XXI

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JEngjeel precisou ir ao hospital curar o braço machucado, se não tivesse colocado o braço como escudo seria uma fatalidade

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JEngjeel precisou ir ao hospital curar o braço machucado, se não tivesse colocado o braço como escudo seria uma fatalidade.

8 pontos divididos em seu braço não me comoveram em nada, na verdade fiquei mais triste pelo vaso...

Lembro do seu olhar de incredulidade enquanto seu braço sagrava feito uma torneira de vinho sujando o quarto, eu adorei proporcionar a ele um pouco da dor que me causou.

Quando retornou do hospital me senti triste, tinha esperança de que se esvaziasse de tanto sangue que perdeu, mais claro que a vida ainda iria brincar comigo mais um pouco.

— Olha o que fez comigo sua maldita —
Engjeel chegou enfiando o braço enfaixado na minha cara.

— Acha que realmente me importo com o seu braço? —
Engjeel sorriu segurando minha mandíbula com força.

— É a primeira e última vez que você ousa me agredir Kaya ou pagará caro demais !—
Bati em sua mão o fazendo me soltar.

— A Princesa não sabe que a vida é uma montanha russa ? Uma hora você bate e na outra apanha!—
Ignorando o gesso em meu pé desde ontem me levantei e sai da sala de jantar o deixando sozinho.

Engjeel não perde por esperar, durante a noite decidi que não vou ficar aqui chorando por ele ter me engravidado.
Não tenho sangue frio ao ponto de optar por um aborto, mais eu também não quero o bebê...

Então decidi que irei o dar para adoção, sei que o bebê não tem culpa, é parte minha mais eu não quero ser mãe, eu não sinto nada por ele... Então o darei pra adoção e lá encontrará pessoas que realmente o quererem... Não por capricho como o Engjeel.

Nunca me imaginei sendo mãe muito menos agora aos 20 anos, o diu e os anticoncepcionais falharam e Engjeel se aproveitou de mim como sempre.

Meu plano já está todo traçado, preciso apenas de uma oportunidade.

Daqui a pouco teria a consulta para tirar o gesso do pé, no braço eu mesma tirei a tipoia a alguns dias atrás, está perfeito.

No closet separei minhas joias todas e coloquei em uma bolsa, vou as usar pra conseguir sair daqui.

                                    (...)

Eu estava em um quarto iluminado pelo suave brilho da lua, segurando nos braços o bebê que tinha decidido dar para adoção. O quarto estava cheio de uma aura calorosa e acolhedora, e o bebê sorria para mim com olhos cheios de confiança e amor.

Lágrimas de emoção encheram os olhos meus enquanto olhava para o bebê. Uma onda de ternura e cuidado  me envolveu, e percebi que algo dentro de mim havia mudado. O amor que sentia por aquele pequeno ser era tão avassalador que superou todas as suas resoluções anteriores.

—Você é meu—,sussurrei, com a voz embargada de emoção. —Eu posso não ter planejado isso, mas agora que te conheci, não consigo imaginar minha vida sem você.—

O bebê sorriu para mim, como se entendesse as palavras de sua mãe. O abracei com firmeza, prometendo-lhe amor incondicional e cuidado. Naquele momento,  decidi que daria ao meu filho uma vida plena de amor, apesar de todas as incertezas que o futuro poderia trazer.

Ao acordar na manhã seguinte,  senti  uma nova determinação. Eu sabia que a jornada seria desafiadora, mas também estava cheia de esperança e amor.

Nunca havia acreditado tanto em um sonho, foi tão real...

Me levantei devagar da cama e segui para o banheiro.

A água quente do chuveiro escorria pelo meu corpo, dissipando as preocupações e os medos que me consumiam, meu olhar se perdeu no vazio, imaginando como seria minha vida com o bebê que eu carregava em meu ventre, devo realmente desistir da ideia da adoção? Eu não vou dar meu filho a ninguém !!

O vapor quente do chuveiro envolvia meu corpo, como se tentasse acalmar a tempestade dentro de mim. Enquanto as gotas d'água escorriam pelo meu rosto, eu imaginava um futuro onde o medo não teria mais poder sobre mim. O plano de escapar do Engjeel, meu marido abusivo, tomava forma em minha mente, como um raio de sol rompendo a escuridão.

Cada movimento da minha rotina matinal era feito com cuidado, como se cada ação fosse um passo em direção à minha liberdade. Enquanto penteava meu cabelo, eu pensava no bebê que carregava em meu ventre, uma pequena alma que merecia um lar seguro e amoroso. A vida que eu imaginava para nós era como um sonho delicado, algo que eu acreditava ser possível, mesmo nos momentos mais sombrios.

Vesti minhas roupas com determinação, escolhendo cada peça como se fosse uma armadura contra o mundo cruel lá fora. Eu sabia que o caminho à frente seria difícil, mas eu estava disposta a enfrentar qualquer desafio por meu filho. Enquanto olhava para o espelho, vi uma faísca de esperança em meus olhos, uma faísca que havia sido escondida sob camadas de dor por tanto tempo.

Engjeel não sabe com quem está lidando...

Eu estou pronta

Eu estou pronta

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