Meu Dono +18

XIV

As empregadas estão transportando as compras e tirando as roupas antigas do closet, vou doar tudo! Engjeel entrou no quarto usando apenas uma calça e tênis, esteve treinando.

— Achei que fosse dormir lá, porque chegou a essa hora? Mulheres casadas não ficam até essa hora na rua!—
Claro que ele irá fazer o drama dele.

— Demorei demais no spa, não podia vir sem fazer as compras não sei quando mais me deixará sair—
Engjeel vem até mim tirando a escova de dentes da minha mão.

— Você andou bebendo caralho?—
Perguntou irritado me chacoalhando

— Bebi umas taças de champanhe, não podia fazer uma desfeita em recuar—

— EU TE PROÍBI SUA IMBECIL —
Engjeel gritou na minha cara me fazendo tremer de medo.

— Desculpa—
Sussurrei sentindo a primeira lágrima deslizar por minha cara.

— Que nada aconteça ou você vai se arrepender amargamente por cada gota que ingeriu! Nunca mais irás tirar os pés daqui—
Engjeel soltou meu rosto e eu sai correndo do banheiro.

Merda de vida, nem beber eu posso mais! 
No quarto tirei as cobertas e travesseiros da cama com raiva, Engjeel seguiu para o closet qe o ouvi expulsando  as empregadas do quarto.

Com o banheiro livre voltei a fazer minha rotina de cuidados noturnos antes de ir dormir.

                                     (...)

Acordei mais cansada do que quando fui dormir, graças a Deus Engjeel já havia saído de casa, ainda bem não me obriga mais a tomar o pequeno almoço com ele.

No espelho sorri satisfeita ao ver meu reflexo no espelho, meu cabelo está perfeito assim como a minha pele iluminada sem qualquer ruga ou mancha, nada que o dinheiro não resolva.

— Hoje quero comer um hambúrguer!—
Acordei louca de vontade de comer um hambúrguer, nos Estados Unidos eu praticamente comia ao menos 1 vez por semana.

— Senhora a nutricionista mudou toda a sua dieta, não podemos dar um hambúrguer a senhora—
Oque? Não posso comer nem o que quero?

— Foda-se a nutricionista e a porra do meu marido! Vão todos vocês para o inferno, não vou ficar nem mais uma hora nessa porcaria—
Decidida demais subi a passos pesados e dentro do closet tirei um casaco pesado. Mexi em todas as gavetas do closet do Engjeel e não encontrei uma nota sequer de dinheiro.

— Ninguém vai me impedir de comer meu hambúrguer—
Decidida demais peguei um de seus relógios, afinal não irei trocar minhas joias preciosas por hambúrguer's.

Com tudo que preciso em mãos segui até o elevador e lá desci até a cave, estive aqui apenas uma vez, mais não tem problema.

Segui o fleche de luz e logo estava na garagem coberta.
Peguei a primeira chave de carro que vi na estante.
Mercedes, tentei alcançar o máximo possível do carro antes de o destravar, assim que localizei o carro entrei rapidamente no carro e liguei o motor potente.
Gargalhando dei arranque e sai da garagem, seguranças se jogando tentando me impedir, nem essa muralha que chamam de portão me impedirá.

Que idiotas, acham que irei parar só porque fizeram uma barreira de frente do portão.
Primeiro coloquei uma música no volume máximo, vão pra o inferno todos vocês!

Pisei fundo no acelerador e rompi a barreira humana e depois a barreira dos portões, estou finalmente livre pra comer meu hambúrguer.

O painel apitou com a chegada de uma chamada, antes que a recusasse a voz tenebrosa do meu "marido" soou no som do carro.

— De re nesse carro agora Kaya —

— Apenas quando tiver o que quero, antes que pense em desligar o carro e causar a minha morte me deixe em paz!—

— Causar sua morte? Você vai desejar estar morta quando eu por as mãos em você!—
Desliguei o painel do carro e continuei até encontrar o que eu queria. Uma hamburgueria.

Deixei o carro mal estacionado e com a lataria toda fodida e sai correndo até o estabelecimento cheirando a gordura. Um gordo atrás do balcão sorriu pra mim, preciso apenas o convencer que esse é o um bom negócio.

— Dois hambúrgueres e um uma Coca Cola em troca desse relógio, não Três hambúrgueres duas Coca Colas e um balde de frango—
Minha boca chegou a encher de saliva de Tanta vontade.

— Desculpa, nós não fazemos esse tipo de negócios—
Olhei espantada para o atendente? Esse Rolex compra essa espelunca aqui.

— Como não? Isso custa mais dinheiro do que alguma vez terá em sua vida!—
O gorducho me olhou como se fosse me matar, só não é pior que meu marido.

— Deixa comigo, eu pago o pedido da bela moça—
Me virei encontrando um garoto de quase a minha idade.

— E porque faria isso?—
Sorri arrumando meus cabelos.

— Quero seu contacto e jantar amanhã, apenas-
Ele não precisa saber que não tenho um celular, contando que pague a conta está tudo bem.

— Eu aceito—
O gorducho com certeza irá cuspir no meu pedido, mais tudo bem.
Escrevi o número em um guardanapo e recebi meu pedido feliz da vida.

— Até mais linda—

— Até gato—
Não me importei em comer metade do hambúrguer na rua sentada na calçada ao frio.

— Ah meu Deus isso é tão bom—
Em segundos devorei um hambúrguer e duas pernas de frango.

— Você vai engordar tanto Kaya, deveria ter roubado o carro antes—
Tomei o resto do copo de coca cola e limpei minhas mãos cheias de gordura nos guardanapos.

— Melhor dia de sempre—
Caminhei animadamente até o onde deixei o carro mal estacionado.

Suspirei frustrada vendo Engjeel de frente ao carro rodeado de seus capachos.
Antes que pensasse em dar a volta fui pega por seu segurança.

— A encontrei senhor—
Reviro os olhos dando um tapa na sua mão.

— Você não me encontrou, eu vim sozinha, tire suas patas de cima da mim—
Engjeel caminhou a passos largos até mim e desferiu um tapa na minha cara no meio da rua, talvez foi apenas aí que soube de verdade com quem estou lidando, como ele tem coragem de bater numa mulher no meio da rua?
Antes que falasse alguma coisa Engjeel me mandou calar a boca e me jogou dentro do carro.

Ele já irá me bater mesmo, então enquanto o carro voava até sua casa comi tranquilamente no banco de trás, se vou apanhar que seja com o pacote completo.

— Você destruiu a merda do meu portão, três seguranças estão no hospital por sua causa! PARE DE COMER ESSA MERDA CARALHO—
Engjeel arrancou o frango da minha mão e o jogou pela janela, nem o tapa que ainda arde em meu rosto me fez chorar como chorei quando tirou meu frango.

— VOCÊ É CRUEL—