o desejo de Pran liberavam um cheiro que Pat nunca tinha sentido, ele estava bravo e não queria ceder a esse instinto, porém o impulso era mais forte do que seu autocontrole.

"Então, por que você não cuida do que é seu, Pran?"

O cheiro do alfa tomou conta do ambiente e a excitação foi incontrolável. Pran o virou de costas e o penetrou de uma vez, sem cuidado nem delicadeza. Pat abafou seu grito e tentou relaxar, pela primeira vez estava sendo difícil e ao mesmo tempo ele não queria parar.

"Sinto falta do seu cheiro de ômega!" Pran farejava o pescoço do namorado que não tinha nenhum aroma e o chupava, deixando marcas por toda sua pele.

Pat se inclinou um pouco mais, tentando facilitar as investidas de Pran e isso melhorou um pouco seu desconforto. Pran parecia sedento e desesperado e isso o fazia ser descuidado. Pat já não sentia vontade de gozar, só queria que ele acabasse logo.

Estranhamente, ele sentiu o nó se formando na base do pênis de Pran, que parecia alucinado e fora de si. Pat o empurrou, Pran se assustou e mesmo assim quis continuar; ele puxava o namorado pelo braço, forçando a se virar. Por sorte, Pat não estava no seu ciclo e conseguiu imobilizar Pran e o masturbou até ele gozar. Seus olhos voltaram a se focar no seu ômega somente após o orgasmo.

"O que está acontecendo com você, Pran? Você some, esquece sua filha, age feito um idiota comigo e agora parece completamente descontrolado?"

Pat falava e se enxugava e Pran não sabia o que dizer. Ele nunca quis machucar Pat e não sabia o que tinha acontecido com ele, seus sentimentos e desejos pareciam crescer exponencialmente. Era difícil admitir, ele sabia que tinha errado de muitas formas, mas nunca diria isso para Pat.

PatPran - OmegaVerseOnde histórias criam vida. Descubra agora