Capítulo 16

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Marinette

Acordei sentindo a luz do Sol invadir o quarto, Adrien estava me abraçando enquanto ainda dormia. Eu o observei dormir, ele parece um anjo, até eu sentir uma pontada muito forte na barriga.
-Merda. -Disse me levantando e correndo para o banheiro. -Merda, merda!

Chequei minha calcinha e ela estava com uma manchinha, minha menstruação tinha acabado de descer.
-Amor, ta tudo bem? -Ouvi Adrien do outro lado da porta. -Eu te ouvi xingando e acabei acordando, e logo depois você saiu correndo.

-Desculpa ter te acordado!

-Não tem problema. Mas você está bem Mari?

-Eu é... não sei!

-Eu posso entrar?

-NÃO! Digo, eu não sei bem o que fazer agora.

-Qual é a situação?

-Eu meio que acabei de é... sabe? Eu... porra. Eu menstruei Adrien, menstruei, estou sentindo cólica, estresse e não tem absorvente! Não sei o que fazer! Minha calcinha tá suja eu não tenho outra e puta que pariu eu to com dor!

-Amor calma, eu posso ir na farmácia ok? Fica ai, eu vou e te compro absorvente, qual você quer?

-Não precisa gatinho, eu dou um jeito.

-Mari, só me fala qual você usa, eu me transformo e volto em poucos minutos, prometo.

-Eu... uso o de abas.

-Tá bom, eu já volto.

Eu coloquei papel higiênico pra segurar a barra até o Addie chegar. Ele demorou uns 10 minutos e quando chegou estava cheio de sacolas.
-O que é tudo isso? -Perguntei surpresa.

-Então, eu passei na farmácia, você não me falou uma marca de absorvente então peguei um de cada marca dos com abas, te comprei remédio pra cólica e uma bolsa de água quente também, tudo oque a farmacêutica me indicou. Ai depois eu passei no mercado pra comprar chocolates e passei na sua casa pra pegar roupa limpa, e desculpa ter mexido nas suas coisas, mas aqui tem roupa íntima e um pijama que você vive usando.

-Ai meu Deus, você pensou em tudo, eu não acredito. Eu te amo pra caralho Adrien Agreste! -Me levantei do sofá e o abracei forte. -Te amo, te amo, te amo.

-Eu te amo muito muito mais. -Ele segura meu queixo e me beija. -Agora eu vou ter que descer rapidinho pra tomar café da manhã com o Gorila, jaja eu subo com seu café da manhã e a sua bolsa de água quente com a água quente. Fica bem viu meu amor.

-Eu vou ficar, relaxa. -O beijei novamente antes de ele deixar o quarto.

Tomei um banho rápido e me troquei.
-Gatinha, trouxe café da manhã.

-Obrigada meu amor!

-Eu trouxe a bolsa de água quente também. Como você está se sentindo?

-Eu to com cólica, o primeiro dia é sempre o pior pra mim.

-Você já tomou o remédio?

-Eu vou comer primeiro, tomar remédio em jejum faz mal. -Digo me sentando na cama e observando as comidas que ele trouxe.

-Eu disse pro Gorila que ia comer no quarto porque não estava muito bem hoje, então a gente pode tomar café da manhã juntos!

-Nossa, tudo parece delicioso!

-O bolo de chocolate é otimo, e o suco de laranja é fresquinho, o cozinheiro faz na hora.

-Ummmm, o bolo é bom mesmo -Respondo após experimentar um pedaço.

-Eu disse. -Ele ri.

-Amor, você acha que nossos amigos perceberam que a gente está junto?

-Primeira coisa, eu fico bobinho quando você me chama de amor, ou quando você fala que a gente está junto. -Ele sorri -Segunda coisa, eu não acho que eles notaram, talvez perceberam que estamos bem até demais pra duas pessoas que sabe? Tiveram uma divergência de... você sabe!

-Sei, pra uma pessoa que deu um fora na outra.

-É... isso, enfim, talvez eles tenham notado que estamos bem um com o outro, mas só isso. De qualquer jeito uma hora a gente vai falar que está junto mesmo.

-Você acha que devemos falar agora ou quando as aulas voltarem?

-Eu acho melhor a gente falar tipo na última sexta do mês, antes da volta às aulas. Porque ai a gente fala que se apaixonou essa semana.

-Isso! E também precisamos contar pros meus pais! Eles voltam literalmente um dia antes de supostamente começarmos a namorar, você pode ir conhece-los!

-Conhecer seus pais? Mas eu já conheço.

-Eles só te conhecem como meu amigo, vou te apresentar como meu namorado. -Ele me olha com um sorriso gigante. -Então a gente faz assim, hoje é quinta e meus pais voltam quinta da semana que vem, nós "começaremos a namorar" quarta, você conhece meus pais sexta, a gente assume nosso namoro pros nossos amigos sábado e as aulas voltam na terça. Assim está perfeito!

-Temos um plano!

-Temos!

-Eu queria que você conhecesse meu pai Mari, mas meu pai é... meu pai... ele pode ser mau com você! E eu te amo e não quero que você se entristeça.

-Eu consigo aguentar isso, não me importo de conhecer o seu pai.

-Então você aceita sair pra jantar com a gente quando ele volta de viagem? Ele me prometeu que volta sábado de noite, talvez possamos ir domingo?

-Eu aceito! Mas e se ele não gostar de mim?

-Quem não gostaria de você? -Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me beija.

-É serio, e se ele falar que a gente precisa terminar?

-Se meu pai implicar com nosso namoro a gente pode criar um plano juntos ok? Eu posso continuar te vendo a hora que eu quiser. Eu sou o Chat Noir bobinha. -Ele me beija de novo -Eu te amo muito viu?

-Eu te amo muito muito.

-E como está sua dor?

-Continua aqui, mas estou bem.

-Toma, bebe isso -Ele me entregou o comprimido do remédio e um copo de água.

Tomei o remédio enquanto ele colocava os pratos do café da manhã no criado mudo.
-Vem cá -Ele abre os braços encostado no travesseiro e eu me deito de em seu peitoral, virada de barriga pra cima. Ele segura a bolsa de água quente contra minha barriga com uma mão enquanto faz carinho no meu cabelo com a outra. Eu caio no sono rápidamente. O cafuné dele é mágico, eu juro!

Visitas de um gatinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora