Point Of View Maiara:
Sabe quando seu mundo vira de cabeça para baixo? Pois é, minha vida ultimamente tem sido assim. Há uma semana, estávamos no hospital com a Isabella, e o motivo? Minha culpa. Quando a médica a examinou e perguntou sobre algo que poderia ter desencadeado a febre, imediatamente lembrei do episódio anterior. Sua febre era emocional; ela ficou doente por minha culpa, desencadeou um trauma por minha culpa.
Hoje completa uma semana desde que fomos ao hospital. Tive que parar de trabalhar porque a Isabella chorava tanto na minha ausência que ficava roxa e quase sem ar.
A rotina agitada continuava, mas a conexão entre Marília e eu persistia através das mensagens diárias. Seu apoio se tornou a luz do fim do túnel durante meus dias difíceis. Isa, minha filha, desenvolveu uma adoração especial por Marília, deixando-me até um pouco ciumenta. Desde aquele dia no hospital, nossos caminhos não se cruzaram, pois a vida movimentada de Marília a mantinha ocupada. Apesar da vontade de compartilhar meus problemas, eu hesitava, não querendo ser um fardo em sua vida corrida.
Desde aquele dia, me sinto constantemente ansiosa e com medo. Não consigo dormir sem ter pesadelos horríveis, e a sensação de insegurança nunca me deixa. Minha irmã, sem saber o que aconteceu, tem sido meu maior apoio, mas não consigo encontrar coragem para compartilhar a verdade com ela.
O pior de tudo é o impacto que isso teve na minha filha. Ela sente minha angústia e se apega a mim com um medo palpável. Eu me sinto como se estivesse falhando como mãe, incapaz de protegê-la do mundo cruel lá fora.
Agora, enquanto ela dorme ao meu lado, segurando meu dedo com firmeza, eu prometo a mim mesma que farei tudo em meu poder para superar esse trauma e ser a mãe que ela merece. Mesmo que isso signifique enfrentar meus próprios demônios e encontrar a coragem para seguir em frente.
WhatsApp on:
Marília: Oi Mai, como você está hein? Sei que estou ausente mais estou com tantos trabalhos mais consegui um tempinho e irei visitar você e an Isa hoje. Não vejo a hora de apertar essa pequena. Até mais. 😘
WhatsApp off:
Estava ansiosa aguardando a chegada de Marília, uma mulher forte e determinada, mas com um coração do tamanho do mundo. Sua presença sempre trouxe conforto e segurança para mim, mesmo quando tudo ao nosso redor parecia caótico.
Desde que a conheci, Marília se tornou minha âncora, alguém em quem eu podia confiar plenamente. Sua aura imponente poderia intimidar os outros, mas para mim, era um sinal de proteção e apoio.
Eu admito, fiz algumas pesquisas sobre ela na internet. Muitos a chamavam de "superpoderosa" e diziam que ela intimidava todos ao seu redor. No entanto, para mim, ela era simplesmente Marília, alguém que estava sempre lá quando eu precisava.
Minha filha também adorava Marília. Ela se tornava ainda mais manhosa quando Marília estava por perto, buscando o carinho e a segurança que só ela podia proporcionar.
Quando ouvi a batida na porta, meu coração se encheu de alegria. Marília estava ali, pronta para nos envolver com seu amor e cuidado. Eu sabia que, com ela ao nosso lado, poderíamos enfrentar qualquer desafio que a vida nos trouxesse.
Finalmente abri a porta, meus olhos encontraram os dela, e todo o peso do mundo pareceu evaporar. Corri para seus braços, permitindo-me sentir o conforto e a segurança que apenas ela podia oferecer. Seu perfume familiar envolveu-me, trazendo à tona lembranças de momentos felizes juntas.
- Senti sua falta. (murmurei, um pouco envergonhada, mas sincera em minha confissão.)
- Eu também senti sua falta, (ela sussurrou, seus olhos brilhando com ternura.)
Sem dizer mais nada, ela se aproximou, depositando beijos suaves em minha testa e bochecha. Seu toque era gentil e reconfortante, como se estivesse me lembrando que tudo ficaria bem enquanto estivesse ao seu lado. Um sorriso caloroso se formou em seus lábios, e então seus beijos encontraram os meus, suaves e cheios de carinho, como se estivessem selando um pacto de amor e proteção mútuos.
Quando ouvi a tosse atrás de mim, meu coração afundou. Sabia exatamente quem estava ali, Maraisa, sempre aparecendo nos momentos mais inoportunos. Virei-me completamente envergonhada, sentindo o rubor subir pelo meu rosto.
- Não fique tão vermelha, irmã, (disse Maraisa com seu típico jeito descontraído. - Acho que na porta não é o melhor lugar para se pegar com sua namorada, (piscou e gargalhou, como se estivesse contando uma piada interna.)
Marília apenas ria da situação, envolvendo-me em seus braços com carinho. Eu estava tão atordoada que mal conseguia formular uma palavra coerente. Parecia que minha língua estava presa, incapaz de articular qualquer coisa que fizesse sentido.
Foi então que um choro familiar ecoou pelo corredor, quebrando o constrangimento do momento. Era Isabella, minha filha, vindo em meu socorro. Seu choro era como uma salvação, uma distração bem-vinda que nos permitia desviar o foco da situação embaraçosa.
À medida que nos aproximávamos do quarto, o choro de Isabella se intensificava, ecoando pelos corredores da casa. Meu coração apertava de aflição enquanto eu corria em direção ao som angustiante. Quando ela me viu, seus soluços se tornaram ainda mais intensos, e ela estendeu os bracinhos em minha direção, agarrando-se à minha blusa com força.
- Calma, meu amor, (murmurei, segurando-a com ternura enquanto tentava acalmá-la.) - A mamãe está aqui com você, não vou te deixar.
Marília, preocupada, observava a cena, sua expressão refletindo o temor e a compaixão pelo sofrimento de minha filha. Expliquei a situação, explicando como Isabella havia mudado desde aquele dia traumático, recusando-se a se separar de mim e causando-me a abandonar meu emprego para ficar ao seu lado.
Marília se aproximou, me envolvendo em um abraço reconfortante antes de beijar minha testa com gentileza. Seu olhar transmitia uma promessa silenciosa de que ela estaria ao meu lado, enfrentando essa batalha junto comigo.
Enquanto Isabella gradualmente se acalmava, eu a segurava firmemente em meus braços, virando seu corpinho para que pudesse ver Marília. Com seus olhinhos cheios de lágrimas, ela fez um biquinho e estendeu os bracinhos para a mulher que tanto amava. Marília, sempre um pouco sem jeito com demonstrações de carinho, pegou-a delicadamente, acolhendo-a em seus braços com ternura.
- Oi, princesinha, (disse Marília com carinho, acariciando suavemente o rostinho de Isabella.) -Eu senti saudades de você, neném.
Oi meus amores desculpem a demora, espero que tenham gostado desse capítulo. <3
Esse casal, a Marília com elas 🥺🥲
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A doce menina do vilarejo (Mailila)
Fiksi Penggemar"Se você sabe explicar o que sente, não ama. Pois o amor foge de todas as explicações possíveis." - Carlos Drummond de Andrade Assim é o amor. Muitos conseguem decifrar o tal sentimento, afinal, não escolhemos quem devemos amar. A história relata um...