Cole Sprouse é um famoso astro do rock adorado por milhões de pessoas. "O sonho de consumo das mulheres", "capa de revista" e "o mais jovem e atraente prodígio da música" são só alguns dos termos pelos quais ele é conhecido. Mas o que está por trás...
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A imagem que vejo não me agrada em nada. Era para eu estar na Califórnia, mas tive que cancelar a visita ao meu pai e pegar um vôo longo e de emergência porque o idiota do meu namorado/chefe não respondeu nenhuma das minhas mensagens ou atendeu minhas ligações. Eu sabia que na festa não podia ter a entrada de celulares, então podia ser que ele ainda estivesse lá, ou, na pior das hipóteses, em algum lugar horrível.
— Vinte minutos? — indago num tom baixo e sério quando ele para na minha frente.
Sua roupa está toda amassada, ele está usando tênis de corrida que não combina em nada com a roupa social, o paletó do smoking sumiu e a camisa está arregaçada com três botões a menos. A cara dele também está uma zona, as olheiras profundas, as bochechas vermelhas e esse olhar perturbado que ele está usando para me encarar. E quando ele abre a boca, um bafo quente e alcoólico bate no meu rosto, me causando uma careta.
— Iam ser só vinte minutos no início. — ele começa usando um jeito cuidadoso de falar. — Eu... — coça a nuca. Cole parece confuso com alguma coisa. — Acho que eu bebi demais. — sua fala incerta ajuda a me irritar um pouco mais.
— Você acha!? — aperto o maxilar e tiro o meu celular do bolso da calça. — Eu cheguei na droga desse hotel há meia hora, passei o vôo inteiro morrendo de preocupação, imaginando o seu corpo na UTI de um hospital ou no IML! Mas o que eu vejo quando tenho a chance de acessar a internet de novo? — viro o celular para ele ver.
É um vídeo na casa do Ramón. Cole está em pé na mesa de centro e dá vários goles seguidos em uma garrafa de uísque enquanto o resto das pessoas grita "vira vira vira" em coro.
— Puta merda. — ele faz uma cara de perplexo. — Eu juro que eu não lembro disso!
— Por que você ficou lá? O combinado era voltar para o hotel!
— Não sei! — diz meio desesperado. — Eu não lembro de nada, nem de quando decidi começar a beber demais.
— Ah, me poupe, Cole. — solto uma risada sarcástica. — O cara que sempre foi o rei das festas não soube encher a cara? Acha que eu sou idiota? É mais bonito se admitir que estava com saudade de fazer isso!
— Estou sendo sincero. — tenta se aproximar, mas eu dou um passo para trás.
— Primeiro você vai tomar um banho, comer e tirar um cochilo pra que essa cara de maluco saia do seu rosto. Depois, se lembrar de alguma coisa que seja relevante, principalmente algo que a sua namorada queira saber...
— Ei, o que está insinuando? — franze o cenho.
— Se lembrar de algo... — ignoro sua interrupção. — Guarde para a conversinha séria que teremos. Espero que você não tenha voltado a destruir as coisas, Cole, eu realmente não pretendia começar a minha semana dessa forma.
