𝟒𝟖. 𝐂𝐨𝐧𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧ç𝐚𝐬

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Inês Ramos

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Inês Ramos

O João dormia calmamente enquanto eu mexia no telemóvel, até que me lembrei de algo que, não vou mentir, me deixou um pouco triste.

O estágio acaba a quinze de novembro.

Nem consigo imaginar-me a voltar para a Universidade. Ao menos acho que vou ter um belo aumento de média pelo bom trabalho e dedicação que tive como fisioterapeuta.

O pior disto tudo é que não vou poder ir aos treinos dos rapazes porque vou estar a ter aulas. Mas sabem quem vai? A Klara.

Desde que eu e o João brigámos a sério decidi que vou tentar ser mais compreensiva em relação à alemã. Eu sei que ela vive a vida a atirar-se a ele, mas também sei que ele me ama, e ele não é rapaz de trair, eu sei disso.

Mas por mais que tente, há sempre aquele aperto no coração quando os vejo juntos.

Olhei para o lado e vi-o apagado a ressonar baixo. Sorri com isso e pousei o telemóvel ao meu lado, deitando a cabeça na almofada para finalmente adormecer — eram cinco da manhã, tinha acordado para ir à casa de banho e agora simplesmente não consigo dormir.

•••

João Neves

Acordei um pouco mais cedo do que o habitual e levantei-me para me equipar já que íamos ter um treino para o jogo de amanhã contra o Chaves, em Trás-os-Montes.

Troquei de roupa ali mesmo à frente da Inês, já que ela estava a dormir. Além disso já namoramos há uns dias, passamos tudo o que é noite — e dia — juntos, por isso a vergonha, para mim, já desapareceu.

Saí do quarto e fui em direção à cozinha, já tomada pelo cheiro das torradas amanteigadas da Margarida, sentada à mesa a comer.

— Bom dia Magui.

— Hey João. - sorriu. — Desculpa perguntar, mas vocês já se resolveram? Vi que hoje já não dormiste no sofá.

— Ya já estamos bem. - sorri. — Ainda bem, não aguentava com mais daquilo.

— Senta-te, tens aqui torradas. - disse e puxei a cadeira ao seu lado para me sentar. — Fico feliz que estejam bem, mas temos de falar sobre isso.

— Diz.

— Como sabes, a Inês é uma miúda sensível. Nunca namorou antes, sempre se reservou para alguém de quem realmente gostasse. - começou e eu já sabia onde aquilo ia dar. — Ela escolheu-te a ti como primeiro namorado, e tens de perceber que a Klara se está a meter contigo e a Inês não sabe como reagir, daí ficar insegura. Não podes deixar que isso aconteça, porque isso vai e já está a foder com o seu psicológico. Tu és um excelente rapaz, por isso duvido que dês corda à Klara. Mas se realmente amas a Inês, não permitas que se sinta como se sentiu no outro dia, a ponto de dar uma chapada, bem dada, na Klara.

𝗬𝗢𝗨𝗥𝗦 𝗧𝗥𝗨𝗟𝗬 • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora