XV

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Engjeel me arrastou pelo braço até nosso quarto, seu rosto vermelho de raiva me deixa enjoada

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Engjeel me arrastou pelo braço até nosso quarto, seu rosto vermelho de raiva me deixa enjoada.

— COMO PAGOU PELAS MERDAS QUE ESTAVA COMENDO?—
Engjeel me soltou me jogando na cama.

— Pare de gritar comigo! Eu só sai pra comer um hambúrguer, você é cruel, me faz chorar todo dia que merda—
Limpei minhas lágrimas com ele me olhando sério.

— Você tem ideia da merda que fez? Do perigo que correu? Não me faça te algemar todos os dias nessa cama Kaya eu estou farto das suas infantilidades!—

— Se está farto me deixe ir! Eu não vou deixar de fazer o que eu quero! Quer me algemar? Força mais mesmo assim eu vou conseguir sair daqui!—
Engjeel levantou a mão pra me bater novamente, esperei pelo tapa que não chegou.

— Merda Kaya eu vou acabar fazendo uma besteira contigo, me ajude a te ajudar ! Como pagou por isso? Abriu as pernas pra quem?—
Imbecil.

— Seu bastardo de merda, acha que preciso abrir as pernas pra conseguir o que quero? Olhe pra mim! Eu até poderia fazer isso, mais fiz melhor levei seu Rolex e quando não aceitaram um gostoso se ofereceu e pagou tudo pra mim-
Engjeel me tirou da cama pelos cabelos e me jogou contra parede apertando meu pescoço.

— QUEM FOI O FILHO DA PUTA QUE COLOCOU OS OLHOS EM TI? FALA SUA FILHA DA PUTA!—
Meus olhos ardem e o ar foge dos meus pulmões, levei minhas unhas até seu braço e cravei minhas unhas tentando o fazer me soltar, minha visão ficou turva, estou perdendo os sentidos.

— FALA SUA PUTA, ELE TOCOU EM TI? MERDA TOCOU EM SUA BARRIGA? EU VOU MATAR VOCÊ VADIA—
Então quando achei que fosse morrer ele me soltou, minha garganta arde como o inferno, antes que pudesse me recuperar vomitei tudo que havia comido em seus sapatos brilhantes.

— Merda Kaya, por isso não deveria estar comendo essas porcarias —
Engatinhei no carpete fugindo dele pra a outra parede do quarto.

— Você está acabando comigo —
Minha boca azeda igual a cara do Engjeel minha garganta parece que tem milhares de pregos.

— Venha, irei cuidar de ti—

— TIRE SUAS MÃOS DE MIM SOU BASTARDO IMUNDO AGRESSOR—
Peguei o abajur ao meu lado e atirei em sua direção falhando miseravelmente.

— Pare com isso, não me faça esquecer do seu estado atual—
Me levantei segurando na parede, a tontura me faz parar por segundos.

— Vai a merda—
Entrei no banheiro trancado a porta. Tirei minha roupa suja do meu vômito e entrei no box deixando a água morna me curar mais uma vez.
De frente ao espelho encarei minha face vermelha no lado esquerdo e meu pescoço quase roxo.

— Essa é a última vez Kaya, eu juro!—
Prometo a mim mesma limpando minhas lágrimas, segui para o closet onde coloquei uma blusa de noite, o dia acabou pra mim. Passei creme no rosto e tomei um analgésico e um sonífero, dormindo ele não me atormentara.

(...)

Não acordei algemada como prometido, simplesmente a porta do quarto está trancada, ah mais Engjeel me paga.

Não me dei ao trabalho de ficar batendo na porta ou implorar pra que a abram, esfomeada belisquei algumas coisas que compõe o café da manhã, satisfeita fui tomar um banho e pensar na próxima vingança.

Engjeel não me surrou ontem como eu achei que seria, bem, apertou meu pescoço e me bateu na rua mais ao menos não me surrou como fez na vez passada.

Fiquei quase 2 horas na banheira com hidromassagem apenas a relaxar meus músculos e tentando esquecer que estou trancada nesse quarto.

Terminei meu banho e coloquei uma roupa confortável para o que vou fazer, e usei o maior casaco que encontrei.
Tentei fazer um coque em meus cabelos curtos mais não resultou bem, vai ficar assim.

Caminhei até a varanda do quarto e olhei pra baixo, dois andares, talvez um braço e perna partido.

— Você aí, ligue para o bastardo do meu marido e o diga que se não abrir essa porta em 5 minutos eu vou me jogar pela sacada—
Mais à frente ainda estavam arrumando o estrago no portão,, o carro que eu usei está detonada no fundo do quintal.

— O senhor Jakov não atende, por favor senhora não faça isso irá se machucar apenas!—
Coloquei uma de minhas pernas no parapeito e ameacei me jogar

— Acha que me importo? Ontem ele bateu em mim na rua, apertou meu pescoço e agora acha que aceitarei ficar trancada nesse quarto como uma garotinha de castigo? Não tenho nada a perder aqui!—

Sua voz soou em algum lugar do teto me assustando.

— Volte para o quarto, eu vou destrancar a porta—
O filho da puta tem câmeras no quarto? Anda me espionando?

— Seu filho da puta bastardo, juro que vou arrancar sua carne com minhas unhas —

— Desça daí Kaya é perigoso demais pra ti, depois você faz o que quiser—

— Primeiro destranque a porta senhor da tecnologia, indecente! Quem coloca câmeras dentro do quarto?—
Desço do parapeito após ouvir a porta sendo destrancada, limpei a neve da minha roupa e sai da varanda no mesmo segundo ele trancou novamente a porta do quarto e da varanda.

— BASTARDO MENTIROSO DE MERDA—
Estava nervosa demais, peguei a chaleira e joguei contra a porta de vidro da varanda provocando apenas uma grande rotura mais não quebrou.

— Para com isso Kaya! Você vai se machucar!—
Corri até o canto do quarto e peguei uma das cadeiras da pequena mesa, arremessei contra o vidro e ele se quebrou em mil cristais pelo quarto a fora.

— NÃO KAYA—
Não ameacei novamente, simplesmente pisei nos cacos de cristais e sentei no parapeito pra me jogar em seguida. Dois andares abaixo.

A neve não amorteceu minha queda em nada, sinto uma dor absurda em minha perna esquerda e no meu pé direito, minha barriga também dói muito, isso é culpa sua Engjeel.

— Senhor ela se jogou—

— ESTOU CHEGANDO MERDA, NINGUÉM TOQUE EM MINHA MULHER—
Os empregados estavam todos ao redor de mim esperando que eu reaja, se me arrependo? Com certeza que não, Engjeel me levou a isso ele é o único culpado.

Poderia ter aberto a porta, mais decidiu fazer seus joguinhos, então lide com as consequências.

Colocaram uma manta térmica em mim e eu suspirei querendo dormir.

— Não desmaie senhora, aguente firmeza, o senhor Jakov já está entrando na propriedade.-
Sorri me entregando escuridão total.

Desculpa pelo sumiço, estava com uns problemas com a Amazon, mais agora estou aqui firme e forte, e ainda escrevendo um livrinho novo

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Desculpa pelo sumiço, estava com uns problemas com a Amazon, mais agora estou aqui firme e forte, e ainda escrevendo um livrinho novo...


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