Marinette
Os dias se passavam e minha relação com Adrien continuava estranha. Sempre que estavamos perto um do outro nos evitavamos e um climão era instaurado, achei que melhoraria depois de tudo aquilo que aconteceu na ultima batalha, mas não mudou nada.
Já tinha anoitecido e eu estava dormindo profundamente, o dia seguinte seria sexta mas era feriado então eu podia dormir até tarde.
Acordo com um barulho de batida, tento ignorar mas ele continua.
Quando percebo o que é fico meio preocupada.
-Chat Noir? -Eu perguntei-Sou eu sim, será que eu posso entrar?
Não respondo nada, meio em choque com a visita repentina.
-Por favor Marinette, eu sei que isso é estranho. Mas você foi a primeira pessoa em que eu pensei e eu não sei o que fazer. -Senti um tom de desespero em sua voz
-Tudo bem, pode entrar.
Ele abre o alçapão e entra no quarto, se destransformando logo em seguida.
Ele se senta na cama de frente pra mim e me encara cabisbaixo.-Adrien, o que aconteceu? -Pergunto preocupada.
-Mari... meu pai ele... -Adrien começa a chorar, chorar muito.
-Ei, o que foi?
Ele parecia estar tendo uma crise de ansiedade e não parava de chorar nem por um segundo.
Eu me aproximei dele e o puxei pra perto de mim, o abraçei forte e ele deitou sua cabeça no meu ombro, me abraçando como se eu fosse a última coisa solida do mundo.
-Eu tava lendo o diario da minha mãe que encontrei em Londres. -Ele diz em meio a soluços -Ela e meu pai encontraram os Miraculos do pavão e da borboleta em uma viagem que fizeram. -Senti suas lágrimas molharem meu ombro -O meu pai é o Hawkmoth Marinette!-Adrien... eu não sei o que dizer. Sinto muito meu amor, sinto muito mesmo -Digo em choque e só então percebo que o chamei de "meu amor", torci pra ele não ter percebido ou se incomodado.
Ele não respondeu, só continuou chorando sem parar enquanto me abraçava, sua respiração estava completamente alterada e eu conseguia ouvir seu coração bater alto e rápido.
Me encostei nas almofadas da cama e o puxei, deitando-o em meu peito. Ele abraçou minha cintura e eu começei a mexer em seus cabelos enquanto tentava acalma-lo.
Depois de um tempo percebi que ele havia pegado no sono, fechei meus olhos e dormi no mesmo segundo.--------------------------
Assim que abri os olhos vi Adrien, ainda abraçado comigo como na noite anterior, ele segurava minha mão enquanto fazia um leve carinho nela.
-Adrien?-Oi Mari, bom dia.
-Bom dia. Como você está? -Peguntei me sentando e ele fez o mesmo.
-Eu ainda estou em choque, triste, mas não surpreso. Meu pai é o tipo de pessoa que se transforma em um vilão pra conseguir o que quer.
-O que você acha que ele quer?
-Ressuscitar minha mãe. Ela disse no diário que o convenceu de não tentar traze-lá de volta quando ela partisse, mas dúvido que meu pai tenha ouvido seu desejo, ele não liga pra o que ninguém quer, apenas pros seus próprios objetivos.
-Acho que faz sentido.
-Eu já pensei nisso sabe?
-Nisso o que?
-Em combinar nossos Miraculos pra desejar que minha mãe volte a vida.
-E você ainda pensa sobre?
-Não. Eu sei que pra minha mãe voltar a vida alguém precisa perder a própria mãe e eu não consigo desejar essa dor pra ninguém.
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Visitas de um gatinho
FanfictionMarinette finalmente toma coragem e se declara para Adrien, seu amado, um dia antes das férias de verão começarem. As coisas acabam não indo como o planejado e Adrien dispensa a garota, que agora está de coração partido. Para não ter que ver o menin...