9_Curiosidade.

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Derek

Cidade Humana Péres,
América do Sul.

📞Oi! Aqui é a Mayra, se eu não estou te atendendo é porque eu não quero...(risos)...brincadeirinha! Eu devo está ocupada, então deixe o seu recado.

Desliguei a chamada olhando derrotado para o telefone. Já tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha ouvido aquela gravação, a morena havia sumido sem deixar notícias desde aquela noite. 

Já tinha se passado duas semanas desde aquele jantar e a última vez que ela deu sinal de vida,  foi na ligação de mamãe. Eu não deveria me preocupar com seu repentino sumiço, na verdade, estaria aliviado se ela o tivesse feito em outras circunstâncias. 

Mas o fato dela ter ido atrás de mim naquele dia me deixava inquieto. Com certeza pensaria que a tinha matado se ela não tivesse falado com mamãe naquela noite.

Soltei o ar chateado jogando o celular na cama. Alice bateu na porta aberta para me chamar a atenção. Eu me virei a encarando, ela me lançou um pequeno sorriso.

- Você tem uma visita. 

Deve ser a morena.

Me animei e desci apressado pelos degraus correndo até a sala de recepção. Meu sorriso morreu quando vi que não era quem eu pensava.

- Você nem disfarça seu desapontamento, não é mesmo? - ele me lançou um sorriso irônico. 

Soltei o ar frustrado e baguncei os cabelos o encarando em seguida. 

- O que você faz aqui Arthur?- ele arqueou a sobrancelha.

- Eu acho que era eu que deveria está chateado aqui, e não você.- ele negou apontou para mim com uma cara impassível.- Se esqueceu que você me deixou plantado naquela noite!- ele cruzou os braços.- E eu ainda estou esperando por uma explicação.

Suspirei desanimado. Eu tinha me esquecido completamente do garoto a minha frente com o sumiço da outra. O encarei percebendo que não o tinha visitado por mais de duas semanas. 

- Me desculpa.- soltei um suspiro.- É que...aconteceu umas coisas, acho melhor a gente conversar no meu quarto.

Falei quando senti o cheiro familiar e os passos leves da mulher que se aproximava atrás de mim. Me virei olhando para Alice e abrir um sorriso.

- Alice, vamos conversar no quarto, não precisa nos trazer nada, tudo bem?- ela concordou curiosa olhando de mim  para o outro.

- Vocês são muito parecidos, por acaso...

- Não somos irmãos, se é isso que você está querendo saber.- Arthur se adiantou.

- Ah...- ela olhou sem graça para ele e sorriu dando um leve aceno.

Olhei para ele o chamando com a cabeça. Me virei passando pela a mulher e indo em direção as escadas subindo com ele me seguindo a todo momento. Entrei no meu quarto e esperei ele entrar para me fechar a porta.

- Pode ficar a vontade.

Ele concordou olhando em volta. O observei caminhar olhando para os móveis e objetos espalhado de forma estratégica no quarto espaçoso. Ele coçou a nuca e se virou na minha direção apontando em volta.

- Esse lugar não tem nada a ver com você.

Olhei em volta. O quarto era espaçoso e tinha uma decoração infantilizada, no começo eu estranhei, mas acabei me acostumando e me familiarizando com meu espaço pessoal. Não tinha o porquê de reclamar, nunca me importei com essas coisas. Encarei o garoto com os olhos semicerrados cruzando os braços.

O Lobo SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora