Cole Sprouse é um famoso astro do rock adorado por milhões de pessoas. "O sonho de consumo das mulheres", "capa de revista" e "o mais jovem e atraente prodígio da música" são só alguns dos termos pelos quais ele é conhecido. Mas o que está por trás...
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Sorrio satisfeita para a TV enquanto levo a xícara de café até os lábios. Foi um primeiro passo bem concluído. Meu celular está na outra mão aberto no Twitter onde acompanho os comentários da hashtag #JimmyFallowWithColeSprouse. As pessoas estão falando bem, disseram que ele está mais iluminado, o que tem a ver com a escolha da camisa branca, uma cor que Cole não costuma usar. Também falaram sobre como ele parece menos ansioso e despreocupado, o que se deve ao fato de saber exatamente sobre o que pode falar. Consigo ver cada detalhe do meu trabalho nos resultados.
Retorno para o Instagram e vejo a postagem no feed do Cole sobre a entrevista. É uma foto dele ao lado do Jimmy. A legenda foi criada por mim, convidando seus seguidores a assistirem no determinado horário e canal. O engajamento foi ótimo, grandes números e comentários positivos. No final, eu sabia que não seria tão difícil fazer as pessoas esquecerem do mísero cancelamento sofrido. Não é um bicho de sete cabeças convencer todo mundo de que podem amar astros do rock independente do que eles façam, mas é claro que há limites.
O mundo está mudando, as prioridades da sociedade também. Algumas coisas não são mais toleradas como antigamente e apesar de a fama de rebelde cair bem, Cole precisa pisar no freio às vezes, mas ele ainda não sabe fazer isso sozinho, por isso precisa de alguém para guiá-lo. Alguém sensato que entende que as pessoas podem escolher um alvo por literalmente qualquer descuido. A moda hoje em dia é odiar, então o cuidado para que isso não aconteça dobrou.
Mesmo o cancelamento tendo sido mínimo, isso criou rachaduras na imagem dele e qualquer passo em falso resultaria em um efeito manada que somaria o erro anterior ao erro futuro. Por isso, exigi que Cole saísse de cena com suas festas sem fim e seus casos de uma única noite. Era questão de tempo até alguém se achar no direito de colocar uma enorme etiqueta de babaca em sua testa.
A entrevista é finalizada e eu dou minhas atividades por encerradas nesse dia. Termino o meu café e vou até a cozinha depois de ligar o sistema de som e selecionar a minha playlist da Lana Del Rey. Deixo a xícara na pia e atendo a ligação que recebo de Camila, minha amiga e assistente pessoal em praticamente todas as assessorias que eu faço. Ela trabalha mais nos bastidores segurando as pontas quando preciso e fazendo plantões nas redes quando estou ocupada demais.
— Oi, Cami! — digo animada.
— Amiga, a entrevista ficou impecável! Pelo que estou vendo, o público do Cole nunca o viu tão centrado antes. Os elogios estão vindo aos montes.
— Eu disse que seria perfeito. — sorrio convencida. — Esse trabalho vai ser uma moleza.
— Está sendo fácil lidar com ele?
— Ah, claro. Ele fica tentando me desafiar e tenho certeza que alguma parte dele acredita que pode tirar o meu sono à noite. — dou risada. — Se isso o deixa com a motivação que precisa, que se dane, deixemos que ele acredite em fadas.
