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🎸 | Boa leitura!

Odeio ter que implorar por algo, odeio mais ainda que tenha que implorar para ele

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Odeio ter que implorar por algo, odeio mais ainda que tenha que implorar para ele. O fato é que essa é a única maneira de eu permanecer tranquila mesmo tendo que trabalhar muito longe de casa.

Aguardo do lado de fora do box enquanto Cole termina o seu banho. Temos convivido pacificamente nos últimos dias e não é a minha intenção mudar isso e lhe dar chances de começar a me provocar. É claro que eu não me controlei ao entrar no vestiário furiosa, mas agora estou pensando melhor, escolhendo minhas próximas palavras.

Quando Cole sai do box, está com uma toalha branca presa em volta da cintura e eu involuntariamente desvio meu olhar para lá. Pisco rápido, engulo em seco e tento afastar as imagens do seu pênis da minha mente. No que eu estava pensando quando achei que podia vê-lo completamente nu sem entrar em um estado de pânico? É óbvio que a única pessoa afetada seria eu e que ele sairia se divertindo disso. Ainda não posso acreditar que ele se excitou com a situação, mas não quero ficar pensando nisso. Na verdade, gostaria de apagar essa terrível memória.

— Você ainda está aqui. — ele murmura me olhando com desconfiança.

— Eu preciso que você me escute.

— A gente não pode fazer isso uma outra hora? Talvez num momento em que eu esteja usando roupas?

— Desculpe, eu sei que é inapropriado, mas eu estou numa situação sufocante aqui e não espero que você entenda, mas espero que me dê um minuto de atenção.

— Lili, eu não vou te dar nenhuma folga no mês. — cruza os braços.

— É uma situação familiar. — conto uma pequena parte. — Eu preciso ver alguém duas vezes no mês.

— Quem e por que? — insiste.

Essa pergunta tem duas respostas e nenhuma delas é fácil. Penso em como contornar sem mentir ao mesmo tempo em que posso continuar escondendo as partes mais sórdidas da minha vida. Acabo ficando tempo demais em silêncio e Cole suspira com impaciência.

— Não vou contar a ninguém, se é isso que está pensando. Não me importo com a sua vida particular, só preciso acreditar que é uma emergência de verdade antes de sair abrindo excessões para você.

— Mas é uma emergência. — estou quase choramingando, o que faz ele tomar uma expressão de surpresa. — Tem... tem alguém... a minha mãe... — começar a falar isso é como arrancar um punhal do meu peito. — Ela está em um momento delicado. Não posso deixar ela sozinha por muito tempo. — tento fazer minha voz não vacilar. — Por favor, não me obrigue a falar sobre isso.

Cole descruza os braços e sua expressão passa de rígida para cautelosa e preocupada. Ele me analisa por um momento e eu aguardo sua resposta como se estivesse me segurando na beirada de um precipício. Por fim, ele respira fundo e solta o ar como se estivesse cansado.

Backstage ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora