36 - União dos contrários

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- Me perdoe sim?A febre até já se foi.

- Você não estava chorando por conta da gripe.

Boss está chateado

- Quando rompeu o noivado, devia ter vindo até nós primeiro seu pequeno teimoso, tem noção de como deixou o pai assustado?

Os dois se olham, Title apenas sorri antes de se explicar, já se acha suficientemente patético, não sabe mais onde é o seu lugar.

- Sei que fui imprudente, mas eu não vou me afogar na bebida e nem ficar chorando pelos cantos a vida toda. Meu rompimento ainda está recente por tanto ainda estou mal, mas vai passar.

- Podia ter simplesmente vindo pra casa no primeiro momento meu filho...

- Eu sei papai, mas sinceramente não queria ver vocês assim ou me olhando como estão agora, não sabem como é difícil tentar me manter forte.

- Oh meu filho... Nós somos sua família, pra onde mais você correria?

Title sente o rosto quente e os olhos marejados, mas agora não quer mais chorar, chega de lágrimas, se sente realmente grato pela família que tem e nao quer ver eles tristes.

- Achei a chave do quarto de hotel enquanto ajudava o pai a te trocar, sabe como fiquei quando ele me ligou?

Boss ainda da bronca, mas tem um olhar de alívio no rosto.

- Já busquei suas coisas, então não se atreva a sair dessa casa enquanto não arrumar outro pretendente!

Tenta brincar para amenizar o clima.

- Eu nunca mais vou me envolver com ninguém!

Title parece determinado.

- Meus filhos vão cuidar de mim, como sou um velho sortudo.

- Eim eu vou me casar algum dia!

Palm responde rápido, arrancando risada de todos.

Logo voltam a conversar sobre coisas boas, o sorriso de Title é tão amplo que é fácil ver que o humor dele voltou ao normal, mas Boss ainda tem uma centena de preocupações, o olhar do irmão parece realmente estar vazio as vezes.

***

[ COPTER ]

Suar é realmente bem amigável com todos e as pessoas sentem prazer em ajudá-lo, se fossemos só nos dois levaríamos dias nesse projeto, mas como tem muitos colegas ajudando as coisas estão desenrolando bem, a gente conseguiu gravar a maior parte das cenas e alguns veteranos ajudaram com o transporte do equipamento de filmagen, Suar além de tudo é bom com a maquiagem e o figurino ele tem muito bom gosto, depois enquanto ele se ocupa de guiar as câmeras eu fico com a tarefa de diretor, mesmo essas pessoas não sendo próximas a mim, por Suar todo mundo parece bastante disposto a seguir minhas orientações, ficamos nisso quase o dia inteiro e é cansativo, mas queremos terminar logo, assim a edição e montagem daremos conta durante a semana. Estou me divertindo, não achei que ficaria tão confortável no meio dessa gente toda, mas é ele, Suar quem torna isso possível.

No fim da tarde P'Boss e Anym aparecem com várias guloseimas para recompensar o pessoal que nos ajudou, fazemos uma espécie de piquenique ao ar livre e em seguida Anym se oferece para me ajudar com a mudança, eu acho ótimo então eu ela e Suar vamos buscar minhas coisas e já está iniciando a noite quando finalmente tudo está no devido lugar. Assim que ficamos a sós na primeira oportunidade Suar já está sobre mim, me empurrou no sofá e montou no meu colo, se ele soubesse como foi difícil me acalmar na noite anterior, o caminho todo de ônibus eu fui pensando nele, naquele sorriso, naquele corpo,o cheiro e o gosto doce daquela língua atrevida, tudo nele é incrivelmente bom. Durante meus dias ruins fiquei com algumas pessoas, a maioria meninas, mas teve um rapaz o que despertou esse desejo em mim e descobri que tenho preferência pelo corpo masculino, meu primeiro amor foi algo imaturo mesmo que puro quando eu não entendia bem as preferência do meu corpo, mas Suar me faz ir aos extremos em todos os sentidos, quero ele, mas quero que seja no tempo certo, do jeito certo.

Ele chupa minha língua com força enquanto minhas mãos deslizam até sua bunda apertando com força aquela parte que parece que me chama, mas busco forças onde não tenho pra resistir a vontade de deslizar as mãos para dentro da calça dele.

- Calma nong, vamos desacelerar sim?

Estamos ofegantes ele encosta a cabeça no meu ombro eu ouço um gemido baixo, ele está excitado além do que deveria nesse momento

- Vamos sair o que acha? Comer alguma coisa fora...

- E você tem dinheiro sobrando P?

- Agora que não preciso mais para o aluguel posso me dar ao luxo meu filhote.

- Não precisa gastar, que tal a gente jantar lá na minha casa?

Casa? Família? Conhecer seu pai?

Todos os alarmes disparam dentro de mim, eu simplesmente não consigo responder e nem disfarçar meu desconforto com isso.

- Isso também é rápido de mais né P'?!

Suar parece triste agora, mas ele é bastante compreensivo comigo então desejo agradá-lo.

- Vamos sair e comer por aqui mesmo e pra te compensar que tal eu responder alguma pergunta sua? Qualquer pergunta.

- Certeza?

Eu concordo e ele sorri animado, mas não diz nada, parece estar pensando, eu tenho certeza que ele está procurando uma pergunta que não me deixe mal, mas sua mão continua fazendo pressão nas minhas costas então eu sei bem sobre o que ele quer saber.

- Quer saber sobre a tatuagem não é?

- Não quero te irritar P, mas sim se você puder contar eu quero saber.

- Não é algo tão incrível como você imagina, eu sofri um acidente de carro a alguns anos e fiquei com essa cicatriz nas costas, um tempo depois eu fiz a tatuagem pra cobrir a cicatriz, fiz o dragão pelo significado, além de representar a eternidade e o poder divino também simboliza a união dos contrários em algumas culturas.

Suar está animado agora, intimamente eu sei que essa união se referia a mim e a Ji-eun que éramos impedidos de estar juntos por sermos de classes diferentes entre outras tantas diferenças, mas agora percebo pelo brilho do olhar de Suar que ele gosta desse significado já que é contra a sociedade e os padrões dois homens juntos.

Beijo com carinho os lábios sorridentes dele, não temos nenhum compromisso firmado ainda e talvez eu nunca tenha coragem de entrar em algo mais sério ou me envolver com sua família, mas sei que estou bem com ele agora e quero continuar assim com essa pessoa maravilhosa enquanto me for permitido.

- Vamos sair P, estou faminto agora...

***

Ji-hoon está no carro já faz uma meia hora na frente do dormitório estudantil, veio conferir com os próprios olhos, aperta com força os dedos contra o volante quando vê Copter saindo do complexo, não consegue raciocinar bem sobre o que deve fazer, mas ao ver o rapaz que acompanha Copter se pendurar no pescoço dele e o bastardo beijar o rosto do jovem a irritação cresce no seu interior.

- Então você acha que pode sorrir enquanto eu ainda estou sofrendo seu desgraçado?...

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