Engjeel empurra a cadeira de rodas em direção a sala de estar do primeiro andar onde minha mãe me espera.
— Oh minha deusa, mamãe vai cuidar de ti—
Minha mãe me abraça apertado apertado chorando em seus braços, essa não entende nada mais me abraça com a mesma intensidade.— Kaya está emocionada, o acidente a deixou traumatizada irá precisar da senhora—
Engjeel saiu da sala de estar nos deixando sozinhas, mais apenas eu sei que não estamos a sós, há milhares de câmeras por aqui, jamais me deixaria sozinha com minha mãe.— Princesa, não chore, agora está em segurança com seu marido e comigo aqui, essa situação é temporária logo voltará a caminhar e ser a mesma Kaya, minha guerreira—
Neguei abanando a cabeça.— Eu estou tão cansada mãe!—
Afirmei suspirando profundamente, minha mãe me olhou com atenção estudando meu rosto.— O que está querendo dizer Kaya?—
Minha mãe é o ser humano que me conhece melhor do que ninguém.Meu coração martelava em meu peito enquanto reunia coragem para compartilhar minha dolorosa verdade com minha mãe, que esperava na sala, sentada na bela poltrona azul, ansiosa para ouvir.
Antes que as palavras pudessem escapar de meus lábios, Engjeel entrou na sala, interrompendo o momento como uma tempestade que se abate sobre um dia ensolarado.
— Amor! precisa tomar seus remédios—
Engjeel caminhou até mim com um copo com água e alguns comprimidos em um copo descartável, minha mãe o olha com admiração, talvez por ele se empenhar em manter a farsa de bom marido.— Obrigada—
Agradeci baixo, engoli os remédios enquanto seus olhos azuis cheios de maldade me devoram com raiva.— Vou estar no escritório, se precisar descer me ache sim amor?—
Assinto concordando e deixo que beije minha boca.
Minha mãe olhou pra mim com um sorriso amoroso e cheio de orgulho.—Querida, você realmente encontrou um homem incrível em Engjeel. Ele tem sido tão dedicado, especialmente agora que está cuidando de você após o acidente. Você é uma mulher de sorte.—
Se soubesses que estou assim por culpa dele... Que me joguei da sacada porque ele me prendeu no quarto...Agradeci a minha mãe com um sorriso educado, meus pensamentos estavam distantes. Eu refletia sobre as noites sem dormir, os insultos dolorosos e os momentos de terror que havia vivido nas mãos de Engjeel. Enquanto Maria continuava a elogiar Engjeel, eu apenas pensava no quanto ele era, na verdade, um péssimo marido.
Cada palavra elogiosa de minha mãe apenas solidificava a determinação em escapar desse relacionamento tóxico. Preciso encontrar uma maneira de me libertar das garras de Engjeel e parece que vou ter de fazer sozinha...
Fiquei o resto da tarde conversando com minha mãe, andamos pela casa pra que ela conhecesse, minha mãe estava maravilhada com tudo e eu não me atrevi novamente a tentar falar a verdade.
Nos dias que minha mãe ficar aqui me comportarei e serei o que Engjeel quer que eu seja, mais logo que minha mãe ir embora ele não perde por esperar.
— Vou te mostrar meu novo closet, precisei comprar roupas novas—
Minha mãe empurra a cadeira de rodas até o último quarto do corredor.— Seu quarto precisa de mais cor—
Não mudei nada no quarto desde que me jogaram aqui, a cor predominante continua sendo branca e com detalhes em prata, como as esculturas de prata e os abajo's— Engjeel gosta como está e eu não tenho nenhum interesse em mudar—
Minha mãe torceu os lábios me olhando com mais atenção.— Acho que deve começar a se importar com a casa, pra que seu marido veja que é importante pra ti e que você valoriza... Não pode deixar um partido desse escapar filha—
— Olha, esse colar comprei a dias atrás, é todo em zircônias e a gema é de Safira. Custou uma fortuna—
Minha mãe se aproxima da minha penteadeira pra ver melhor o colar.— É lindo filha, eu trouxe comigo suas Joias que estavam no cofre, trouxe também aquele vestido da Valentino desenhado exclusividade pra ti... Acho que seu marido vai adorar—
É incrível como mamãe coloca o Engjeel em qualquer coisa que falamos.— A senhora tem visto à Sofia?—
— Não, faz um tempo já, ela vai participar da semana da moda na França—
— Sim ela me contou, falamos quase todos os dias—
Não gosto de mentir pra minha mãe, mais é minha única saída ao menos por agora.— Mãe, se eu precisar me divorciar ou me separar do Engjeel eu posso voltar pra casa?—
Maria deixou o vestido de lado e se sentou na poltrona da minha penteadeira.— Claro que sim, eu sou sua mãe e te apoiarei incondicionalmente Kaya— Assinto concordando, Maria me olha como se procurasse ler minha mente e meus pensamentos mais obscuros— O que está acontecendo amor? Vocês estão com problemas no casamento?—
Não posso correr o risco do Engjeel machucar minha mãe, não posso simplesmente pensar apenas em mim.— Não é isso mãe, é que nos casamos do nada, somos completamente diferentes, queremos coisas diferentes não sei se conseguiremos levar por muito tempo—
Minha mãe segura minha mão e assente.— Promete contar pra mim caso haja algum problema ? Por Deus filha você está casada a 2 meses e está falando em divórcio —
— Por Deus digo eu mãe, o divórcio é uma opção não me prenderia a um homem jamais sendo infeliz —
Por isso que vou fugir daqui, Engjeel nunca me dará o divórcio...— Tudo bem, o divórcio não é o final do mundo, mais você precisa tentar fazer dar certo, o Engjeel parece tão apaixonado é tão cuidadoso... A viagem não correu bem ?—
Suspiro fundo engolindo todas as palavras presas em minha garganta.— Correu bem, digo sexualmente somos compatíveis mais ambos queremos coisas diferentes, eu não deveria ter me casado com um estranho —
Mamãe se levanta e anda até a prateleira de vidro que guarda minhas joias.— Você se arrependeu de ter casado com Engjeel? Um homem rico, milionário! Maravilhoso desse ? O sexo não é bom? Filha se o Engjeel não é o certo pra ti não sei mais quem será —
Oii meus amores, tudo bem com vocês?Curtem e comentem bastante pra eu saber se estão gostando 🫶
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Meu Dono +18
RomanceRomance Dark +18 - Irei pedir a anulação dessa palhaçada e então regressarei ao meu país- Meus cabelos foram puxados com força pra trás, seu rosto furioso está a centímetros do meu. - Já foi consumado esposinha. Não brinque comigo, minha paciência...